Jornadas com cinco dias

Quatro dedos levantados na direcção dos quatro defesas da sua equipa. Eis o gesto de Jorge Jesus que foi interpretado com maior ou menor bondade, a que se seguiu uma explicação que foi interpretada na mesma medida. Um gesto que deu azo a que o moralismo bacoco, parolo e pequeno ressurgisse das entranhas de um povinho que teme as labaredas do inferno enquanto se benze ao saltar as fogueiras do São João. Alguns dos adeptos portistas que, em nome do desporto e dos seus valores, ignoram o gesto de um dirigente desportivo receber árbitros nas antevésperas dos jogos para efeitos de aconselhamento familiar fornecido em providencial envelope são os mesmos que rasgam vestes pelo gesto de quatro dedos levantados por Jorge Jesus. Alguns dos adeptos sportinguistas que, ao verem um presidente “diferente” de um clube “diferente” apresentar futebolistas saltitando enquanto entoa o cântico “quem não salta é lampião”, interpretam o gesto como uma interessante estratégia de agregação das bases são os mesmos que agora se insurgem contra o gesto dos quatro dedos de Jorge Jesus. Alguns dos responsáveis pelo futebol português que ignoram olimpicamente a vergonha que é o facto de a Federação Portuguesa de Futebol ainda não ter adequado os seus estatutos ao novo Regime Jurídico são os mesmos que, em surdina, se preparam para dar uma lição de moral ao futebol. A lição surgirá, exemplar e implacável, suportada no gesto dos quatro dedos. Alguns dos jornalistas que são agredidos, ameaçados, coagidos e pressionados a nada divulgar sobre, por exemplo, as malas de dinheiro que desde o início do campeonato têm sido prometidas a todos (todos!) os adversários do Benfica para que nos consigam tirar pelo menos dois pontitos são os mesmos que, imediatamente, levantaram a pena contra o crime de lesa futebol que foi o gesto dos quatro dedos. Alguns dos benfiquistas embarcaram (certamente devido a valores tão ou mais nobres do que os supracitados) no mesmo discurso. Um houve, num programa televisivo, que chegou a anuir num possível castigo para Jorge Jesus. São todos perfeitos. Como escreveu o heterónimo Álvaro de Campos, no “Poema em Linha Recta”, são «todos eles príncipes - na vida». Eu, tal como Álvaro de Campos, «estou farto de semideuses!» Fiquem lá com a sua impoluta moral e bons costumes, batam no peito e ufanem-se, puxem dos galões da cartilha das aparências e vão para o raio que os parta! http://tertuliabenfiquista.blogs.sapo.pt/

como muitos pintam e confirma-se: http://www.record.pt/noticia.aspx?id=b66365e8-5fb0-4ad3-922f-bb73e6829e3d&idCanal=00000006-0000-0000-0000-000000000006 O avançado brasileiro do FC Porto, Hulk, é o jogador com maior número de perdas de bola nas 8 jornadas da Liga portuguesa, com uma média de quase o dobro do segundo jogador mais desapossado, o compatriota Cristiano, do Paços de Ferreira. A vontade que Hulk demonstra em resolver sozinho alguns jogos do clube portista levou a 38 perdas de bola em seis jogos, pois o brasileiro falhou dois encontros devido a suspensão, o que representa a média de 6,33 por partida e contribui para a 2.ª posição do FC Porto no ranking das equipas, liderado pelo Sp. Braga. O selecionador brasileiro, Dunga, terá olhado para outras estatísticas quando convocou na terça-feira o avançado para o escrete pela primeira vez, pois Hulk deixa bem distante o 2.º posicionado na indesejável classificação. Cristiano foi desapossado 29 vezes, mas cumpriu a totalidade dos jogos, o que perfaz a média de 3,63, ficando à frente de três jogadores do Sp. Braga: Paulo César e Mossoró, ambos com 24 (3,00), e Alan, com 23 (2,88). O desempenho dos dois avançados e do médio ajuda a explicar a primeira posição dos minhotos no ranking dos clubes, com 136 perdas de bolas, à média de 17,00 por jogo, mais duas do que o FC Porto (16,75). O Benfica, que reparte com o Sp. Braga a liderança do campeonato, não apresenta nenhum jogador entre os 20 primeiros, surgindo na 9.ª posição das equipas, com 81 perdas de bola (média de 10,13). Mais perdas de bola: 1.º Hulk (FC Porto) 38 perdas/6 jogos/6,33 de média 2.º Cristiano (P. Ferreira) 29/8/3,63 3.º Paulo César (Sp. Braga) 24/8/3,00 4.º Mossoró (Sp. Braga) 24/8/3,00 5.º Alan (Sp. Braga) 23/8/2,88 6.º Bruno Gama (Rui Ave) 19/8/2,38 7.º Ruben Micael (Nacional) 18/8/2,25 8.º Meyong (Sp. Braga) 18/8/2,25 9.º Liedson (Sporting) 18/8/2,25 10.º Varela (FC Porto) 16/5/3,20 Mais perdas de bola (equipas): 1.º Sp. Braga 136/8/17,00 2.º FC Porto 134/8/16,75 3.º Nacional 117/8/14,63 4.º Sporting 104/8/13,00 5.º Belenenses 90/8/11,25 6.º P. Ferreira 85/8/10,63 7.º V. Setúbal 85/8/10,63 8.º V. Guimarães 83/8/10,38 9.º Benfica 81/8/10,13 10.º Leixões 75/8/9,75 11.º Olhanense 75/8/9,38 12.º Rio Ave 75/8/9,38 13.º Marítimo 75/8/9,38 14.º Naval 71/8/8,88 15.º Académica 64/8/8,00 16.º U. Leiria 44/8/5,50

ou a hora do almoço como na inglaterra haverá sempre jornadas com,4,5 dias

I Liga são dezasseis, portanto dá oito jornadas por semana, como muita gente diz (a semana é de oito dias), devia ser um jogo por cada oito dias da semana...???!!! Nem mais, nem menos. Jadscl

e devia ser imposta uma regra em que os clubes seriam obrigados a jogar Sexta, sábado e Domingos aos domingos nunca depois das 20:00 (e já estou a ser simpático) é uma falta de respeito pelos adeptos da modalidade obrigarem nos a ir as 21:30 da noite de uma Segunda-Feira ver um jogo de futebol.... Tudo isto para as televisões terem o seu lucro..