Cérebros de Ronaldo e de Messi são superdotados

Os futebolistas de alta competição têm um cérebro sobredotado. É o que conclui uma investigação do Instituto Karolinska de Estocolmo, na Suécia, divulgada pela revista científica Plos One.

Os jogadores de alto nível, com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo como os expoentes máximos do momento, integram os 5 por cento da população mundial que revelam melhores funções executoras do cérebro, fruto das exigências inerente à profissão, designadamente a necessidade de processarem uma grande quantidade de informação em muito pouco tempo e de tomarem a decisão correta.

O estudo avaliou conceitos como "memória de trabalho", isto é, a capacidade de lidarem com dados como a trajetória da bola, o posicionamento dos adversários, a breve prazo. Além disso, analisou a capacidade de resolução de problemas e de tomada da decisão mais acertada, a flexibilidade cognitiva para corrigir um posicionamento ou uma decisão em função das ações dos outros jogadores e a inibição de impulsos de modo a não rematar para onde se tinha decidido inicialmente, mas para onde se resolveu chutar depois.

A amostra de trabalho incluiu jogadores da primeira divisão da Suécia, jogadores de divisões secundárias e pessoas que não praticam futebol. Os resultados indicaram que os futebolistas do principal escalão sueco revelam melhores funções executoras do que os dos escalões secundários, e estes por seu turno denotam melhores resultados do que aqueles que simplesmente não jogam à bola.

Segundo a investigação também poderá ser possível prever as potencialidades de uma jovem promessa com testes que avaliem as suas funções cognitivas.