Fernando Couto: Sempre fui duro e não me arrependo de nada

É assim mesmo Fernando!
No outro dia a conversa com amigos falávamos de que hoje em dia a podridão do futebol reflecte-se também, aparte dos escandalosos milhões e seus adjacentes, nas divas futebolísticas que por ai andam. Já não é um desporto de gente humilde que não esquece as suas raízes para ser de gente que pensam que são estrelas pop e estão acima de tudo (muito por causa da comunicação social e de nós mesmos que lhes damos importância). Aonde quero chegar? Aos defesas de antigamente. Antes tínhamos defesas tipo Couto, Jorge Costa, Mozer, Materazzi, Jaap Stam, Beckenbauer, Laurent Blanc, Fernando Hierro, Costacurta que metiam medo ao susto e transmitiam os valores da posição, duro, agressivo, difícil de ultrapassar pelo avançado fazendo valer das suas características para o jogo (dentro quanto possível do legal). Ou ainda tínhamos a pura classe dos Maldini, Alessandro Nesta ou até mesmo Cannavaro até um certo ponto de saturação (este já pensava que também era divo). Já para não falar, como tão bem disseram uma vez Pelé, Maradona e Van Basten, antigamente para um defesa receber um cartão amarelo era quase necessário arrancar a cabeça. Hoje em dia atiram-se para o chão agarrados à perninha, protestam como meninas, estreiam os seus novos penteados. Hoje é assim, é a protecção da menina habilidosa (que só o é porque marcam faltinha ao menor toque no penteado) que nem sequer parece um atleta de verdade mas sim uma bailarina com aparência de ginasiozinho.
Os tempos mudam caro Fernando...