Dualidade de critérios dos árbitros de futebol | Relvado

Dualidade de critérios dos árbitros de futebol

Há situações no âmbito da arbitragem que poderão ser sempre alvo de uma retificação e melhoria contí
 
Árbitros da Liga
Lusa

Aconteça o que acontecer, altere-se o que se entender, ou simplesmente se vá no caminho de se inventar novas e melhores regras, em termos de polémica de casos de arbitragem teremos sempre nos meios de comunicação social, e em tudo que envolva os árbitros e as suas decisões, um retrato de desagrado permanente, de controvérsia obsessiva, de visão parcial e doentia e de dualidade de interpretação dos lances julgados de capitais, ou que poderão, eventualmente, alterar o rumo dos acontecimentos de qualquer resultado final num jogo de futebol.

Nestas circunstâncias, deparamo-nos todas as semanas pelos palcos do mundo da bola com decisões de arbitragem erradas, umas vezes, e, por outro lado, com decisões ajustadas e em conformidade com as imagens que os lances nos proporcionam. Todavia, para os amantes do futebol, e essencialmente, para os fervorosos adeptos de cada clube, cada lance terá sempre uma explicação diretamente conjugada com os seus próprios interesses e cores, raramente havendo lugar a julgamentos imparciais ou despidos das camisolas que os seus jogadores trajam.

No entanto, julgo poder dizer com alguma certeza que haverá pelo menos algumas situações no âmbito da arbitragem que poderão ser sempre alvo de uma retificação e melhoria contínua, ou mesmo de uma tentativa de uniformização dos critérios que os juízos do apito usam, e por vezes abusam, ao aplicar as regras de arbitragem de uma forma demasiado pessoal ou egocêntrica, quando na minha perspetiva deveria haver uma só tendência, um único rumo devidamente predefinido e obrigatório por parte da Comissão de Arbitragem.

Neste propósito, uma falta cometida no primeiro ou no último minuto de jogo deveria ter a mesma interpretação das regras de arbitragem por todos os árbitros, assim como qualquer intenção de tocar a bola com a mão também deveria ser sempre objeto de punição com um cartão amarelo, independentemente de a infração ter sido cometida no meio do campo, ou junto a uma qualquer linha lateral ou final.

Porém, e ao contrário do que na minha ótica seria preferível e recomendável, ao que assistimos nos nossos estádios de futebol são atuações de árbitros de acordo com um determinado perfil ou personalidade, no que concerne a aplicar as regras de arbitragem, sendo por esta razão que por vezes se comenta que o árbitro A seria melhor opção do que o árbitro B para um determinado jogo, e assim sucessivamente, o que não pode trazer à competição a tal imparcialidade de critérios que eu apregoo e gostava de ver implementada. Resultam posteriormente deste cenário contraditório situações de jogo iguais com critérios diferentes por parte do quadro de árbitros, com prejuízo inequívoco do próprio espetáculo futebolístico.

I Liga:

Comentários [6]

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1. Dar maior poder de ação

1. Dar maior poder de ação interventiva a todos os árbitros de campo, sendo que aqui faço incluir o árbitro principal, os árbitros assistentes e os árbitros de linha de baliza, que me parece que no quadro atual, nada de novo vieram trazer em termos de ajuda ao árbitro principal e à própria competição.
2. Colocar um tempo de jogo real (Ex.: 25‘ para cada parte), devidamente controlado ao cronómetro e não só da competência do árbitro principal, que por vezes pode ter uma avaliação errada, mal interpretada ou até desajustada à realidade dos factos.
3. Possibilidade de trocas constantes durante o tempo de jogo de jogadores de campo, com todos os jogadores de banco, sem qualquer paragem do jogo e da total responsabilidade de um dos árbitros assistentes, contribuindo para um jogo muito mais proactivo, verdadeiro e de igualdade de direitos para todos os participantes, dando assim a hipótese de todos poderem dar a sua colaboração e poderem mostrar mais vezes as suas qualidades.
4. Nova orientação na regulamentação disciplinar com a introdução de novos conceitos e interpretações para os cartões. Cartão Amarelo – para punir a 1ª falta merecedora de cartão, que pode ser por ação de um simples derrube, ou até, por ação de mão na bola ou por agarrar a camisola (deixa de haver lugar a aviso prévio!); Cartão Azul (novo) – para punir uma 2ª falta com a consequente e imediata penalização e suspensão de 5 minutos de jogo, (a controlar por um dos árbitros assistentes); e ainda um Cartão Vermelho – para punir uma 3ª falta, ou com expulsão direta e definitiva do recinto de jogo. A interpretação destas regras deverão ser simples e rigorosas, e não devem conter na sua apreciação dois ou mais conceitos de interpretação. Por exemplo, os árbitros nunca devem aferir, ou decidir em função, se a falta foi cometida no início ou perto do fim do jogo, ou se foi cometida perto ou longe da área da baliza. Todas as faltas que ponham em causa a integridade física dos atletas, ou que sejam passíveis de antijogo (p/ exemplo agarrar a camisola do adversário), devem ser punidas com cartão azul direto no mínimo, deixando o cartão vermelho para os casos de agressão física direta, por exemplo.
5. Depois do árbitro apitar e ter decidido qual é a equipa infratora, os elementos desta, não poderão tocar na bola nem colocar-se, propositadamente, para além da distância pré determinada pela lei de jogo do local da falta, assim como, na reposição da bola em jogo pela linha lateral, um jogador que simule a reposição da bola em jogo não poderá deixar de o fazer.
6. Outra inovação importante será a possibilidade de cada equipa poder solicitar um minuto de desconto durante todo o tempo de jogo.
7. Outra medida inovadora será a possibilidade de se poder recorrer a meios audiovisuais durante o desenrolar do jogo, com o intuito de dar ao evento desportivo um cunho mais fiel e verosímil com a justiça desportiva. Poderão ser assim melhor decididos lances duvidosos, disciplinares ou técnicos, que possam por em causa alterações profundas no resultado do jogo, mas sempre no seguimento imediato do lance em dúvida e na condição de o jogo se encontrar pontualmente suspenso, podendo para o efeito cada equipa poder solicitar esta possibilidade uma vez por cada tempo de jogo. E no caso de ter razão nas suas queixas, não perder o direito de voltar a fazê-lo.
8. Relatório, classificação e avaliação dos delegados técnicos dos árbitros tornados públicos, contribuindo assim para a total transparência e credibilidade do fenómeno desportivo.
9. Possibilidade dos árbitros intervenientes poderem também fazer parte do flash interview no final do jogo, se assim for a vontade dos mesmos e da comunicação social.
10. Outra medida inovadora será a introdução de um Conselho de Disciplina, constituído por antigos árbitros de futebol que se encontrem bem enquadrados com a dinâmica do futebol atual. Este órgão terá a seu cargo a missão de esmiuçar ao máximo todos os lances dos jogos da 1ª. Liga. Devem, portanto, todos os jogos serem objeto de gravação vídeo e áudio, com as condições mínimas julgadas necessárias para se poder aferir e atingir os objetivos pretendidos. Neste propósito, dar-se-á a oportunidade de se poder fazer justiça também à posteriori sobre qualquer lance menos bem ajuizado pela equipa de arbitragem, retirando ou mesmo acrescentando se for o caso, punições de cartões de disciplina. Errar é humano, mas também é humano emendar o erro cometido, ou não será?
11. Outra novidade a introduzir no campo da disciplina e também de grande importância estratégia e funcional, na defesa dos pressupostos que presidem aos objetivos e aos fins a atingir, na credibilidade do futebol como fenómeno desportivo que é, é a obrigatoriedade de a Comissão de Disciplina ter que decidir sempre no mesmo espaço de tempo, não dando assim azo a insinuações de vária ordem e de vários quadrantes, que para uns casos se decide com enorme celeridade de processos, e que para outros casos homólogos, se processa com enorme lentidão na decisão final. O veredicto final não deve ter direito a recurso, devendo para isso as partes beligerantes, caso assim o entendam, poderem estar presentes no último dia da elaboração do acórdão disciplinar, para defesa dos seus constituintes. E esta situação tem muito a ver com o que estava a acontecer atualmente, pois, incompreensivelmente ou não, não tinha muita lógica haver retificações de ações disciplinares. Que de duas uma, ou a ação disciplinar fora mal aplicada e a entidade disciplinar que ajuizou o caso foi incompetente e deve ser demitida, ou, propositadamente, e ainda mais grave, alguém estaria a agir de má-fé. Assim como não me parece lícito, de bom-tom e extemporâneo o direito à elaboração dos famosos atos sumaríssimos a meio duma época, pois põe em causa a coerência de oportunidades e a igualdade de direitos para todos os intervenientes ao longo do campeonato.
12. Por fim, a discussão sobre a melhor solução para a nomeação dos árbitros, em termos de se saber se será melhor haver árbitros nomeados por sorteio, ou por nomeação direta é um falso problema. Qualquer destas situações estará correta desde que estejamos na presença dos melhores árbitros, e que os mesmos sejam objeto de uma observação cuidada, credível e verdadeira. Os árbitros também têm que ser como o azeite e o algodão, quando são bons vêm logo ao de cima e o algodão não engana.

Remate Final

Depois de toda esta panóplia de pontos de vista, só me resta deixar uma palavra de incentivo para os verdadeiros protagonistas do espetáculo futebolístico, que são todos os jogadores profissionais, os seus treinadores e os seus dirigentes. Por favor, deixem-se de folclores, de palhaçadas carnavalescas e joguem futebol, ou façam jogar o futebol pela via mais assertiva, fazendo alterar a filosofia de jogo dos nossos praticantes, deixando de jogarem para não perderem, em detrimento de passarem a jogar sempre para ganharem, ao que eu denomino de - Princípio Básico da Competitividade e do Bom Espetáculo Desportivo -, condição sine qua non para convencer os amantes deste desporto a voltarem aos estádios de futebol, sem adornos, sem manhas, com fair-play, sem as constantes entradas extemporâneas dos massagistas em jogo, e sem esquecer de pôr, definitivamente, os olhos na atitude e na forma de encarar o futebol pelos jogadores ingleses, ou não fossem eles o pai do futebol mundial em termos de atitude desportiva, pese embora algum conservadorismo desajustado.
Saudações desportivas.

Vou tentar postar

um comentário que fiz há uns tempos, em resposta a umas declarações do presidente federativo e
gostaria que alguém me dissesse se o que digo é pertinente ou não...Saudações

Enviado por Velha Águia a 20 de Fevereiro de 2012, às 12:37.
[0 pts.]

para melhorar as arbitragens, embora nunca se acabem os erros, haveria que: PONTO 1-A primeira regra e a
mais importante, era que as instituições funcionassem.PONTO 2-Nenhum árbitro seja de que escalão seja
tenha que estar sujeito à aplicação das regras por pessoas que representam os clubes nos vários organismos.
PONTO 3-Nestas condições, defender a actuação dos árbitros convictamente, dos ataques de tudo e de todos.
PONTO 4-Com este funcionamento, fazer os árbitros cumprir rigorosamente as leis do futebol, coisa que não
fazem habitualmente como por exemplo: Advertir e se for caso disso expulsar qualquer jogador que infringe
sistemáticamente as leis do jogo e advertir e expulsar os joagdores que tenham conduta injuriosa,grosseira
e indecorosa, vidé a enorme quantidade de palavrões que se ouvem em todos os jogos de futebol e que pelas
leis do jogo constam como penalizáveis. PONTO 5-Com estas situações salvaguardadas, castigar ou irradiar
os árbitros descaradamente imcumpridores.Cumprimentos e saudações desportivas e benfiquistas.
P.S.
Não acredito que a profissionalização resolva os problemas dos erros dos árbitros.

O que eu penso e preconizo

O que eu penso e preconizo para melhor a arbitragem e o futebol em particular.

1. Dar maior poder de ação interventiva a todos os árbitros de campo, sendo que aqui faço incluir o árbitro principal, os árbitros assistentes e os árbitros de linha de baliza, que me parece que no quadro atual, nada de novo vieram trazer em termos de ajuda ao árbitro principal e à própria competição.
2. Colocar um tempo de jogo real (Ex.: 25‘ para cada parte), devidamente controlado ao cronómetro e não só da competência do árbitro principal, que por vezes pode ter uma avaliação errada, mal interpretada ou até desajustada à realidade dos factos.
3. Possibilidade de trocas constantes durante o tempo de jogo de jogadores de campo, com todos os jogadores de banco, sem qualquer paragem do jogo e da total responsabilidade de um dos árbitros assistentes, contribuindo para um jogo muito mais proactivo, verdadeiro e de igualdade de direitos para todos os participantes, dando assim a hipótese de todos poderem dar a sua colaboração e poderem mostrar mais vezes as suas qualidades.
4. Nova orientação na regulamentação disciplinar com a introdução de novos conceitos e interpretações para os cartões. Cartão Amarelo – para punir a 1ª falta merecedora de cartão, que pode ser por ação de um simples derrube, ou até, por ação de mão na bola ou por agarrar a camisola (deixa de haver lugar a aviso prévio!); Cartão Azul (novo) – para punir uma 2ª falta com a consequente e imediata penalização e suspensão de 5 minutos de jogo, (a controlar por um dos árbitros assistentes); e ainda um Cartão Vermelho – para punir uma 3ª falta, ou com expulsão direta e definitiva do recinto de jogo. A interpretação destas regras deverão ser simples e rigorosas, e não devem conter na sua apreciação dois ou mais conceitos de interpretação. Por exemplo, os árbitros nunca devem aferir, ou decidir em função, se a falta foi cometida no início ou perto do fim do jogo, ou se foi cometida perto ou longe da área da baliza. Todas as faltas que ponham em causa a integridade física dos atletas, ou que sejam passíveis de antijogo (p/ exemplo agarrar a camisola do adversário), devem ser punidas com cartão azul direto no mínimo, deixando o cartão vermelho para os casos de agressão física direta, por exemplo.
5. Depois do árbitro apitar e ter decidido qual é a equipa infratora, os elementos desta, não poderão tocar na bola nem colocar-se, propositadamente, para além da distância pré determinada pela lei de jogo do local da falta, assim como, na reposição da bola em jogo pela linha lateral, um jogador que simule a reposição da bola em jogo não poderá deixar de o fazer.
6. Outra inovação importante será a possibilidade de cada equipa poder solicitar um minuto de desconto durante todo o tempo de jogo.
7. Outra medida inovadora será a possibilidade de se poder recorrer a meios audiovisuais durante o desenrolar do jogo, com o intuito de dar ao evento desportivo um cunho mais fiel e verosímil com a justiça desportiva. Poderão ser assim melhor decididos lances duvidosos, disciplinares ou técnicos, que possam por em causa alterações profundas no resultado do jogo, mas sempre no seguimento imediato do lance em dúvida e na condição de o jogo se encontrar pontualmente suspenso, podendo para o efeito cada equipa poder solicitar esta possibilidade uma vez por cada tempo de jogo. E no caso de ter razão nas suas queixas, não perder o direito de voltar a fazê-lo.
8. Relatório, classificação e avaliação dos delegados técnicos dos árbitros tornados públicos, contribuindo assim para a total transparência e credibilidade do fenómeno desportivo.
9. Possibilidade dos árbitros intervenientes poderem também fazer parte do flash interview no final do jogo, se assim for a vontade dos mesmos e da comunicação social.
10. Outra medida inovadora será a introdução de um Conselho de Disciplina, constituído por antigos árbitros de futebol que se encontrem bem enquadrados com a dinâmica do futebol atual. Este órgão terá a seu cargo a missão de esmiuçar ao máximo todos os lances dos jogos da 1ª. Liga. Devem, portanto, todos os jogos serem objeto de gravação vídeo e áudio, com as condições mínimas julgadas necessárias para se poder aferir e atingir os objetivos pretendidos. Neste propósito, dar-se-á a oportunidade de se poder fazer justiça também à posteriori sobre qualquer lance menos bem ajuizado pela equipa de arbitragem, retirando ou mesmo acrescentando se for o caso, punições de cartões de disciplina. Errar é humano, mas também é humano emendar o erro cometido, ou não será?
11. Outra novidade a introduzir no campo da disciplina e também de grande importância estratégia e funcional, na defesa dos pressupostos que presidem aos objetivos e aos fins a atingir, na credibilidade do futebol como fenómeno desportivo que é, é a obrigatoriedade de a Comissão de Disciplina ter que decidir sempre no mesmo espaço de tempo, não dando assim azo a insinuações de vária ordem e de vários quadrantes, que para uns casos se decide com enorme celeridade de processos, e que para outros casos homólogos, se processa com enorme lentidão na decisão final. O veredicto final não deve ter direito a recurso, devendo para isso as partes beligerantes, caso assim o entendam, poderem estar presentes no último dia da elaboração do acórdão disciplinar, para defesa dos seus constituintes. E esta situação tem muito a ver com o que estava a acontecer atualmente, pois, incompreensivelmente ou não, não tinha muita lógica haver retificações de ações disciplinares. Que de duas uma, ou a ação disciplinar fora mal aplicada e a entidade disciplinar que ajuizou o caso foi incompetente e deve ser demitida, ou, propositadamente, e ainda mais grave, alguém estaria a agir de má-fé. Assim como não me parece lícito, de bom-tom e extemporâneo o direito à elaboração dos famosos atos sumaríssimos a meio duma época, pois põe em causa a coerência de oportunidades e a igualdade de direitos para todos os intervenientes ao longo do campeonato.
12. Por fim, a discussão sobre a melhor solução para a nomeação dos árbitros, em termos de se saber se será melhor haver árbitros nomeados por sorteio, ou por nomeação direta é um falso problema. Qualquer destas situações estará correta desde que estejamos na presença dos melhores árbitros, e que os mesmos sejam objeto de uma observação cuidada, credível e verdadeira. Os árbitros também têm que ser como o azeite e o algodão, quando são bons vêm logo ao de cima e o algodão não engana.

Remate Final

Depois de toda esta panóplia de pontos de vista, só me resta deixar uma palavra de incentivo para os verdadeiros protagonistas do espetáculo futebolístico, que são todos os jogadores profissionais, os seus treinadores e os seus dirigentes. Por favor, deixem-se de folclores, de palhaçadas carnavalescas e joguem futebol, ou façam jogar o futebol pela via mais assertiva, fazendo alterar a filosofia de jogo dos nossos praticantes, deixando de jogarem para não perderem, em detrimento de passarem a jogar sempre para ganharem, ao que eu denomino de - Princípio Básico da Competitividade e do Bom Espetáculo Desportivo -, condição sine qua non para convencer os amantes deste desporto a voltarem aos estádios de futebol, sem adornos, sem manhas, com fair-play, sem as constantes entradas extemporâneas dos massagistas em jogo, e sem esquecer de pôr, definitivamente, os olhos na atitude e na forma de encarar o futebol pelos jogadores ingleses, ou não fossem eles o pai do futebol mundial em termos de atitude desportiva, pese embora algum conservadorismo desajustado.
Saudações desportivas.

E que tal pensar da prespectiva dos árbitros?

Ao contrário do que acontece na maioria dos países, em Portugal fala-se demais de arbitragens. Com a tradicional vontade de fugir às responsabilidades, treinadores dirigentes e jogadores perdem sempre por culpa dos árbitros e nunca porque o adversário foi melhor ou porque os próprios cometeram erros graves. Todos os dias se vê treinadores a atirarem-se aos juízes por causa de uma qualquer decisão, muitas vezes até acertada, mas jamais assistimos a um treinador dizer que a culpa da derrota vem da sua má escolha táctica ou da forma como preparou mal o jogo! Os adeptos, cegos pelo clubismo exacerbado, vão atrás de técnicos e de dirigentes culpando os árbitros e esquecendo (que é o que se pretende) as deficiências dos profissionais que servem os seus clubes.
Um único árbitro, auxiliado por dois fiscais de linha e por um inútil 4º árbitro, decide tudo como pode ou como consegue ve. À volta do campo 16 câmaras observam tudo mostrando cada lance de muitas prespectivas e descobrindo aspectos que , no estádio, ninguém viu! É contudo mais do que suficiente para o juíz da partida ser culpado de tudo e mais alguma coisa.
De resto, se se quiser ajudar os árbitros e melhorar as suas actuações apenas é preciso:
1 - Mais árbitros no campoe e todos com poderes para interromper o jogo e marcar faltas
2 - Acabar com as expulsões que condicionam uma equipa ficar reduzida. Passam a ser punições individuais.
3 - Ajudas tecnológicas que permitam saber se a bola passou a linha de golo ou não.
Acabar com erros não será possível, mas pode-se reduzir muito e tornar esses erros menos importantes.

1. Dar maior poder de ação

1. Dar maior poder de ação interventiva a todos os árbitros de campo, sendo que aqui faço incluir o árbitro principal, os árbitros assistentes e os árbitros de linha de baliza, que me parece que no quadro atual, nada de novo vieram trazer em termos de ajuda ao árbitro principal e à própria competição.
2. Colocar um tempo de jogo real (Ex.: 25‘ para cada parte), devidamente controlado ao cronómetro e não só da competência do árbitro principal, que por vezes pode ter uma avaliação errada, mal interpretada ou até desajustada à realidade dos factos.
3. Possibilidade de trocas constantes durante o tempo de jogo de jogadores de campo, com todos os jogadores de banco, sem qualquer paragem do jogo e da total responsabilidade de um dos árbitros assistentes, contribuindo para um jogo muito mais proactivo, verdadeiro e de igualdade de direitos para todos os participantes, dando assim a hipótese de todos poderem dar a sua colaboração e poderem mostrar mais vezes as suas qualidades.
4. Nova orientação na regulamentação disciplinar com a introdução de novos conceitos e interpretações para os cartões. Cartão Amarelo – para punir a 1ª falta merecedora de cartão, que pode ser por ação de um simples derrube, ou até, por ação de mão na bola ou por agarrar a camisola (deixa de haver lugar a aviso prévio!); Cartão Azul (novo) – para punir uma 2ª falta com a consequente e imediata penalização e suspensão de 5 minutos de jogo, (a controlar por um dos árbitros assistentes); e ainda um Cartão Vermelho – para punir uma 3ª falta, ou com expulsão direta e definitiva do recinto de jogo. A interpretação destas regras deverão ser simples e rigorosas, e não devem conter na sua apreciação dois ou mais conceitos de interpretação. Por exemplo, os árbitros nunca devem aferir, ou decidir em função, se a falta foi cometida no início ou perto do fim do jogo, ou se foi cometida perto ou longe da área da baliza. Todas as faltas que ponham em causa a integridade física dos atletas, ou que sejam passíveis de antijogo (p/ exemplo agarrar a camisola do adversário), devem ser punidas com cartão azul direto no mínimo, deixando o cartão vermelho para os casos de agressão física direta, por exemplo.
5. Depois do árbitro apitar e ter decidido qual é a equipa infratora, os elementos desta, não poderão tocar na bola nem colocar-se, propositadamente, para além da distância pré determinada pela lei de jogo do local da falta, assim como, na reposição da bola em jogo pela linha lateral, um jogador que simule a reposição da bola em jogo não poderá deixar de o fazer.
6. Outra inovação importante será a possibilidade de cada equipa poder solicitar um minuto de desconto durante todo o tempo de jogo.
7. Outra medida inovadora será a possibilidade de se poder recorrer a meios audiovisuais durante o desenrolar do jogo, com o intuito de dar ao evento desportivo um cunho mais fiel e verosímil com a justiça desportiva. Poderão ser assim melhor decididos lances duvidosos, disciplinares ou técnicos, que possam por em causa alterações profundas no resultado do jogo, mas sempre no seguimento imediato do lance em dúvida e na condição de o jogo se encontrar pontualmente suspenso, podendo para o efeito cada equipa poder solicitar esta possibilidade uma vez por cada tempo de jogo. E no caso de ter razão nas suas queixas, não perder o direito de voltar a fazê-lo.
8. Relatório, classificação e avaliação dos delegados técnicos dos árbitros tornados públicos, contribuindo assim para a total transparência e credibilidade do fenómeno desportivo.
9. Possibilidade dos árbitros intervenientes poderem também fazer parte do flash interview no final do jogo, se assim for a vontade dos mesmos e da comunicação social.
10. Outra medida inovadora será a introdução de um Conselho de Disciplina, constituído por antigos árbitros de futebol que se encontrem bem enquadrados com a dinâmica do futebol atual. Este órgão terá a seu cargo a missão de esmiuçar ao máximo todos os lances dos jogos da 1ª. Liga. Devem, portanto, todos os jogos serem objeto de gravação vídeo e áudio, com as condições mínimas julgadas necessárias para se poder aferir e atingir os objetivos pretendidos. Neste propósito, dar-se-á a oportunidade de se poder fazer justiça também à posteriori sobre qualquer lance menos bem ajuizado pela equipa de arbitragem, retirando ou mesmo acrescentando se for o caso, punições de cartões de disciplina. Errar é humano, mas também é humano emendar o erro cometido, ou não será?
11. Outra novidade a introduzir no campo da disciplina e também de grande importância estratégia e funcional, na defesa dos pressupostos que presidem aos objetivos e aos fins a atingir, na credibilidade do futebol como fenómeno desportivo que é, é a obrigatoriedade de a Comissão de Disciplina ter que decidir sempre no mesmo espaço de tempo, não dando assim azo a insinuações de vária ordem e de vários quadrantes, que para uns casos se decide com enorme celeridade de processos, e que para outros casos homólogos, se processa com enorme lentidão na decisão final. O veredicto final não deve ter direito a recurso, devendo para isso as partes beligerantes, caso assim o entendam, poderem estar presentes no último dia da elaboração do acórdão disciplinar, para defesa dos seus constituintes. E esta situação tem muito a ver com o que estava a acontecer atualmente, pois, incompreensivelmente ou não, não tinha muita lógica haver retificações de ações disciplinares. Que de duas uma, ou a ação disciplinar fora mal aplicada e a entidade disciplinar que ajuizou o caso foi incompetente e deve ser demitida, ou, propositadamente, e ainda mais grave, alguém estaria a agir de má-fé. Assim como não me parece lícito, de bom-tom e extemporâneo o direito à elaboração dos famosos atos sumaríssimos a meio duma época, pois põe em causa a coerência de oportunidades e a igualdade de direitos para todos os intervenientes ao longo do campeonato.
12. Por fim, a discussão sobre a melhor solução para a nomeação dos árbitros, em termos de se saber se será melhor haver árbitros nomeados por sorteio, ou por nomeação direta é um falso problema. Qualquer destas situações estará correta desde que estejamos na presença dos melhores árbitros, e que os mesmos sejam objeto de uma observação cuidada, credível e verdadeira. Os árbitros também têm que ser como o azeite e o algodão, quando são bons vêm logo ao de cima e o algodão não engana.

Remate Final

Depois de toda esta panóplia de pontos de vista, só me resta deixar uma palavra de incentivo para os verdadeiros protagonistas do espetáculo futebolístico, que são todos os jogadores profissionais, os seus treinadores e os seus dirigentes. Por favor, deixem-se de folclores, de palhaçadas carnavalescas e joguem futebol, ou façam jogar o futebol pela via mais assertiva, fazendo alterar a filosofia de jogo dos nossos praticantes, deixando de jogarem para não perderem, em detrimento de passarem a jogar sempre para ganharem, ao que eu denomino de - Princípio Básico da Competitividade e do Bom Espetáculo Desportivo -, condição sine qua non para convencer os amantes deste desporto a voltarem aos estádios de futebol, sem adornos, sem manhas, com fair-play, sem as constantes entradas extemporâneas dos massagistas em jogo, e sem esquecer de pôr, definitivamente, os olhos na atitude e na forma de encarar o futebol pelos jogadores ingleses, ou não fossem eles o pai do futebol mundial em termos de atitude desportiva, pese embora algum conservadorismo desajustado.
Saudações desportivas.

As expulsões

Deviam expulsar mas permitir a substituição, senão o árbitro tenta defender o espectaculo e não expulsa ninguém.