Rui Santos analisa estreia de Danilo e "momento menos bom de Gaitán"

No Tempo Extra deste domingo, Rui Santos comentou a jornada 16 e salientou ‘o bom futebol praticado’ pelo FC Porto. O comentador da SIC e colunista do Relvado considerou que ‘a ausência de Hulk não se fez sentir’, salientando entre outras a prestação do ‘magnífico’ Álvaro Pereira.

Rui Santos analisou a estreia de Danilo, afirmando que ‘é claramente um jogador para ter êxito no FC Porto. Falta saber - adiantou - quem vai sair para Danilo entrar’. O comentador da SIC diz que ‘tudo depende daquilo que Vítor Pereira quiser da sua equipa: ou aposta num lateral mais ofensivo e substitui Maicon; ou opta por Danilo numa posição mais adiantada e então Defour e Beluschi podem ver o seu espaço reduzir-se’.

Considerando o bom desempenho do FC Porto frente ao V. Guimarães, que ‘teve uma boa presença no Dragão’, Rui Santos prevê que ‘os dragões vão complicar ao máximo a tarefa do Benfica, líder do campeonato’.

No Benfica, a ‘qualidade individual’

No jogo entre o Benfica e o Gil Vicente, Rui Santos começou por salientar ‘a excelente capacidade de resposta’ da equipa de Barcelos: ‘grande organização tática e perfeito conhecimento da forma de o Benfica atuar. O Gil Vicente ‘ocupou muito bem todos os espaços, principalmente com uma superior organização a meio-campo’, obrigando o Benfica ‘a ter de ir ao banco achar a solução para ganhar o jogo’.

Rui Santos considerou ‘decisiva’ a entrada de Aimar, que ocupou um espaço que até então não havia sido preenchido, nem por Witsel nem por Rodrigo. O comentador da SIC justificou o ‘sub-rendimento do Benfica na primeira parte’ pela ‘baixa intensidade do seu jogo’ e fraco desempenho de alguns jogadores, destacando neste particular ‘o momento menos bom de Gaitán’.

Em síntese: ‘O Benfica quando não consegue pôr em prática todo o seu potencial coletivo recorre à qualidade individual dos seus jogadores (Aimar, Rodrigo, Cardozo), cujo argumento pode fazer toda a diferença nas contas finais do campeonato’.

Benfica e direitos televisivos

Rui Santos abordou também a questão dos direitos televisivos defendendo a ideia de que ‘se o Benfica chegar a acordo com a Olivedesportos por menos de 30M€, isso constituirá uma derrota para Luís Filipe Vieira, depois de todo o ruído que provocou em torno desta matéria’. O comentador da SIC considerou que ‘até aos 25M€ valerá a pena potenciar o negócio através da Benfica TV, até por outras razões extra negociais, considerando o posicionamento do Benfica perante os poderes do futebol português’.

‘Caso Bojinov’ traduz ‘a falta de liderança no Sporting’

Rui Santos analisou as declarações de Domingos desta semana (‘um dos maiores problemas do clube é, como dá a entender o treinador do Sporting, não conseguir falar a uma só voz’) e chamou a atenção para ‘as enormes expectativas criadas’, num tempo em que o Sporting tenta recuperar de um ciclo prolongado de ausência de títulos.

Rui Santos considera que as profundas alterações no plantel, com a aquisição de muitos jogadores estrangeiros, cria uma maior pressão sobre Domingos, que se vê ‘na obrigação de tentar rentabilizar os novos investimentos’. Neste particular - adiantou --, Domingos ‘não conseguiu fazer uma boa gestão’, como prova a entrada e saída de Renato Neto. ‘Os jogadores portugueses são - assinalou -- os mais prejudicados’.

Em relação a Bojinov, o comentador da SIC considerou que ‘o caso traduz um problema de falta de liderança no Sporting, dentro e fora do campo’ e relembrou o que se passou com Jeffren, quando abandonou um jogo sem autorização: ‘Todos branquearam a situação -- e esse foi um caso de indisciplina diferente, mas tão ao mais grave do que aquele que teve agora Bojinov como protagonista’.

No inquérito telefónico do Tempo Extra, perguntava-se qual a melhor solução para o Sporting sair da crise. ‘Godinho Lopes assumir a liderança’ foi a hipótese mais votada.

Rui Santos comentou ainda ‘a verve despesista da FPF que não se coaduna com o cenário de crise que assola o País’ e assinalou o choque entre as declarações de Mário Figueiredo e as que foram proferidas pelo presidente do Gil Vicente, António Fiúza, sobre o alargamento. ‘Vai ser uma bota difícil de descalçar’ -- sintetizou o comentador da SIC e cronista do Relvado.