Bartolomeu diz que é "alvo a abater" e U. Leiria "bode expiatórioPresidente confirma que o clube não desiste da Liga e dispara críticas em todos os sentidos, revelan |
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04 de Maio de 2012, às 18:56 |
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"Tem que se abater o João Bartolomeu." É assim que o presidente da SAD leiriense fala da polémica dos salários em atraso no seu clube, garantindo que a equipa sempre vai jogar no Estádio da Luz e que não desiste do campeonato.
O dirigente demissionário atesta que "80 por cento dos clubes" têm salários em atraso, "porquê só o União de Leiria?" Deixa a pergunta no ar, considerando que o seu emblema está a ser um "bode expiatório" e que ele é "um alvo a abater". "O presidente é incómodo para algumas pessoas", constata, notando que está no futebol "há muitos anos e sei muita coisa", diz.
Bartolomeu também refere que a SAD leiriense vai processar os 13 jogadores que apresentaram a rescisão coletiva, alegando que "incorreram em vários infrações das Leis do Trabalho". Notando que estão em causa "indemnizações muito grandes", o dirigente conclui que o clube "passou de credor a devedor".
"Há um conjunto de interesses que se constituíram contra a União de Leiria", considera ainda Bartolomeu, realçando que "o divórcio da Câmara da cidade contra o clube é um desses exemplos". "A Câmara de Leiria deve ser a única de Portugal Continental e Ilhas que não apoia o clube da cidade", queixa-se o dirigente.
Referindo-se aos "interesses instalados", Bartolomeu repara que os clubes grandes recebem "70 por cento do bolo" dos direitos televisivos e atesta que "o Vitória de Guimarães pagou dois salários porque recebeu dinheiro adiantado, porque senão não tinha".
Com o nome de António Oliveira a ser assunto de discurso misterioso da parte de Bartolomeu, com insinuações não muito claras por causa de uma entrevista do antigo selecionador nacional onde este falou dos direitos televisivos, críticas também para os próprios jogadores da Liga Portuguesa, com o presidente da SAD leiriense a realçar que, "se fosse como em Espanha, o campeonato parava pela greve de um clube". "Os outros jogadores estariam solidários" com os que não recebem ordenados, constata.
O presidente demissionário alega ainda que "a verdade desportiva" de que tanto se fala "não é pela União de Leiria". De resto diz que "verdade desportiva era aquela em que antigamente as votações eram feitas de braço no ar", criticando o "voto secreto" com que atualmente se tomam as decisões nas Assembleias-Gerais da Liga de Clubes.
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