Assunção foi só o primeiro

Originalmente a lei até tentava corrigir uma situação de abuso - um jogador "encostado" pelo clube porque não queria proceder à renovação do contrato - onde é que já vimos isto por cá? O caso do Assunção é interessante porque vai pôr à prova a viabilidade da lei e existência (ou não) de solidariedade patronal. É obvio que no caso do Assunção (e outros que possivelmente se seguirão) se trata de uma situação de oportunismo puro - se o senhor se lesionasse, digamos, no final da época com uma mazela tipo Liedson, apresentaria ele a rescisão agora? Duvido. A verdade é que os clubes pagam aos jogadores no período do contrato independentemente da qualidade da sua prestação desportiva ou até da sua existência em absoluto (se se lesionam gravemente, por exemplo)- e, para se corrigir um abuso, criou-se outro de sinal contrário. A única forma de resolver esta questão seria um acordo de cavalheiros entre clubes segundo o qual eles renunciariam a beneficiar destas situações - será que chegam lá? Idealismo? A verdade é que, se o não fizerem, a curto prazo o negócio do futebol fica de pernas para o ar e os clubes menos poderosos ficam sem possibilidade de segurar os seus activos. Mas os clubes grandes não ficam muito melhor: valerá a pena fazer contrato por 30M/40M/50M de euros (é um exemplo) por um jogador-vedeta que ao fim de 2-3 anos, consoante a sua idade, pode "chantagear" legalmente o empregador e pôr-se a andar para quem lhe pague melhor (beneficiando da inexistência de investimento no valor do passe)? Isto em conjunto com a regra dos 6/5 ainda vai dar muito que falar...

O post do Chess já diz quase tudo. Mas não se esqueçam de um pormenor. Quando existe claúsula de rescisão , além do valor dos ordenados o clube tem também direito a receber o valor dessa claúsula. Esta é a forma de defesa que os clubes têm. É por isso que hoje em dia quase todos os jogadores assinam contratos com claúsulas de rescisão milionárias. Foi por isso que o Porto protegeu o Quaresma com 40 milhões, o Benfica o Cardozo com 50 milhões e o Sporting as suas estrelas com 30 ou 40 milhões.

...mas o próximo a sair do Porto (a menos que Quaresma se antecipe) vai ser o Bruno Alves, ao que parece com destino a Londres. Vamos a ver se a informação que me chegou se concretiza.

Esta lei vai dar muito que falar,e Assunção ainda vai passar um mau bocado.O departamento Juridico do Porto ja deu provas suficientes de qualidade,onde a indemnização de Adriaanse ao clube foi o expoente máximo.

a querer fazer alarido às transferências do Porto! Bosingwa, 20,5M€, vendido. Venda extraordinária. Quaresma, posto à venda pelo clube já há algum tempo. Quem quiser, que se chegue à frente. Quaresma diz que está na altura de sair, após o Porto o ter posto no mercado com um preço. E sai na altura certa. Venha o recorde de transferência do futebol Português. O ex-nº6 do Porto saiu. Perfeito. Ninguém quer traidores nem homens sem honra nem palavra, apenas movidos pelo dinheiro e com desejos megalómanos de ganhar ordenados melhores do que Lucho ou Quaresma, a trabalhar connosco. Resolvido o problema. O Porto, com o dinheiro que ganhou com o Bosingwa e com o dinheiro que vai ganhar com o Quaresma, BRINCA. Vai buscar outro Anderson, outro Lucho, outro Lisandro. Boa sorte com os Postigas e com os Yebdas!