A poucos dias da reabertura do mercado, fala-se -- como sempre -- na necessidade de reajustamento dos planteis.

Em cenário de crise, a ponderação tem de ser máxima.

Não se vivem tempos em que contratar ‘mais um, menos um’ pode ser tolerável, só para satisfazer (?) as massas associativas e ‘garantir’ votos, em eleições.

Os clubes e respectivas sociedades anónimas chegaram, financeiramente, a um ponto em que não podem capitular: a banca já não é solução para tudo, o que significa que há uma nova lógica do ponto de vista da utilização e rentabilização dos recursos.

Os empresários mantêm o comportamento e os jornais dão eco do frenesim da época.

O Sporting precisa de um central. Já precisava antes da época começar. Onyewu e Rodríguez não foram solução.

Fala-se do interesse em Bruno Alves. O internacional português tem o perfil certo: é agressivo e ‘mandão’ e marca alguma diferença no jogo aéreo, tudo o que a defesa do Sporting necessita.

Comprar o passe está fora de questão. Só pela via do empréstimo. E Bruno Alves teria de aceder a ganhar bastante menos, o que -- bem vistas as coisas -- parece tornar inverosímil o ‘sonho leonino’. Também por isso os clubes têm de olhar às ‘gorduras’ que criam para ser possível aproveitar a reabertura do mercado, em Janeiro, para fazerem alguns retoques. Não se faz hoje mais, a este nível, porque no passado cometeram-se loucuras... colossais. Sem que ninguém seja efectivamente responsabilizado. 

Por isso, percebo Luís Duque e Godinho Lopes...

(Rui Santos escreve de acordo com a grafia do português pré-acordo ortográfico)