Rui Alves não espera castigo duro para Jokanovic

O presidente do Nacional da Madeira não espera que Pedrag Jokanovic seja sancionado com uma pena de suspensão superior a um mês. Rui Alves lembra a agressão de Luiz Felipe Scolari a um jogador sérvio e o castigo de 4 jogos de suspensão que a UEFA lhe aplicou, alegando que no caso de Jokanovic «não houve qualquer tentativa de agressão» a Manuel Cajuda.



«Se tiver como referência a posição da UEFA relativamente ao seleccionador nacional, uma situação de agressão, não estou à espera de mais de um mês de suspensão», diz o presidente dos madeirenses em declarações à Rádio Antena 1. Scolari foi castigado com quatro jogos de suspensão depois de ter agredido o sérvio Dragutinovic no final do Portugal-Sérvia da fase de qualificação para o Euro2008.


Tendo por base aquele exemplo e considerando que no caso de Jokanovic «não houve qualquer tentativa de agressão», conforme sublinha, o dirigente do Nacional acredita que não será aplicado ao técnico sérvio um castigo pesado. Admitindo que o treinador terá tido «porventura uma atitude insultuosa em relação ao treinador do Guimarães», Rui Alves destaca que «há um arrependimento» e que há também a atenuante do «estado emocional vivido no próprio jogo».

Certo é que a Comissão Disciplinar vai analisar o caso nesta terça-feira à tarde, observando o que estiver exposto nos relatórios do árbitro e dos delegados da Liga destacados para o jogo. A abertura de um inquérito disciplinar para apurar os factos é o procedimento provável.

Entretanto, e sobre o corte de relações com o emblema insular anunciado pelo Vitória de Guimarães, Rui Alves lamenta que «os dirigentes não consigam ser os mais serenos e os mais tranquilos» neste processo.


E depois de todas as polémicas no âmbito deste jogo, o Sindicato de Jornalistas (SJ) vem queixar-se dos seguranças do Nacional, acusando-os de dificultarem o trabalho de um repórter fotográfico. A Direcção Regional da Madeira da estrutura divulga um comunicado onde «protesta e repudia publicamente a atitude assumida por responsáveis do clube», salientando que empurraram o fotógrafo Gregório Cunha «tentando impedi-lo de cumprir a sua missão profissional».

O SJ acusa especificamente o director de segurança do Nacional, Nelson Melim, realçando que exerceu um «comportamento limitador da liberdade de imprensa». Lamenta ainda que «não é a primeira vez que se registam episódios de pressão e coacção, e nem sequer é a primeira vez que tal acontece no estádio do Nacional», refere o comunicado sindical concluindo com a garantia de que será apresentada uma queixa «às entidades competentes».


Fotos: Lusa