Fernando Santos estreia-se com derrota | Relvado

Fernando Santos estreia-se com derrota

<p>Portugal perdeu, esta noite, em Paris, frente à França, por 2-1 em jogo particular.</p>
 
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A seleção, agora treinada por Fernando Santos, entrou praticamente a perder com o primeiro golo da partida a surgir logo aos 3 minutos de jogo com Benzema, após Rui Patrício ainda ter travado um primeiro remate de Sagna, a desviar para a baliza deserta.

Era a pior entrada possível para uma seleção que procurava lamber as feridas de uma má exibição e pior resultado frente à Albânia, no jogo que ditou o afastamento do anterior selecionador.

E se a entrada foi em falso, os primeiros minutos não trouxeram melhores notícias com os dois laterais portugueses (Cédric em noite de estreia e Eliseu em noite de regresso) a serem constantemente ultrapassados pelos laterais/extremos franceses que chegavam com demasiada facilidade à linha de fundo e em condições de centrar para a finalização dos avançados azuis. A única boa notícia nesta altura era que a baliza de Patrício não voltaria a ver a bola entrar.

Só aos 12 minutos Portugal conseguiu criar algum perigo (Danny atirou muito por cima) e só a partir dos 20 minutos a equipa nacional conseguiu equilibrar a partida, surgindo uma ou outra vez no último terço de terreno com destaque para uma oportunidade desperdiçada por Nani aos 21'. 

O marcador, no entanto, não voltaria a sofrer alterações até ao descanso.

Para a segunda parte Fernando Santos lançava William Carvalho e Ricardo Carvalho (de regresso após longa ausência) para os lugares de André Gomes e Bruno Alves e foi à nossa seleção que pertenceu a primeira grande oportunidade do segundo tempo. Centro de Nani e Ronaldo, nas alturas, a cabecear para uma enorme defesa de Mandanda que evitou a igualdade.

A partida estava equilibrada quando Pogba elevava para 2-0 para os gauleses numa jogada em que Cédric foi ultrapassado na direita, centro para Benzema com o avançado do Real Madrid a servir o médio da Juventus que rematou a contar.

Pouco depois do segundo golo francês, Ronaldo dava o lugar a João Mário (mais uma estreia absoluta) e, no minuto seguinte, penalti para Portugal por falta de Pogba sobre João Mário. Chamado a converter, Quaresma (também de regresso à seleção) bateu Mandanda, fixando o 2-1 final.

Até ao fim do jogo, o placard não voltaria a mexer e Portugal perdia, mais uma vez, frente à França.

Agora interessa recuperar os jogadores porque o próximo jogo já é a doer, frente à Dinamarca. 

As equipas alinharam com:

Onze de Portugal: Rui Patrício, Cédric, Pepe, Bruno Alves, Eliseu; Tiago, João Moutinho, André Gomes; Danny, Nani e Cristiano Ronaldo

Onze da França: Mandanda; Sagna, Varane, Mangala, Evra; Matuidi, Pogba; Valbuena, Cabaye, Griezmann; Benzema.

Seleção:

Comentários [4]

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(E) Tudo isto é normalApós o

(E) Tudo isto é normal
Após o desastroso mundial no Brasil, pediu-se a cabeça de Paulo Bento e a renovação da selecção. A primeira não se satisfez imediatamente; a segunda, Paulo Bento tentou fazê-la, interrompendo o trabalho depois da sua saída. Nos dois casos havia unanimidade. Sobre Paulo Bento falaram-se muitas coisas, desde a sua teimosia e a sua incompetência. Sobre a segunda era premente a renovação da selecção porque jogadores como Raul Meireles, Hugo Almeida, Hélder Postiga João Pereira e mais alguns já tinham ultrapassado o prazo de validade (eram velhos) e estavam em declínio na carreira. Quer comentadores, quer a opinião pública, quer treinadores/comentadores se reuniram na defesa da tal renovação. De igual forma, surgia a ideia segundo a qual a selecção devia ter um núcleo duro de jogadores que fossem o núcleo de uma equipa, tal como havia sucedido na selecção de 2004 com jogadores provenientes do F. C. Porto. Sobre isto também havia unanimidade. Com efeito, diversas vezes se ouviram comentadores afirmarem que a selecção estava precária de um núcleo de jogadores que constituíssem o núcleo de uma equipa, sendo frequentemente dado o exemplo da selecção de 2004 que fora constituída em torno dos jogadores provenientes do F. C. Porto. Ambas unanimidades eram axiomáticas: era necessário a renovação, e também construir uma selecção que fosse constituída por um núcleo de jogadores provenientes de uma equipa.
Assim, despediu-se Paulo Bento e entrou Fernando Santos.
A tão falada renovação passou por Ricardo Carvalho que tem 36 anos; Tiago, que tem 33; Danny, que tem 31 anos; Quaresma, que tem 31. Juntou-se-lhe mais umas chamadas de jogadores como João Mário e Ivo Pinto, e eis que a renovação estava realizada. Surpreendentemente, a unanimidade sobre a renovação desapareceu. Os comentadores deixarem de falar dela. E tudo isto é normal.
A unanimidade sobre a ideia segunda a qual a selecção devia ser construída a partir de um núcleo duro de jogadores provenientes de um clube porque teriam as suas rotinas adquiridas poderia ter sido realizada hoje mais do que nunca. Com efeito, o Sporting forneceu 6 jogadores à selecção, todos eles titulares no clube. Ora, se se dizia que a selecção de 2004 foi o que foi porque foi constituída por jogadores do Porto, nada melhor do que ter mais de metade da selecção constituída por jogadores de um clube. Seis (6) no total, e com qualidade garantida. Rui Patrício na baliza; Cédric na direita; William Carvalho a trinco; Adrien; João Mário; e por fim Nani. A qualidade destes jogadores é indiscutível. A qualidade do futebol praticado pelo Sporting é reconhecida pelos comentadores. Mas o que sucedeu? Destes, apenas Rui Patrício, Cédric e Nani foram titulares. Em vez de Adrien, João Mário e William, entregou-se a titularidade a Tiago (o tal jovem que veio para a renovação), João Moutinho (provavelmente o menos questionável, mas sem que por isso seja criticado o seu lugar cativo), e André Gomes (um jovem de quem os comentadores falam muito bem e lhe vêem muito talento). Adrien nem saiu do banco. Aquilo que poderia ser a base da selecção, com a vantagem de constituir-se o meio campo com jogadores com rotinas de jogo de há dois anos, não é. Aquilo que era unânime, passou a esquecimento. E tudo isto é normal.
Tudo isto é normal. Assim como é a selecção ser para uso de empresários, presidentes, directores, empresas e marcas de equipamentos, deixando de ser o que devia ser. Isto é dito à boca cheia, mas parece que ninguém é capaz de fazer o que que que seja, porque tudo vai bem quando o dinheiro entre no bolso. . E tudo isto é normal.
Meus senhores comentadores, ganhem vergonha na cara. Sejam esclarecidos. Não se escondam agora só porque se mudou de seleccionador. Porquê esse silêncio agora quando havia tanta unanimidade?

Concordo com a tua primeira ideia e concordo menos com a tua

segunda ideia.

Na primeira, é realmente ridículo como é que os mesmos que tanto criticavam Paulo Bento, por causa da tão falada renovação, são os mesmos que hoje olham e aplaudem as chamadas de Carvalho, Tiago, Quaresma...

Na tua segunda ideia, já não concordo tanto, com a tal história do núcleo, uma coisa é tu utilizares um núcleo de jogadores campeão europeu, outra coisa, é dares primazia ao tal núcleo de jogadores que por muito talento que tenham, fazem parte duma equipa que não ganhou nada ano passado. Ou seja, essa coisa do núcleo falha em duas medidas:

1º Pelos visto, o sistema de jogo da Seleção portuguesa mudou, e ao mudar, lá se vão as rotinas do tal núcleo.

2º O Sporting ainda não fez nada de extraordinário, para se fazer uma opção pelas rotinas, ou seja, na altura em que o Porto ganhou tudo, se existisse um Moutinho, era justificável a escolha recair em Maniche por causa das rotinas, mesmo que em valor absoluto Moutinho fosse melhor, agora, no quadro actual, AINDA, não se justifica uma escolha por causa disso.

sinceramente

Nunca fui adepto da renovação pela renovação.... Forçar ou vetar jogadores com base no BI não me parece boa ideia

Mas, neste casos existe algo mais que isso...

para já, uma coisa é não olhares para o BI de um jogador de 33 anos, outra é iniciares uma qualificação e porque não, um projecto novo, com um jogador de 36 anos que terá 38 no ano da competição.

Outra coisa ainda, é o facto de aceitares que um jogador tenha renunciado à seleção quando lhe apteceu, e agora queira voltar, ainda por cima, quando o jogador tem 33 anos, e existem muitos valores a despontar, sem esse histórico na Seleção...

Ou seja, se acho bem que Bruno Alves com os mesmo 33 anos seja chamado, porque sempre o foi, nunca se portou mal, e existe um processo de continuidade, já não consigo perceber Tiago. Ainda por cima, quando estamos a formar um núcleo novo, ou seja, eu sou adepto que se façam escolhas a médio prazo, e aí existe lugar para os tais velhos, mas tem que se criar uma equipa, e custa-me ver uma seleção que tem João Mário, Adrien, André Gomes, Bernardo Silva, Moutinho, William Carvalho, Ruben Neves, mais algum que anda por aí, para as diferentes posições do meio campo, com características diferentes uns dos outros, e coloque um jogador que só com sorte chegará ao Euro no prazo de validade e que se retirou da seleção por sua vontade...