A procissão ainda vai no adro, mas já aí temos a eterna polémica da arbitragem | Relvado

A procissão ainda vai no adro, mas já aí temos a eterna polémica da arbitragem

Gostaria de, neste painel de comentários, lançar um desafio sobre a contagem dos erros de arbitragem
 
Árbitros da Liga
Lusa

Não sei se será por vício ou por mero hábito compulsivo, ou ainda devido à própria cultura portuguesa, que por vezes se define em dizer mal de tudo e de todos, ao falar só do que lhe interessa e do que se quer realmente ver para benefício próprio, numa demonstração de puro egocentrismo e de egoísmo exacerbado por vezes doentio e antidesportivo, mas nunca, ou poucas vezes, se envereda pelo caminho de tentar encontrar soluções em conjunto para os problemas que a própria arbitragem também patenteia.

A arbitragem, para além de ser um parente pobre do futebol, pois todos a atacam e quase ninguém a defende, é também assim uma espécie de escape e de justificação para os maus momentos ou fracassos sucessivos das equipas de futebol e dos seus dirigentes, que por sua vez têm cada vez mais dificuldade em satisfazer os caprichos dos seus sócios e simpatizantes, pois sabem que estes, pouco se importam se as vitórias foram obtidas com ajudas diretas da arbitragem ou com a ajuda divina, o que eles efetivamente querem e exigem, são resultados sucessivos a qualquer preço e não gostam de esperar muito, podendo mesmo num ápice os heróis de hoje passarem a serem amanhã os culpados de todos os maus resultados.

Pois a procissão ainda vai no adro, e já se lançam por aí alguns foguetes de descontentamento, começando também a rufarem os eternos tambores de uma guerra sem fim à vista, mas que é bastante apreciada pelos órgãos de comunicação social e de alguns paineleiros sem formação desportiva, e o que ainda é mais curioso, é que algumas das eventuais vítimas, depois de se visionarem as imagens, também eles próprios foram objeto de ajuda por parte dos mesmos árbitros, como que a dizer que “Olha para o que eu digo, mas não ligues ao que eu faço”.

Neste muro de lamentações e de injustiças infundadas, gostaria de aqui e agora neste painel de comentários, lançar um desafio não só a todos os “relvas”, mas também à própria direção do Relvado.com, no sentido de lançarem uma iniciativa que dê a oportunidade a todos os interessados, de em todas as jornadas se fazer a contabilidade dos pontos ganhos e perdidos, através de erros de arbitragem, e ainda, tornarem públicas as opiniões dos dirigentes desportivos quanto à possibilidade da introdução de meios tecnológicos para se apurar ou retificar erros grosseiros de arbitragem na hora, e não como agora acontece, se passar a discutir o inevitável pelo erro já ter sido cometido.

Aqui gostaria de ver quem efetivamente está a favor da introdução das novas tecnologias, pois, quer-me parecer que na realidade a maioria dos dirigentes desportivos, o que pretende é continuar na senda da discussão à posteriori, e não entrar pelo caminho da solução da justiça desportiva na hora da decisão, através da visualização dos lances duvidosos desde que o jogo se encontre parado, tendo assim a possibilidade de sempre justificar qualquer coisa que tenha corrido mal.

Gostaria de saber a vossa opinião sobre este assunto, e a possibilidade da implementação da iniciativa acima referenciada.

Saudações desportivas.

I Liga:

Comentários [9]

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A vermelhada nao se queixa

ESTAO A SER EMPURRADOS....LOLOLOL

GOLOS EM FORA JOGO
PENALTIS PERDOADOS
EXPULSOES A FAVOR...............tem valido tudo................MAS UM DIA ACABA......:)

Arbitragens

Normalmente o Sporting tem azar,pois é sempre prejudicado pelas arbitragens.Ainda só com 3 jogos e
houve problemas em 2. Os presidentes do Benfica e do Porto devem «tratar» melhor os arbitros........

Falem de futebol !

Falem de futebol !

Arbitragem são desculpas. . . Os árbitros erram em todo o Mundo ! Mas não se fala tanto como em Portugal.

Tecnologias...

Novas tecnologias... não sou grande defensor, nomeadamente do recurso à tv, pois levanta algumas questões. Como e quando se pode fazer? Um fora de jogo assinalado, o banco reclama, ve-se na tv e... esta em jogo. Como se recomeca?! Com o jogador a correr de onde estava? E quantas vezes pode o banco contestar a decisão para ser ver o lance na tv?

Para mim, o problema é mais abrangente... os erros acontecem às pessoas competentes e o que vejo na arbitragem é incompetencia... Portanto, devemos criar condicoes a que os arbitros evoluam e, sobretudo, condicoes para a transparencia...

1 - Profissionalizacao dos arbitros.
2 - Comissao Arbitragem independente da Liga e da FPF.
3 - Alteração do sistema de observação.
4 - Penalização, em jogos "na bancada", de acordo com as notas "negativas" atribuidas.
5 - Flash interview aos arbitros no final de cada jogo para poderem explicar decisões
6 - Castigos pesados a quem falar dos arbitros de forma ofensiva e sem factos... em dinheiro para os dirigentes, em jogos para os treinadores
7 - Utilizar imagens para penalizar ou despenalizar jogadores, mesmo nos lances vistos pelo arbitro

Ainda assim... fazer a classificacao "da verdade despostiva" vai fazer o que exactamente, alem de dar argumentos a que é, e facto, prejudicado?!
Se o Porto ou o Benfica for campeao com 3 pontos de avanco sobre o Sporting, de que adianta dizer que o Sporting seria campeao se nao fosse prejudicado em 2 dos 3 primeiros jogos? Nada... a nao ser, dar azo a mais e mais discussao esteril...

SL

Claro que só se poderia

Claro que só se poderia recorrer às imagens, desde que o jogo estivesse parado. Por exemplo: houve golo mas o árbitro marcou fora de jogo indevido, aqui o capitão da equipa lesada teria a possibilidade de pedir a visualização das imagens, e teria duas vezes por jogo para o fazer, e em caso de ter razão, voltaria a ter direito a voltar a pedir nova visualização, fazendo-se desta forma a verdadeira justiça desportiva, só que há muita gente que não lhe interessa esta situação.
Para além disso, outras alterações poderiam ser introduzidas, tendo já eu neste espaço tido a aportunidade de as tornar públicas. Se tiver paciência para as ler aqui vão:
Tudo na vida tem um tempo ou maturação, e por esta razão também as regras do futebol devem ser objecto de permanente actualização, no sentido de fazerem melhorar o espectáculo, e por via disso, trazer aos estádios a moldura humana que esta modalidade merece, e não um estado actual consubstanciado numa multidão de cadeiras vazias.
Veja-se o caso de algumas modalidades ditas de “amadoras”, como o basquetebol, râguebi, andebol e agora com pleno êxito o hóquei em patins que estava a perder adeptos. Todas estas modalidades não tiveram problemas em mudar algumas regras para melhorar a sua imagem e darem credibilidade às suas causas desportivas.
Então por que razão o futebol profissional ainda continua agarrado a conservadorismos britânicos doentios na linha do Internacional Board, que é quem tutela o futebol?
Mas vamos então a algumas sugestões concretas e de raízes essencialmente pragmáticas, para tentar mudar esta inércia anunciada de atitudes e conceitos desajustados no tempo, que passarei a enumerar e a apresentar:
1. Existência de mais árbitros de campo, garantindo assim maior controlo e visão da área de jogo. Anote-se para o facto das modalidades ditas de amadoras, já quase todas disporem de dois ou três árbitros de campo. O futebol moderno não pode ficar preso a conceitos antiquados e desajustados no tempo. Há que inovar e traçar novos rumos na senda da credibilidade desportiva.
2. Maior poder de acção e de decisão para os árbitros assistentes, atribuindo também a estes funções técnicas para decidir em conformidade com as leis de jogo, continuando a prevalecer a decisão final ao árbitro principal. Caberá a um árbitro assistente, por exemplo, controlar as entradas e saídas de jogadores, assim como, o controlo da qualidade das redes das balizas, o controlo da ostentação de artefactos de ourivesaria, de culto ou de peças de bijutaria (punição imediata com cartão amarelo sem aviso prévio para acabar com a palhaçada do constante aviso), etc.
3. Apesar de poder ser uma decisão talvez ousada de mais, proponho a alteração ao tempo de jogo. 50' de jogo efectivo, divididos em duas partes distintas de 25 minutos, contabilizando-se somente o tempo efectivo de jogo, combatendo desta forma os tempos perdidos, reais ou propositados. (Opção das modalidades ditas de amadoras!).
4. Possibilidade de trocas constantes durante o tempo de jogo de jogadores de campo, com todos os jogadores de banco, sem qualquer paragem do jogo e da total responsabilidade de um dos árbitros assistentes, contribuindo para um jogo muito mais pró-activo, verdadeiro e de igualdade de direitos para todos os participantes. (Opção das modalidades ditas de amadoras!).
5. Nova orientação na regulamentação disciplinar com a introdução de novos conceitos e interpretações para os cartões. Cartão Amarelo – para punir a 1ª falta merecedora de cartão, que pode ser por acção de um simples derrube, ou até, por acção de mão na bola ou por agarrar a camisola (deixa de haver lugar a aviso prévio!); Cartão Azul (novo) – para punir uma 2ª falta com a consequente e imediata penalização e suspensão de 5 minutos de jogo, (a controlar por um dos árbitros assistentes); e ainda um Cartão Vermelho – para punir uma 3ª falta, ou com expulsão directa e definitiva do recinto de jogo. (Opção das modalidades ditas de amadoras!). A interpretação destas regras deverão ser simples e rigorosas, e não devem conter na sua apreciação dois ou mais conceitos de interpretação. Por exemplo, os árbitros nunca devem aferir, ou decidir em função, se a falta foi cometida no início ou perto do fim do jogo, ou se foi cometida perto ou longe da área da baliza. Todas as faltas que ponham em causa a integridade física dos atletas, ou que sejam passíveis de anti-jogo (p/ exemplo agarrar a camisola do adversário), devem ser punidas com cartão azul directo no mínimo, deixando o cartão vermelho para os casos de agressão física directa, por exemplo.
6. Depois do árbitro apitar e ter decidido qual é a equipa infractora, os elementos desta, não podem tocar na bola nem colocar-se, propositadamente, para além da distância pré determinada pela lei de jogo do local da falta, assim como, na reposição da bola em jogo pela linha lateral, um jogador que simule a reposição da bola em jogo não poderá deixar de o fazer. Outra inovação importante, será a possibilidade de cada equipa poder solicitar um minuto de desconto durante todo o tempo de jogo.
7. Outra medida inovadora será a possibilidade de se poder recorrer a meios audiovisuais durante o desenrolar do jogo, com o intuito de dar ao evento desportivo um cunho mais fiel e verosímil com a justiça desportiva. Poderão ser assim melhor decididos lances duvidosos, disciplinares ou técnicos, que possam por em causa alterações profundas no resultado do jogo, mas sempre no seguimento imediato do lance em dúvida e na condição de o jogo se encontrar pontualmente suspenso.
8. Relatórios, classificação e avaliação dos delegados técnicos dos árbitros tornados públicos, contribuindo assim para a total transparência e credibilidade do fenómeno desportivo.
9. Outra medida inovadora será a introdução de um Conselho de Disciplina, constituído por antigos árbitros de futebol que se encontrem bem enquadrados com a dinâmica do futebol actual. Este órgão terá a seu cargo a missão de esmiuçar ao máximo todos os lances dos jogos da 1ª. Liga. Devem, portanto, todos os jogos serem objecto de gravação vídeo e áudio, com as condições mínimas julgadas necessárias para se poder aferir e atingir os objectivos pretendidos. Neste propósito, dar-se-á a oportunidade de se poder fazer justiça à posteriori sobre qualquer lance menos bem ajuizado pela equipa de arbitragem, retirando ou mesmo acrescentando se for o caso, punições de cartões de disciplina. Errar é humano, mas também é humano emendar o erro cometido, ou não será?
10. Outra novidade a introduzir no campo da disciplina e também de grande importância estratégia e funcional, na defesa dos pressupostos que presidem aos objectivos e aos fins a atingir, na credibilidade do futebol como fenómeno desportivo que é, é a obrigatoriedade de a Comissão de Disciplina ter que decidir sempre no mesmo espaço de tempo, não dando assim azo a insinuações de vária ordem e de vários quadrantes, que para uns casos se decide com enorme celeridade de processos, e que para outros casos homólogos, se processa com enorme lentidão na decisão final. O veredicto final não deve ter direito a recurso, devendo para isso as partes beligerantes, caso assim o entendam, poderem estar presentes no último dia da elaboração do acórdão disciplinar, para defesa dos seus constituintes. E esta situação tem muito a ver com o que estava a acontecer actualmente, pois, incompreensivelmente ou não, não tinha muita lógica haver rectificações de acções disciplinares. Que de duas uma, ou a acção disciplinar fora mal aplicada e a entidade disciplinar que ajuizou o caso foi incompetente e deve ser demitida, ou, propositadamente, e ainda mais grave, alguém estaria a agir de má-fé. Assim como não me parece lícito, de bom-tom e extemporâneo o direito à elaboração dos famosos actos sumaríssimos a meio duma época, pois põe em causa a coerência de oportunidades e a igualdade de direitos para todos os intervenientes ao longo do campeonato. Por fim, a discussão sobre a melhor solução para a nomeação dos árbitros, em termos de se saber se será melhor haver árbitros nomeados por sorteio, ou por nomeação directa é um falso problema. Qualquer destas situações estará correcta desde que estejamos na presença dos melhores árbitros, e que os mesmos sejam objecto de uma observação cuidada, credível e verdadeira. Os árbitros também têm que ser como o azeite e o algodão, quando são bons vêm logo ao de cima e o algodão não engana.

Remate Final

Depois de toda esta panóplia de pontos de vista, só me resta deixar uma palavra de incentivo para os verdadeiros protagonistas do espectáculo futebolístico, que são todos os jogadores profissionais, os seus treinadores e os seus dirigentes. Por favor, deixem-se de folclores, de palhaçadas carnavalescas e joguem futebol, ou façam jogar o futebol pela via mais assertiva, fazendo alterar a filosofia de jogo dos nossos praticantes, deixando de jogarem para não perderem, em detrimento de passarem a jogar sempre para ganharem, ao que eu denomino de - Princípio Básico da Competitividade e do Bom Espectáculo Desportivo -, condição sine qua non para convencer os amantes deste desporto a voltarem aos estádios de futebol, sem adornos, sem manhas, com fair-play, sem as constantes entradas extemporâneas dos massagistas em jogo, e sem esquecer de pôr, definitivamente, os olhos na atitude e na forma de encarar o futebol pelos jogadores ingleses, ou não fossem eles o pai do futebol mundial em termos de atitude desportiva.
Agora, depois de toda esta demonstração de princípios e de vontades, penso que já posso dizer com toda a certeza, que se pode estar por dentro ou por fora do “Sistema”. E é muito simples. Basta só escolher a linha própria de actuação no terreno. De qualquer das formas e apesar de tudo, só posso dar um forte grito acalorado e apaixonado de, apesar de tudo - Viva o Futebol.

Medidas...

Caro Ctadeu, li o texto e as medidas indicadas e concordo com a maioria... No entanto, há uma medida que me parece iria fazer enorme diferença... alteração do tempo de jogo para os referidos 50 minutos de tempo útil (também podem ser 60, digo eu, já que noutros paises muitas vezes se atinge este tempo útil de jogo)...
Não concordo com o desconto de tempo mas concordo com a não limitação para substituições, à semelhança dos desportos de "pavilhão"...

Um pouco fora do tema, talvez fosse engraçado, o senhor Rui Santos (e apenas falo neste por ser mais publicamente "conhecido") fazer um fórum para juntar, estas e outras ideias, e fazer um documento e apresentar à entidades competentes...

SL

Caro jbleo24, começo por lhe

Caro jbleo24, começo por lhe agradecer pela paciência que teve em ler as minhas medidas, claro que algumas podem ser polémicas, mas no fundo não tenho dúvidas que se houvesse coragem, melhorariam em muito a justiça no futebol, quanto à sua ideia do fórum, já em tempos fiz um convite nesse sentido e ainda estou à espera. Há coisas na vida que são difíceis de alterar e aceitar, pois, porventura, poriam muita gente fora dos círculos habituais do desporto, contudo, eu fui um dos muitos subscritores do movimento do Rui Santos para apoiar as novas tecnologias no futebol.
Cumprs.

erros??!?!

ha muito tempo de deixei de considerar favorecimentos nos jogos do clube de pinto da costa como erros de arbitragem...

Ehe

O teu clube é FC Anti-Porto. Deve dar pena ser assim.