Presidentes de Benfica e Sporting trocam críticas

VIEIRA SUGERE AUDITORIA INDEPENDENTE ÀS CONTAS LEONINAS
Os problemas financeiros dos clubes portugueses são detalhe que muito preocupa e
que ao mesmo tempo nenhum dirigente parece estar disposto a assumir. Depois de
citado pelos rivais da Luz o passivo encarnado, Vieira insta o presidente
leonino a «tornar públicas as contas do clube». «Tal como houve sócios
do Sporting a pedir, seria bom que houvesse uma auditoria rigorosa às contas do
clube, mas por parte de uma empresa totalmente independente», diz ainda o
dirigente. Em resposta Soares Franco constata que «o Sporting tem as contas
auditadas há 10 anos, o passivo é conhecido publicamente, pois a SAD está cotada
em bolsa e comunica trimestralmente as contas à CMVM», diz ainda.

SOARES FRANCO DIZ QUE BENFICA TEM ANDADO COM CASA ÀS COSTAS
Atirando contra a projectada alienação de património por parte do Sporting,
Vieira considera que «quando não há outra solução tem de se vender, mas isso
também é fácil», diz, realçando que «mais importante é saber como
encontrar outras soluções». Em farpa mais manhosa, o presidente da Luz
refere que «quando Filipe Soares Franco tiver problemas em fazer uma
Assembleia-Geral, o Benfica tem um ou dois pavilhões com capacidade para os
cinco mil associados do clube, e de certeza que não iria gastar dinheiro, pois o
Benfica está disponível para os ceder», nota.
A reacção de Soares Franco não é menos azeda. «Não tenho culpa que o Sporting
não ande há três ou quatro anos com a casa às costas para treinar, pois temos a
Academia», frisa o dirigente de Alvalade. «E também não tenho culpa que o
Sporting tenha construído património imobiliário, por isso não vejo qualquer
razão para Luís Filipe Vieira ter perdido a cabeça, ainda por cima no dia em que
festejamos o aniversário do Fernando Peyroteo, o melhor jogador português de
todos os tempos», conclui o presidente dos leões no âmbito da cerimónia de
descerramento de uma placa comemorativa do nascimento do melhor marcador da
história do Sporting.