"Se me confundissem com um argentino, estaria num grande"

Ricardo Monteiro, ou melhor Tarantini, foi a figura de destaque da jornada 5 da Primeira Liga, depois de ter marcado dois golos ao FC Porto, no jogo que o Rio Ave empatou a 2-2, em Vila do Conde. E o confessa a alegria com o momento de glória que atravessa.

Em entrevista ao Diário de Notícias, Tarantini sustenta que recebeu "dezenas de mensagens no Facebook e no telemóvel" e refere que o pai, que mora em Baião, "passou o dia a receber os parabéns".

Só fica mesmo o "sabor amargo pelo golo do FC Porto que roubou a vitória em cima do final" do jogo.

O jogador diz ainda que o segundo golo que marcou ao FC Porto foi "o melhor e o mais marcante" da sua carreira. "Foi um lance tecnicamente perfeito, já que a receção saiu-me bem", constata.

Confessando que tem o portista Lucho como "referência pela classe e simplicidade do seu futebol" - "os meus colegas até dizem que sou o Lucho do Rio Ave devido à fisionomia e à posição semelhante em campo", conta -, Tarantini lamenta que a falta de oportunidades dos atletas lusos no principal campeonato português.

"Se me confundissem com um argentino, estaria num grande", considera mesmo, apontando que "é estranho ser tão difícil aos jogadores portugueses entrarem nos principais clubes nacionais".

Ricardo Monteiro relata ainda no Diário de Notícias que alcunha Tarantini surgiu com um ex-treinador, no Sporting da Covilhã, João Cavaleiro. "Ele viu em mim parecenças com o Alberto Tarantini, um lateral-esquerdo argentino", refere, apontando que, hoje em dia, até a mulher lhe chama Tarantini.

O atleta realça igualmente que teve possibilidade de ir para o Irão, para o Esteghlal de Teerão, no início da época, mas optou por ficar, apesar das vantagens financeiras que lhe eram oferecidas. A mulher é médica e não quis deixar a sua profissão e ele não quis partir sozinho, salienta.