O futuro da seleção?

Portugal já foi essencialmente um país de emigrantes, e ultimamente começa de novo a ser. Mas quando o ganhar a vida passava principalmente pelo estrangeiro muitos portugueses partiram e só voltaram já em fim de vida ou nas férias, o que fez com que casassem e constituíssem família além fronteiras.

Os filhos cresceram e alguns enveredaram pelo futebol. E são agora os chamados luso-descendentes aqueles em que Portugal começa a depositar grandes esperanças para que a nossa seleção continue a ser municiada com bons executantes.

Cada vez mais filhos de emigrantes integram as convocatórias de Portugal. Na última convocatória dos sub-18 por parte de Emílio Peixe, constam três luso-franceses: Frédéric Maciel (F.C. Porto), Mickaël Meira (Sporting) e Alexandre Frade (Nantes).

Mas há mais, muitos mais. Mika e Cédric, por exemplo, respetivamente guarda redes do Benfica, e defesa da Académica, são dois deles. Manuel da Costa e David Simão são outros.

O problema é que têm que ser eles a escolher se jogam pela seleção do país onde nasceram ou se o fazem pela seleção do país de onde são provenientes os seus pais. Até agora Portugal tem vantagem e muitos luso-descendentes, como os apontados, preferem jogar pelos lusos.

Serão estes jovens o futuro da seleção nacional lusa? É que a ver pelo que sai das escolas de formação das equipas portuguesas, até porque a compra de jovens estrangeiros para essas mesmas escolas está no auge, a seleção não tem grande futuro. Vão aparecendo algumas promessas mas depois sem oportunidades não passam disso.

Já com os luso-descendentes as coisas são diferentes e, como jogam, mostram-se e evoluem. E se vêm jogar nas nossas seleções podem vir a ser o nosso futuro.

Será que as coisas serão mesmo assim ou pensam de forma diferente? Devem estes jovens, sendo filhos de pais portugueses, escolher a nossa seleção? E será de Portugal ficar dependente disso?