Porque tardam a aparecer mulheres de apito?

As mulheres arbitras o sao boas raparigas e são umas ganda coxas a arbitrar. se eu foçe rapariga nao perferia jogar do que arbitrar. Tenho muito pena delas. :)

Cara Flavia,

Tive o prazer de tb assistir à partida em causa, tendo realmente estranhado o facto de todo o trio de arbitragem - não sei se o quarto árbitro tb era uma senhora - recordo-me bem dos vários lances em que interviram, mas tb reconheço que não assisti a toda a partida pois fazia um zapp para o jogo em França da Taça das Confederações.
Aliás o primeiro lance que me fez olhar coim olhos de ver a partida foi a marcação de uma falta atacante de um avançado do São Paulo sobre um defesa do Guarani, por agarrão na camisola...de início pensei, a falta era ao contrário, mas a repetição desmentiu-me dando razão à juiz da partida. Já nos outros lances dou o benificio da dúvida à chefe da equipa, apesar de após duas ou três repetições, achar que nos lances polémicos - golo dos paulistas e golos anulados so Guarani - as auxiliares terem errado...se calhar não teria esta seriedade para efectuar tal julgamento se estivesse em causa o meu Boavista ou a Seleção de Portugal, apesar de me considerar um tipo justo e que a sua televisão não dá apenas aos quadradinhos.
Quanto ao facto de não se ter visto tanta contestação deve-se ao facto de actualmente no Brasil ter sido implantado um Tribunal na CBF que julga tudo o que rodeia o futebol. Como exemplo cito o caso que actualmente está muito na berra de um árbitro que após terminar a partida insultou e injuriou atletas, o tal tribunal mediante o uso da imagens televisivas decidiu suspender preventivamente o árbitro até saír o mais que provavel castigo.

Toda a gente sabe que os árbitros são os únicos protagonistas do espectáculo qunão têm claques nem fãs; são inimigos de todos porque ao ajuizarem interrompem o jogo, desarmam um mundo.
A televisão faz o papel implacável de censurar o trabalho das equipas de arbitragem sobre as quais tem as seguintes vantagens: a do tempo; a da repetição - de variadas câmaras e ângulos - e a da câmara lenta.

colocando as coisas noutros termos: tenho 26 anos, e gosto muito de futebol. Gostava de fazer parte do jogo, mas ja nao ha hipotese de ser jogador. Que passos hei de dar se quiser tornar-me arbitro profissional? onde e que se aprende, o que é necessário?

A arbitragem atravessa neste momento algumas dificuldades de recrutamento.

Obviamente que por questões culturais, dificilmente aparecem elementos do sexo feminino na arbitragem de futebol.

Comparativamente com outros desportos, deve de haver até uma proporcionalidade muito desiquilibrada em termos de números.

Pode ser que com a recente expansão quer do Futsal, quer do Futebol de 11, a nível feminino, haja um interesse crescente das mulheres pelo futebol em geral que acabe por se traduzir numa participação mais activa e mais constante, quer na arbitragem, quer noutros sectores da vida futebolistica.

Nos casos específicos que conheço, há que reconhecer um detalhe.
Normalmente a capacidade física das mulheres é notoriamente mais fraca que a dos homens. O que faz com que existam algumas dificuldades para aceder à alta competição.
Esse não é no entanto um factor determinante em escalões mais baixos, onde os níveis de exigência são menores.

Só com mais quantidade, poderá existir maior amplitude de escolha e mais hipóteses de aparecer qualidade.

Num país como Portugal, será dificil ver-se uma mulher apitar um jogo nos seus campeonatos, sejam eles a SuperLiga, a II ou a II B; não por a sua qualidade ser inferior ou superior à de um homem, mas sim porquê ainda hoje em Portugal se ouve afirmar que o futebol é um desporto só para homens, afirmação esta que me enche de... raiva, talvez!!
Sou leitura assídua da revista Superfoot e na edição nº12 (Junho 2003), vem uma reportagem/entrevista com uma arbitra de futebol, de seu nome Marlene Vieira, com 25 anos de idade e 6 de carreira, e que arbitra no campeonato regional de Braga. É uam reportagem muito interessante, e vou passar a focar alguns aspectos:

"As mulheres (jogadoras) sentem-se com mais liberdade para falar. Os homens não se sentem tão à vontade para reclamar como estariam se fosse um arbitro"

"Ainda não ouvi nenhum jogador insultar-me... mas os espectadores dizem muitas coisas..."

Marlene diz também que o facto de um arbitro errar não se deve ao facto de "ser homem ou mulher" e sim ao facto de "se ser boa ou má árbitra".
A árbitra diz também que não acredita que uma mulher aribtre jogos da Superliga "num futuro próximo" mas talvez "daqui a dez anos..."

Fugi um pouco ao tema, mas quis retratar um pouco da arbitragem feminina em Portugal.

Saudações
Coolpipa