Entre tácticas e teorias... | Relvado

Entre tácticas e teorias...

 

Muito me irrita, confesso, observar (em situação de ataque continuado) os desgraçados dos pontas-de-lança a correr desalmados pelas linhas laterais. Acontece muito com Liedson, sucede algo de muito semelhante com Hulk.Muitas destas jogadas terminam numa circunstância pouco compreensível: é o próprio avançado a ir à linha de fundo e a centrar para os médios. Claro que a maior parte das vezes este comportamento resulta em ... nada!Assumindo não ser nenhum portento táctico, esta situação parace-me um erro crasso, pois afasta o ponta-de-lança do seu elemento natural, a grande área.Sem esse factor de rasgo, os argentinos têm muito menos espaço de manobra; caindo-se pois no ridículo de ver Hulk tentar fintar jogadores praticamente desde a linha do meio-campo...endhoscopy

Comentários [4]

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Talvez tenha razão, a erudição pode advir daqui!

O FUTEBOL E OS INTELECTUAIS Sou do tempo em que o futebol era o ópio do povo, no dizer dos intelectuais que dedicavam a vida a perscrutar o que se passava na sociedade em que vivíamos nós, comuns mortais alienados e adormecidos, e eles, élite avançada e inteligente porém acordada. Nesse tempo, as coisas eram mais simples. Pelo menos aos olhos pre-claros dos intelectuais, quase todos canhotos que, do alto da sua posição vantajosa e de vanguarda, faziam o favor de nos abrir os olhos para os males que, à socapa, nos iam amolecendo a têmpera e desviando o impeto. Subversivamente, escreviam e faziam avisos e denúncias em livros, jornais, revistas ou em colóquios e debates que conseguiam furar a malha da censura e que tinham a nobre missão de nos retirar a nós, recuadas massas analfabetas na ciência política, do marasmo e da ignorância impeditivas da consciência necessária para passar à acção. Da maléfica lista destacavam-se os três éfes, FÁTIMA, FUTEBOL e FADO através dos quais o regime se encarregava de nos alienar, adormecendo-nos nessa posição recuada e amorfa por via do uso e abuso malvado dessas três "drogas" fornecidas em profusão pelo estado, novo e fascista. O mais usado, por ser o mais popular, era o futebol. O fascínio que desde sempre exerceu nas pessoas, fazia dele o veículo ideal para distrair o povo das preocupações e problemas com que se debatiam. Enquanto as massas trabalhadoras pensavam e discutiam as incidências dos jogos e se dividiam em lutas fratricidas na defesa das cores clubistas, esqueciam-se de culpar e atacar o regime que lhes tornava a vida tão difícil. A vanguarda assistia consternada e impotente. Mas tinha razão. Nos dias de hoje, tudo se tornou mais confuso. Pelo menos para os intelectuais que coitados e ainda afectados pelo trauma causado pelo facto de o regime não ter caído pela via inscrita nos manuais e cartilhas que preconizavam e nos quais o povo, seguindo atrás deles,tomaria o poder, sofreram um duro revés geracional que lhes vem provocando enjoos desde então e alguma desorientação. Estavam a dormir quando em sua substituição nessa sublime tarefa de libertar o país, entrou em cena um grupo sócio-profissional chamado MFA que no decorrer de um processo reivindicativo se viu obrigado a entrar em greve que depois, por inabilidade dos patrões da tropa, descambou em revolução. Os intelectuais nunca mais recuperaram o ânimo depois desta afronta que a história fez ao retirar-lhes o papel principal nesse desígnio nacional de todos eles. De entre os elementos dessa antiga vanguarda, uns quantos desapareceram do mapa, outros trocaram a prosa doutrinária pela poesia e outro grupo descobriu o encanto escondido do futebol. As vocações, mesmo as descobertas tardiamente, não se discutem. Neste último grupo, o facto novo e notório desde logo foi a veia literária e a oratória que embrulhava o discurso agora colocado ao serviço desta nova causa com o mesmo fervor que dedicavam à política. Os métodos de análise, porém, não diferem muito: falam de cátedra sobre todos os aspectos técnico-táticos e dos possíveis e até dos improváveis ângulos que apenas os seus olhos conseguem ver. São comentadores, articulistas, jornalistas e todos especialistas em futebol sobre o qual debitam opinião e fazem, sem o menor sinal de auto-crítica ou pingo de vergonha, o papel dos "alienadores de serviço" que antes abominavam nos outros, no "inimigo". O despudor com que vão comer às mãos dos novos donos que outrora tratavam com nojo, deve-lhes servir agora para esponjar a consciência dos vestígios de dignidade que eventualmente sobrevivam ao facto de serem agentes, passadores e vendedores da "droga dura" em que se tornou hoje o futebol se comparado com o que era há 40 anos, quando eles o atacavam. Hoje trabalham no ramo sem problemas de consciência e vão vivendo. Se dependessem de mim, como leitor, ouvinte ou espectador, viviam mal. No que a futebol diz respeito, deixei há muito de pagar em tempo ou dinheiro para essa gente. Não leio nem ouço ou vejo esses papagaios que compôem a fauna que enche jornais rádios ou televisões com conversas balofas de frases feitas e burras sempre iguais e previsíveis em que se deleitam a debitar o lixo mental que alimenta as vendas e as audiências. Fui praticante federado de futebol durante 17 anos e ainda hoje, sempre que posso, gosto de jogar. Também gosto de ver bons jogos e delicio-me com o talento virtuoso dos bons jogadores. Gosto do espectáculo e embora vibre com as vitórias do meu clube, nunca chorei com as derrotas mas talvez o facto de ser do Belenenses me facilite a vida e ajude a lidar com as emoções. No futebol, tolero mal os facciosos e os mentirosos e desonestos consigo próprios, isto é, aqueles que tentam desculpar ou ocultar o erro que os beneficia, e os faz saltar de indignação quando os prejudica. No futebol não suporto os dirigentes inchados de vento, bacocos, obscenos e mafiosos que a par com empresários, representantes, comissionistas e outros artistas que envolvem esta indústria, fazem um rico ramalhete de parasitas que, tenho a secreta esperança, ainda vão dirigir e organizar, um dia, todos, um campeonato nacional inter-prisões, em Portugal. Tudo isto vinha a propósito, já me ia esquecendo, do último confronto verbal, através da imprensa, entre o excelente jogador Ronaldo e o não menos excelente treinador José Mourinho. A triste figura que ambos fizeram, só em parte é da sua responsabilidade. A parte maior cabe a estes intelectuais convertidos ao futebol que inundaram o discurso futebolístico com frases vomitadas de pseudo-erudição provenientes da diarreia mental que lhes habita a cabeça. Tudo aquilo que disseram um ao outro sendo uma triste amostra do que de pretensioso tem o "sentir" português com frases mal elaboradas, pensadas de raiva e sem nenhuma elevação, só pode ter sido inspirado nestes idiotas merdosos que espalharam o vírus. Como é sabido, a idiotice, a arrogância e o pedantismo são contagiosos. Por isso meus caros contendores, tomem cautela e não deixem a doença alastrar. Purguem-se, isolem-se e por penitência deveis prometer fazer apenas o que sabeis fazer bem, ou seja o Ronaldo joga e o Mourinho treina. E ambos se calam. Ide em paz! Postado por José Ceitil

Re: Entre tácticas e teorias...

Fui o único que achou este artigo completamente desconexo?! Discurso erudito? Interista? O que é que é suposto discutir aqui? Jesus...

O Hulk é um Ponta-de-Lança??? O Cebola é

um extremo (na verdadeira acepção da palavra)???, penso que «ENTRE TÁCTICAS E TEORIAS...» Faltam os discursos dos conhecedores do Jogo do Pontapear a Bola (quanto aos eruditos, são quem??? ERUDITOS...???!!! Discurso ERUDITO, relativamente ao FUTEBOL, quer dizer O QUÊ??? Jadscl

é preciso ter um bom treinador

para pôr a equipa a funcionar. Há frases de treinadores que ficam para a história: Paulo Bento- "com tranquilidade" Boloni- "je pense que, je pense que" Jesualdo Ferreira- "ganhar é como lavar os dentes" José Mourinho- "alguém vai pagar a factura" Toni- "o Benfica é um cemitério de treinadores".