Não é só Setúbal que sofre com salários em atraso

Os jogadores do Vitória de Setúbal negam o boicote ao treino matinal desta quinta-feira, afiançando que não recusaram trabalhar e que ao invés se limitaram a esperar pelo presidente Jorge Santana nos balneários. Os salários em atraso voltam a abalar o clube, à medida da época passada, e o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) fala numa situação «dramática». Em declarações citadas pelo Maisfutebol Joaquim Evangelista diz contudo que não está surpreendido com o caso, alertando que «na Liga já há clubes que vão atingir três meses de salários em atraso».


Evangelista salienta que os atletas dos vários emblemas afectados pelo problema «estão a tentar resolver a situação pela via do diálogo», realçando que na «generalidade» os atletas «fazem sempre um esforço» e que «não rescindem ao primeiro salário em atraso».
Em Setúbal os futebolistas despertaram para o problema depois dos últimos desenvolvimentos no sector do andebol do clube, onde os salários em atraso oscilam entre os 5 e os 11 meses. Na modalidade amadora o caso é assim bem mais grave e Jorge Santana, o presidente sadino, terá afiançado aos andebolistas que não tem soluções para efectuar os pagamentos em falta. Perante isto, os futebolistas quiseram falar com o dirigente que lhes terá exposto alguns dos esclarecimentos que vai fazer na sexta-feira aos associados do Setúbal em sessão agendada para as 21 horas no Fórum Luísa Todi.