Madail, fim de um mandato: que balanço?

Madail acaba o mandato à frente da Federação. Foram 15 anos onde houve de tudo: polémicas, alegrias e tristezas. Acaba com um apuramento, mais um... Desde 1996, Portugal apenas falhou o Mundial de 1998. O que agora é quase certo era na altura muito raro de acontecer. A espaços, e irregularmente, íamos a uma grande competição.

Atualmente somos uma grande seleção, respeitada e conhecida pelo mundo fora. Tivemos Figo e agora Cristiano Ronaldo para ajudar a expandi-la um pouco mais. Estamos seguramente no top-10 das seleções, e melhor, temos estado sempre... Já estamos com uma segunda geração de valores e a terceira está aí, alguns já lá estão. Veremos se mantém ou não o nível.

Madail não é uma pessoa do meu agrado, parece ser alguém que não gosta do confronto e que demora a atuar. Ainda nesta qualificação vimos um castigo vergonhoso apenas para tentar demitir um selecionador. Não foi bonito de se ver, não teve argumentos para o demitir e acabou por quase castigar a própria seleção. Deve ser inédito no mundo. É esta a ideia que guardo de Madail, fala conforme lhe convém e nunca dá a cara nas derrotas e nas fases más.

Por outro lado, fazia parte da FIFA, tinha o seu prestígio lá fora, e acabou por trazer - não ele apenas, é claro - o Euro 2004. Um grande evento que trouxe tantos turistas (e estádios, que a posteriori se veem como um erro), prestígio e notoriedade ao nosso país.

Foi o presidente do segundo lugar no Euro e no Mundial de sub-20. E de um quarto lugar no Mundial...

Como balanço final, saldo positivo ou negativo?