A defesa do FC Porto

14 golos sofridos em 30 jogos é muito bom,aliado ao facto de no inicio de epoca a defesa ainda não estava definida e entrusada.
Para a próxima epoca,so tem que melhorar,principalmente na Champions,pq aí sim,sofremos muitos golos,9 golos em 6 jogos!!

O Porto está na iminência de ser, justamente, o novo campeão nacional, mas ainda não o é. Entretanto começam já a chover os artigos, como este de papo feito, de auto críticas irónicas visando outros clubes.
Porém, não eram estes mesmos users portistas que aqui há tão pouco tempo, chamavam louco a Adrianse?
Que tanto criticaram o Pepe, principalmente depois do jogo na Escócia e agora o estão a endeusar?
Que criticaram a gestão portista pela fraca aposta da SAD em reforços para a defesa, chamando-a de buraco?

Claro que sim! Mas o facto do FCP ser campeão ajuda a esquecer muita coisa. Até o que eles proprios escreveram.

Relativamente ao texto para comentar, digo que adrianse foi inteligente e soube adaptar a defesa conforme as necessidades e natureza do adversário e grande parte do mérito é dele, não esquecendo os jogadores que não são tão fracos como muitos quiseram fazer crer. Soube inclusivé lidar com a questão de ter dois guarda-redes de top e lidar como a substituição de um pelo outro sem destruir o balneário.

Agora, meus amigos, vamos é ser coerentes. O meu clube o ano passado ganhou o campeonato mas no fim não me desfiz em comentários cheios de elogios ao Trapatoni, pois critiquei-o muitas vezes ao longo da época.

Pelos vistos, nem todos conseguimos ser coerentes, mas esse é um defeito de muitas pessoas seja qual for o seu clube!

A defesa do porto sempre nos habituou a alguma particulariedades.
É sempre composta por jogadores especiais, desde bichos que ameaçam os arbitros e tratam mal suas maes sem serem devidadamente castigados, a guarda redes com habilidades especiais que lhes permitem defender bolas dentro das balizas ou usar as maos fora das areas. Nisso baia, sempre foi o mestre. Já este ano, foi pepe o maozinhas que jogou por diversas vezes com a mao na propria area, entre outros jogadores que usam e abusam das faltas dentro das areas. Se esses penalties tivessem sido isenta e rigorosamente assinalados o numero de golos sofridos pelo fcp seria em tudo identico aos dos rivais benfica e sporting, que na minha opiniao tem claramente uma defesa melhor que a do fcp. Já na europa e com arbitragem isentas essa mesma defesa foi uma miseria, uma autentica manta de retalhos, mas ai, nao havia os apitos dourados que tanto jeito dão

O facto de o Porto ter uma defesa pouco batida pode não necessariamente ter que ver com o sistema de jogo.

o Vitória de Setúbal já chegou a ter a defesa menos batida da Europa, lembram-se? E era uma equipa altamente defensiva. Só que também era unida e concentrada.

O FC Porto de Adriaanse é muito diferente. È uma equipa ofensiva que contudo dispõe de :

  - Um Pepe que é só um, mas que parece que pode com eles todos.
  - Um Helton que entrou muito bem na equipa dando imensa segurança e tendo feito defesas absolutamente decisivas e magistrais diga-se de passagem.
  - Dois enormes jogadores tampões: Paulo Assunção e Raúl Meireles.
  - Um luxo chamado Lucho González que ataca muito bem e ajuda a defender.

Todos os sistemas são bons e podem resultar quando se dispõe dos jogadores para tal sistema. Ou quando se dispõe de um grande plantel.

O plantel do Porto tem imensa qualidade, sobretudo numa zona nevrálgica do campo que é o meio-campo.

Quando se tem Raúl Meireles, Paulo Assunção, Ibson, Lucho como opções a juntar a um Pepe e um Hélton, só por total imcompetência é que se pode sofrer golos.

O melhor sistema no fundo é aquele que está adequado aos jogadores, aquele em que os oagadores mais rendem. Tudo vai da equipa que se tem.

Do jornal O Jogo:

Não há título como o primeiro

Mais de metade do plantel do FC Porto vai estrear-se na conquista do campeonato português, ainda que nessa longa lista constem nomes de alguns que ganharam títulos noutras paragens: Lucho, Helton ou Diego
HUGO SOUSA

Haverá título como o primeiro? Provavelmente, até há. De outra forma, Vítor Baía, um especialista na matéria, estaria enjoado até à náusea. Assim que a matemática confirmar o que o senso comum já sabe - que o FC Porto vai mesmo ser campeão -, mais de metade do plantel portista enriquecerá o currículo com o primeiro título. De sempre, na maior parte dos casos, ou português, para alguns deles. Lucho festejou na Argentina; Helton ou Diego fizeram o mesmo no Brasil. O sentido de estreia, aqui, torna-se mais amplo com a delimitação geográfica e com a exclusão de outras vitórias que não as dos campeonatos principais. Taças e afins não contam.

Acertados estes pontos e espreitando a lista de opções de Adriaanse ao longo da temporada, percebe-se que há 16 jogadores no plantel que asseguraram já o direito a medalha e faixa pela primeira vez. Sabendo-se que o intervalo do FC Porto entre a conquista de campeonatos só durou um ano, este elevado número de estreantes traduz bem o plano de remodelação a que o grupo esteve sujeito depois das conquistas europeias. Cinco dos que agora se estreiam em títulos nacionais - Pepe, Ibson, Raul Meireles, Diego e Ivanildo - acompanharam de perto o jejum da última época, mas não deixa de ser irónico que, na altura, as mudanças profundas tenham sido apontadas como precipitadas e como causa principal da travessia no deserto. E é irónico porque este ano, inevitavelmente festivo, permitirá acrescentar, no mínimo, onze candidatos novos ao primeiro título da carreira. Dito de outra forma, a escala de mudança que presidiu à escolha do actual plantel foi também considerável. Mudam-se os tempos, mudam-se os argumentos.

Mais interessante ainda é constatar que Adriaanse, no meio de tantas mudanças, conseguiu estruturar uma equipa homogénea construída à base de jogadores que nunca foram campeões. Mesmo descontando Lucho e Helton, que já o tinham sido noutros países, Pedro Emanuel ou McCarthy, o último onze, por exemplo, comportava sete virgens nessa matéria.

Estreantes garantidos

Helton
Sonkaya
Pepe
Cech
Bruno Alves
Ibson
Raul Meireles
Paulo Assunção
Diego
Lucho González
Jorginho
Ivanildo
Alan
Anderson
Adriano
Lisandro

pr´o ano

1.helton
2.joao paulo(leiria)
3.pepe
4.p.emanuel
5.p.assunção
6.r.meireles
7.quaresma
8.lucho
9.adriano
10.anderson
11.miguelito(nacional)

12.baia
13.rolando(belenenses)
14.madrid(braga)
15.cech
16.jorginho
17.lisandro
18.h.almeida

é o sistema defensivo em si.

O que o fc porto conseguiu e muito bem foi implementar um sistema de jogo que apesar de muito ofensivo se desdobra em funções defensivas e no qual a entre-ajuda sempre necessária entre os elementos da equipa toma um papel de imprescendível aqui.

A peça chave, a todos os níveis, mas especialmente no defensivo, tem sido mesmo o Paulo Assunção. Soberbo a ler o jogo, um pulmão incasável a correr cada vez que a equipa perde a bola e uma técnica capaz de sair com a bola jogável fazem deste jogador a mais valia azul e branca, para mim, ultrapassando Lucho Gonzalez e Raul Meireles.

Quanto à pergunta já a prever o que se vai passar na próxima Liga dos Campeões.
Não gosto de fazer futurologia, mas não me parece ser necessária neste caso.

O fcp deste ano, com o 3-3-4, falhou sempre que teve grandes decisões pela frente e a solução encontrada foi recorrer a um 3-4-3 para vencer os jogos para a taça e para o campeonato com o scp.

E, se para defrontar o scp já foi necessário alterar o sistema de jogo, estou a imaginar o que seria o fcp ter defrontado um Liverpool um um Barcelona no sistema antigo. É lógico que terão de haver adaptações consoante o jogo e o adversário que surgir ao fcp.
                                                                                                                          JPS