Processos a João Ferreira e Carlos Xistra arquivados | Relvado

Processos a João Ferreira e Carlos Xistra arquivados

 

Prova de intenção dita sanções excepcionaisA CD aponta que os «erros técnicos graves» se referem a situações em que há influência directa no resultado e quando fica comprovada a intenção do árbitro em prejudicar/beneficiar uma equipa. Ora, tendo em conta a questão da intencionalidade,
«só em situações excepcionais é que um membro da equipa de arbitragem pode ser sancionado, pese embora o facto de se lhe poder apontar um conjunto de erros com potencial influência» no resultado, explica a CD. Quanto aos erros de facto cometidos pelos juízes, a estrutura lembra que não são previstos nos Regulamentos Disciplinares e que não suscitam portanto qualquer tipo de castigo. Até porque «se a CD sancionasse as equipas de arbitragem que nos jogos profissionais se "equivocam" no fora-de-jogo, facilmente deixaríamos de ter equipas que arbitrassem os jogos», salienta o Órgão a título de exemplo.Quanto à situação concreta de João Ferreira, árbitro muito criticado pelos leões depois do Sporting-Paços de Ferreira (0-1) da jornada 3 do campeonato, a CD considera que ficou provado que o juíz de Setúbal errou ao validar o golo de Ronny, marcado com o ante-braço, e que o árbitro não assinalou um penálti a favor do Sporting por falta sobre Liedson. De qualquer modo «nada emerge dos factos que permita sustentar ter a equipa de arbitragem agido culposamente (mesmo que negligentemente)», aponta a CD que também arquivou o processo disciplinar instaurado ao árbitro-assistente Serafim Nogueira em virtude do mesmo jogo.Sobre o golo de Ronny a CD realça que foi um «erro grave e que teve influência no resultado final», salientando ainda que «prejudicou clara e objectivamente a equipa do Sporting». Mas para se considerar um erro técnico grave seria preciso provar a intencionalidade do árbitro em prejudicar uma equipa e beneficiar a outra e a CD entende que as imagens televisivas mostram que João Ferreira não teve uma perspectiva adequada do lance, dada a colocação dos atletas das duas equipas em campo, e que portanto não terá visto Ronny a marcar o golo com o ante-braço. «A posição do árbitro é aquela que está recomendada pelos técnicos de arbitragem e pelas leis de jogo», diz ainda a CD.Em relação ao processo arquivado a Carlos Xistra no âmbito do Benfica-Estrela da Amadora (3-1) da jornada 7 da Liga, partida marcada pelas expulsões dos "estrelistas" Pedro Simões e Rui Duarte e do benfiquista Miccoli, a CD conclui de igual modo pela inexistência de indícios de qualquer infracção disciplinar. Embora fale numa actuação «preocupante», a estrutura sustenta contudo que os erros de Xistra acabaram por não ter influência directa no resultado. E sobre a criticada expulsão de Miccoli, que assim ficou impedido de defrontar o Porto, a CD realça que «não "corporiza" a figura de "erro técnico grave"», considerando de resto que, «em face da atitude assumida pelo jogador, o árbitro não podia deixar de o sancionar com o 2º amarelo».Foto: Agência LusaSusana Valente

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Comentários [11]

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Processos a João Ferreira e Carlos Xistra arquivad

Isto vem provar que a FALTA DE COMPETÊNCIA não é punivel em Portugal! E como diz o Major, estes arbitros em consciência não cometeram qualquer erro!

Esta é boa

como é que que se prova que foi intencional ou não a acção dum arbitro? Faz-me uma operação ao cérebro? Só era intencional se o arbitro metesse a bola dentro da baliza à má fé? Enfim... Tb acho piada demorarem quase meio ano a decidirem os castigos e as classificações. Devem ter gasto o DVD , só pode.

Off-Topic

Portugal s20 4 Eslovaquia s20 0 resultado a enviar fonte: site da FPF http://www.fpf.pt/portal/page/portal/PORTAL_FUTEBOL/SELECCOES/NOTICIA?notid=3200505

Re: Processos a João Ferreira e Carlos Xistra arquivados

As conclusãos a tirar disto são: 1. Ficou provado pela CD da liga que João Ferreira e os auxiliares erraram ao não anular o golo ao P.Ferreira e ao não marcar um penalty por falta sobre Liedson.Ou seja houve intervenção directa no resultado que resultou em prejuízo do Sporting em (previsivelmente) 3 pontos. 2. A Comissão Disciplinar (CD) entende que apenas existem «erros técnicos graves» em situações em que, para além da influência directa no resultado, fica comprovada a intenção do árbitro em prejudicar/beneficiar uma equipa. Segundo este critério da CD, nunca será possível sancionar um árbitro, uma vez q nunca será possível provar a intenção do árbitro em prejudicar uma equipa (o q implicava a prova de corrupção, e já se sabe como estes casos são analisados). 3. Não concordo com este critério, demasiado formal. O q deveria ser utilizado era apenas um critério de existência de erro grave, sem necessidade de existência de intenção de prejudicar. Como é interpretada pela CD, esta situação cria um sentimento de impunidade para os árbitros (embora os árbitros possam ser prejudicados posteriormente pelas notas dos observadores). 4. Esta decisão, aliada á notícia de que o árbitro Paulo Baptista deixou de estar "suspenso" para arbitrar, devido ao Apito Dourado, faz-me pensar que os órgãos da Liga estão a ser fortemente pressionados pela arbitragem. Já tinha ficado com esta ideia quando vi essa notícia, e ficou reforçada com a notícia de hoje. 5. Para o fim, um exemplo. Situação num país de "primeiro mundo" como o Brasil: árbitro enganou-se num jogo e expulsou um jogador errado. Consequência: suspensão por tempo indefinido. Em Portugal, um caso semelhante, embora só para amarelo, no Boavista/Sporting. Tello faz penalty, amarelo é mostrado a Polga. Consequência para o árbitro: zero (árbitro viu que havia falta, mas não viu quem a fez).

Re: Re: Processos a João Ferreira e Carlos Xistra arquivados

Relativamente ao ponto 5, o árbitro não viu a falta, quem a viu foi o árbitro assistente, que estando longe do local, provavelmente não discerniu bem sobre qual o jogador do SCP que esteve envolvido na jogada.

Re: Re: Re: Processos a João Ferreira e Carlos Xis

Certo, mas se bem me lembro não havia um aglomerado de jogadores no local para poder haver essa confusão (acho que eram os únicos jogadores que estavam dentro da área, até)

Mais valia estarem quietos.

Ferreira vê uma nota de 7,1 ser reduzida para 6,9, enquanto os 7,7 atribuídos a Xistra passam para 7,1. O que é isto?...

Re: Mais valia estarem quietos.

Pelo que o Kikas aqui já explicou, as notas dos árbitros não escalam linearmente de 0 a 10. Ou seja, um 7 pode ser mau, e um 8 já ser bom. No caso do Ferreira pode ter pouco impacto, mas no do Xistra certamente que significará várias penitências. :P

Arquivou, mas...castigou!

Então a diminuição da "nota" atribuída pelos observadores é o quê?

Re: Arquivou, mas...castigou!

A nota é uma avaliação de desempenho. A suspensão por determinado número de jogos seria uma sanção/castigo.

Re: Re: Arquivou, mas...castigou!

Mas a "revisão em baixa" do desempenho não é, num outro ponto de vista, um "castigo"? Aceito perfeitamente que, em rigor, não temos que estar a misturar desempenho e punição -que foi o que eu fiz. Contudo, penso que em sentido comum (nas empresas, por exemplo) a avaliação do desempenho de cada funcionário é tido (pelas repercussões que poderá trazer a nível de carreira) como um "prémio", ou um "castigo" para o trabalho produzido. (Mas, é claro -e repito-o- isto não invalida a justeza do esclarecimento que me prestou -e que agradeço) Cumps.