Vice da Académica suspende mandato após acusação de Dame

O contrato de Dame com a Académica é válido até ao fim da presente época e a Briosa alega que tem o direito de opção para a renovação por mais duas épocas, cláusula que o jogador não considera válida. A direcção do emblema de Coimbra tem outra versão e num comunicado refere que tem «direito de opção pela renovação do presente contrato para as épocas 2007/2008 e 2008/2009», realçando ainda que essa cláusula «prevê, igualmente de forma expressa, quais as condições remuneratórias que vigorarão para o referido período de renovação contratual». Sublinhando que já foi desencadeado «há algum tempo» o processo de renovação com Dame, a Académica frisa que manifestou ao atleta a intenção de alargar o período de ligação ao jogador «com naturais contrapartidas remuneratórias acrescidas», refere no dito documento. Os responsáveis da Briosa entendem assim que não faz «o mínimo sentido associar o procedimento tendente à renovação do contrato com Dame N’Doye a episódios supostamente ocorridos a propósito de actos de natureza exclusivamente privada do atleta, relacionados com a aquisição de uma viatura automóvel», embora o possível vendedor da viatura seja «simultaneamente vice-presidente da Académica», aponta-se no citado comunicado. Apesar desta posição, o emblema salienta que Luís Godinho considera que «não tem condições» para continuar no cargo, embora não abdique «de exercer o seu direito à defesa do seu bom nome pessoal e profissional, manchado com as imputações que injustamente lhe foram feitas», conclui o texto.Susana Valente