Queiroz avisa: na Selecção «não há lugares marcados»

Na véspera do primeiro jogo da era Carlos Queiroz na Selecção portuguesa o treinador deixa um aviso aos adeptos. «Não esperem uma revolução», aponta o seleccionador antes do jogo frente às Ilhas Faroé (20:45H). É uma partida de preparação para a fase de qualificação para o Mundial 2010 e o professor alerta que na Selecção «não há lugares marcados».



«A Selecção não é casa de espectáculo com lugares marcados». Um aviso que Queiroz deixa aos atletas das quinas na conferência de imprensa de antecipação do embate com as Ilhas Faroé agendado para quarta-feira.

Uma ideia que surgiu quando o tema era a ausência do guarda-redes Ricardo da convocatória. Recusando falar dos motivos para a não-convocação do titular indiscutível da baliza portuguesa na era Scolari, e escusando-se ainda a comentar a ausência de Quaresma, o treinador diz que não tem «ideias pré-concebidas relativamente a ninguém», nem qualquer «cumplicidade com clubes», e clarifica os critérios que primam às suas escolhas.

«Mérito, habilidade técnica, atitude, forma e se pode jogar um futebol que é o melhor para a Selecção». Serão estes os pontos que Queiroz terá em mente quando definir as suas convocatórias.


Sobre o trabalho na Selecção, o sucessor de Scolari realça que «seria falta de bom senso» proceder a uma «revolução» na equipa das quinas. O professor pretende «guardar o que está bem feito e ser capaz de aperfeiçoar» o que está menos bem, mesmo que para tal seja necessário «levantar pedra por pedra».

Queiroz fala da importância de «redefinir a forma de preparar a Selecção» e da pretensão de «acompanhar jogadores mais de perto». Críticas veladas ao seu antecessor.

Quanto às Ilhas Faroé, o seleccionador quer a sua equipa a «fazer um bom jogo, com entusiasmo e com os olhos postos na próxima etapa», isto é, os embates contra Malta e Dinamarca da fase de apuramento para o Mundial 2010. Salientando que «não temos tempo para nos prepararmos bem» para os dois jogos marcados para Setembro próximo, o treinador realça que não se pode perder a oportunidade frente à modesta formação do Arquipélago nórdico.

O ex-treinador adjunto do Manchester United confessa por fim que «há quase 13 anos que não falava em português para jogadores» e que «foi fantástico» voltar a fazê-lo num treino.


Fotos: Lusa