Águia reinventada perde em Nápoles por 4-2

Rui Vitória surpreendeu todos ao fazer mexidas no onze que tem vindo a ser titular, e acima de tudo na estratégia de jogo habitual.

Ao invés de André Horta no apoio a Fejsa, tivemos André Almeida (foi capitão), ainda com poucos minutos nas pernas, com o ex-setúbal a subir no terreno para fazer de Gonçalo Guedes (ficou no banco). Também Salvio ficou no banco em detrimento de um Carrillo que volta a não mostrar a velocidade e jogo vertiginoso que nos habituou no Sporting.

O Benfica até entrou bem a gerir a posse de bola, embora sem criar chances de golo. Apenas um remate de Mitroglou na melhor fase dos encarnados do primeiro tempo, foi insuficiente para surpreender um Nápoles que aos poucos começava a tomar as rédeas do jogo.

Ainda foi na primeira parte que os napolitanos chegam à vantagem. Num canto marcado ao primeiro poste, Fejsa foi uma estátua e deixou Hamsik aparecer de trás para cabecear já na sua frente e colocado ao primeiro poste. Júlio César mal viu a bola partir, e nada podia fazer.

Esperava-se um Benfica diferente no retomar do segundo tempo, mas foi a equipa italiana a meter o pé no acelerador, e em pouco mais quinze minutos faz três golos de rajada. O belga Mertens colaborou com dois tentos, sendo que o avançado Milik contribuiu com um tento obtido de penalti.

Podia ter sido pior. O vice-campeão de Itália teve mais algumas chances onde podiam ter ampliado o marcador, mas a turma de Rui Vitória manteve a frieza para serenar o jogo. E foi então que o treinador português mexeu com a partida, ao fazer sair um apagado Carrillo para dar lugar a Salvio, e depois Gonçalo Guedes pelo desgastado e coxeante André Horta. Poucos minutos depois o avançado sub-21 do Benfica reduz para 1-4 ao aproveitar um mau atraso do adversário, e fazer o golo depois de contornar Pepe Reina.

Noutra desatenção da defesa do Nápoles e é a vez de Salvio reduzir para a diferença de apenas dois golos. A solução parece que era manter os habituais titulares, pois estes mudaram o jogo quando entraram. Isto pese embora o Nápoles estivesse também já em fase de descompressão.
Mais uma alteração, com a entrada de José Gomes para o lugar do amarelado Fejsa, e André Almeida fica a jogar no eixo do meio-campo sozinho.

Rui Vitória mostra que quer ainda ter uma palavra a dizer, e coloca um trio atacante com os dois miúdos da formação do Seixal a ajudar Mitroglou na frente.

Podiam os encarnados ainda ter reduzido para a margem mínima, o que daria com certeza um calafrio à equipa italiana, mas a sorte não o permitiu.
Fica o resultado negativo de 2-4 no San Paolo, que podia ter sido pior. Nota ainda para os cerca de 500 adeptos encarnados que estiveram em Nápoles a apoiar a equipa, que se fizeram ouvir e ajudaram a puxar pela equipa para aquilo que foi o minimizar de uma noite de desastre na defensiva encarnada.