Rui Santos: "Árbitros estão a ponderar greve que pode parar campeonatos" | Relvado

Rui Santos: "Árbitros estão a ponderar greve que pode parar campeonatos"

Revelação do comentador do Relvado no "Tempo Extra", onde conta ainda que Bruno Paixão teve "nota po
 
Rui Santos no Relvado 1 (fundo verde)
Miguel Ribeiro Fernandes/VIA

"Os árbitros estão a ponderar uma greve geral que pode fazer parar os campeonatos". O alerta é de Rui Santos, no programa "Tempo Extra" da SIC Notícias. O comentador do Relvado repara que se está a formar "um movimento nesse sentido para os árbitros pararem".

Rui Santos nota que "em qualquer altura os árbitros podem tomar essa posição pública de força", frisando que equacionam tomar essa medida drástica "em face deste clima difícil que se criou e que é absolutamente perigoso", diz.


No "Tempo Extra", Rui Santos também revela que Bruno Paixão teve uma "nota positiva" de 3,4 pela sua atuação muito criticada no Gil Vicente-Sporting da jornada 23. O comentador realça que se trata de uma "nota muito satisfatória" depois de "uma arbitragem negativa", frisando que é "qualquer coisa que não se compreende". Citando o exemplo concreto do primeiro penalti assinalado contra os leões por falta de Shaars, Rui Santos atesta que "a grande penalidade não deveria ter sido assinalada, deveria ter sido marcado um livre".


"Como é possível ter a certeza de que Schaars joga a bola com a mão dentro da área", questiona o comentador, realçando que "pior ainda é um observador não levar em conta esta situação e dar uma nota positiva ao árbitro quando este é um lance que tem clara influência no desenrolar da partida".

"É a partir daqui que o futebol português fica completamente descredibilizado porque ninguém consegue entender isto", considera Rui Santos. O comentador nota que é preciso "ter cuidado com isto", lembrando que "o ambiente em volta da arbitragem é neste momento muito complicado, muito difícil". Os árbitros são "seres humanos, cometem os seus erros", aponta, constatando que "este fanatismo" e o "talibanismo" que se vem sentido no nosso futebol "tem que ser travado".


Rui Santos lembra que Bruno Paixão não tinha sido o árbitro inicialmente designado para o jogo, tendo substituído Jorge Sousa, e repara que "não há nota pública da substituição do observador" que terá sido Ezequiel Feijão, "um ex-árbitro de Setúbal", conforme evidencia. Fazendo ainda nota do artigo 16 do Regulamento de Arbitragem que determina que os observadores não podem avaliar árbitros do seu distrito de residência, o comentador conclui que poderemos estar "eventualmente" perante "uma situação anti-regulamentar".

No "Tempo Extra" Rui Santos também revela que há "a possibilidade de a arbitragem sair, digamos, do edifício da Federação e ela própria, um pouco à semelhança do que acontece na Premier League, constituir-se de uma forma absolutamente autónoma, não apenas em termos administrativos, mas também em termos logísticos". O comentador sustenta que a ideia será a Arbitragem concentrar-se num "edifício só" com "patrocinadores" próprios, realçando que seria um "modelo interessante", pois, "quanto mais autónoma for a arbitragem, quanto mais se distanciar de correntes de opinião clubística, tanto melhor", conclui. Mas esta eventual "libertação", dependerá da "capacidade que a Federação tiver para fazer algumas destas reformas", constata o comentador.

I Liga:

Comentários [6]

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Os árbitros devem merecer o respeito

Os árbitros ameaçaram hoje com greve se não forem respeitados. Eu afirmo categoricamente: Não respeito os árbitros.
Vou explicar porquê com a análise das últimas décadas do futebol português, aquelas que tenho acompanhado. Não me vou pronunciar com o que se passou daí para trás porque não falo daquilo que não sei.
Entendo que os árbitros, como qualquer ser humano, podem errar e temos que lhes reconhecer esse direito. Todos os clubes se queixam de erros e todos têm razão. No entanto, analiso a questão da arbitragem não jogo a jogo mas no conjunto de uma época, ou seja, quando um clube se sagra campeão porque ao longo dessa época os árbitros “erraram” a seu favor com esse objetivo.
Neste contexto vou falar daquilo que me lembro.
Nos anos 80 do século XX, quando os árbitros ainda não eram obrigados a mostrar a placa com os descontos, como acontece hoje, nessa altura os jogos acabavam quando os árbitros entendessem.
Lembro-me de uma temporada em que os jogos do S. L. Benfica só acabavam dentro do tempo regulamentar com os descontos razoáveis se o Benfica estivesse a ganhar. Se o S. L. Benfica estivesse empatado ou a perder, os jogos arrastavam-se interminavelmente até o S. L. Benfica conseguir marcar o golo da vitória ou do empate, consoante o caso. O S. L. Benfica marcava golo e o jogo acabava de imediato;
Lembro-me de, também nessa altura, o Sporting C. P. tinha de marcar pelo menos 4 golos para serem validados 2. E esta afirmação veio publicada nos jornais A Bola, Record e Mundo Desportivo, os que existiam na altura. Quem não se lembra e quiser fazer a pesquisa, pode confirmar isso;
Mais recentemente, toda a gente se lembra do Penta do FC Porto, ganho graças àquilo que se popularizou por “sistema”. Quem não se lembra do “Vidoso”, do FC Porto, o melhor marcador dessa altura, em que nos jogos que corriam mal para a equipa portista, lá aparecia penalti du”Vidoso” que lhe garantia o empate ou a vitória, consoante a necessidade? Passou a ser uma piada nacional. Sem piada nenhuma, direi eu. E o FC Porto lá foi ganhando campeonatos, com Pinto da Costa presidente da Liga e dominando tudo o que se passava no futebol português, com as histórias da agência de viagens Cosmos pelo meio e tudo aquilo que culminou no “Apito Dourado”. É evidente que para se condenar é preciso provar mas há quem faça as coisas bem feitas. Al Capone só foi condenado por fuga aos impostos mas toda a gente sabia e sabe que era o maior “Gangster” da América;
Quem não se lembra do “Luto” do Sporting CP contra a arbitragem e da famosa azia do árbitro Jorge Coroado, personificando a assunção pública da intenção dos árbitros em prejudicarem o Sporting CP nessa temporada? Não foi por acaso que o Sporting C. P. passou 18 anos sem ganhar um campeonato…
Apenas nestes exemplos, sobejamente conhecidos (a quem convêm esquecer?), temos casos de favorecimento (leia-se, viciar os resultados) que atribuíram campeonatos ao S. L. Benfica e ao F. C. Porto e impediram o Sporting C. P. de os ganhar.
Portanto, se há clubes que devem estar caladinhos e outros com legitimidade para reclamação, todos sabemos quem são.
Acredito que nas últimas épocas e no presente já não há “sistema”. Pelo menos aquele que existiu. Não me parece que nas últimas temporadas a arbitragem tenha tido influência na conquista dos campeonatos. Hoje já poderia ter mais respeito pelos árbitros, como eles pedem. No entanto, e não querendo cair na análise de jogos concretos mas sim nas generalidades, quantas vezes não ouvimos os relatadores radiofónicos dizerem que quando um jogar fica “amarelado”, fica “vacinado” e já não vê o segundo e consequente vermelho, que lhe valeria a expulsão. Esses jogadores continuam a jogar à margem da lei com a certeza que não serão expulsos. Nestes casos, os árbitros não mostram o segundo cartão amarelo para não expulsarem os jogadores. E fazem-no conscientemente. Beneficiando a equipa faltosa e prejudicando a outra equipa. Jogar contra dez é a mesma coisa que jogar contra 11? Aqui, onde está o erro? Não existe. É uma decisão consciente dos árbitros. Deixem de dizer que errar é humano. Isto é intencional.
Poderia aqui incluir muitos mais casos. Tanto haveria para dizer. É um tema que nunca mais acaba. Mas este comentário tem que ter um fim. Menciono apenas casos que ninguém refere. Faço-o para enriquecer o debate com “novas” pistas. E só são “novas” porque aparentemente caíram no esquecimento. Aqui ficam para que não se apague a memória.
Posto isto, como é possível respeitar os árbitros? É uma pena, mas não posso.

e se os clubes

todos fizerem falat de cpmparencia enquanto forem estes os árbitros o que dizem a isto ,, não não fazem porque alguns destes convem ao porto e benfica á pois é

Acho muito bem que o façam.

Acho muito bem que o façam. Os irresponsáveis dos dirigentes em Portugal só sabem desculpar o seu baixo rendimento com os árbitros pondo em causa a normalidade na vida destes. Ainda por cima estas criticas vêm de clubes como o Benfica, Sporting e Porto que estão sempre a ser beneficiados. Ganhem vergonha!
Mas a maior fatia da culpa é da comunicação social que dá sempre muito ênfase a tudo o que tenha a ver com arbitragem.

Os arbitros ameaçam parar?

E que tal ameaçar deixar de roubar?

Que me perdoe o Adriano.

Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que apite
Há sempre alguém que dirá não.

Se fosse arbitro fazia o mesmo!

Agora os arbitros são desculpa para tudo...