Carlos Queiroz lembra «trabalho, talento e coração» no reencontro dos heróis de Riade | Relvado

Carlos Queiroz lembra «trabalho, talento e coração» no reencontro dos heróis de Riade

 

Na altura treinador dos sub-20, Queiroz lembrou que os campeões de Riade deixaram um «legado técnico e profissional» e que abriram «portas» no futebol português. «Este feito, além do resultado desportivo, foi o legado técnico e profissional que conseguiram transportar para o futebol português. Foi muito trabalho e a capacidade de encontrar gente fantástica, com talento no coração e nos pés», referiu o actual seleccionador nacional.A equipa técnica e jogadores reencontraram-se terça-feira, em Oeiras, num jantar comemorativo dos 20 anos desde que a equipa de sub-20 de Portugal conquistou o Mundial da categoria, na Arábia Saudita. Entre muitos sorrisos e abraços com os antigos companheiros de equipa, o ex-capitão Tozé, que levantou a taça em Riade, frisou que o triunfo no Mundial mudou a «forma de pensar» de dirigentes e treinadores em Portugal.«O jovem no futebol português não tinha oportunidades, abundavam jogadores estrangeiros, nomeadamente brasileiros, e nós, com a nossa humildade e com aquilo que conseguimos, tentamos inverter essa opinião e forma de pensar», disse o antigo médio.Por seu lado, João Pinto, outro dos "heróis" de Riade, lembrou que, com a conquista do Mundial, os «clubes começaram a apostar mais na formação». «O mais importante foi as portas que abrimos para as outras gerações», destacou o antigo avançado, que dois anos mais tarde viria a sagrar-se bi-campeão Mundial de sub-20, desta vez no Portugal91.20 anos após uma das maiores conquistas do futebol português, Carlos Queiroz afirmou que, na altura, apareceu uma «geração de ouro» e que, passado duas décadas, agora existe uma «geração do diamante». «Foi uma geração de ouro que ganhou troféus, depois ganharam alguns dinheiro e puderam comprar diamantes. Hoje ganha-se muito dinheiro e compram-se os diamantes primeiro que os troféus», concluiu.Lusa

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Comentários [3]

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... trabalho, talento e coração...

... precisamente o que falta à actual Selecção...

Sobre João Vieira Pinto...

... dizer que me agrada a postura do ex-futebolista, não tendo receio, como alguns, de assumir a sua posição contra as naturalizações, sem pôr em causa os valores de Deco, Pepe e Liedson como jogadores. Gosto de o ver como comentador na TV e agradar-me-ia vê-lo como dirigente, nomeadamente na Federação Portuguesa de Futebol. Mais do que Figo, por exemplo, parece-me reunir um consenso e uma independência de pensamento que o tornaria um bom presidente da FPF.

Geração do diamante...

... gostei da comparação, professor Queiroz. Um diamante por lapidar. A dúvida é se sobrará tempo para moldar esta geração a tempo de ganhar um título. Da "geração de ouro" ficam as saudades... Baía, Jorge Costa, Couto, Figo, Rui Costa, João Vieira Pinto... São os rostos de um tempo que não volta. Temos agora outros astros, mais mediatizados... Mas não teremos o coração alinhado com o talento nos pés...