Imprensa: mal ou vítima?

pois,

como temos dois jornais desportivos (para mim o record é jornal de novelas tipo "24h", e so tem de desporto a liga record)...é bastante facil em escolher "o Jogo"...porque acho que é o mais isento...

quando vejo a manchete da "bola" toda vermelha a dizer que o "nuno gomes marcou tres no treino" e quando nem se vé na primeira pagina o resulatdo do porto que jogou na vespera...ha que que ficar desgostoso nao?

mesmo na transferencias, "o jogo " aparece mais vezes como aquele que viu certo

forca

...será sempre o reflexo dos seus leitores, mais ou menos distorcido, mas sempre um reflexo dos seus leitores.

Saudações

... a todos que leiam de tudo um pouco.

Eu sou adepto a diversidade, de ler, ouvir, ver tudo de tudo um pouco, penso que e de todas a melhro opçao.

Abraço

Por mais que se queira dignificar a imprensa, neste momento apenas conta uma coisa: o lucro!!

Quem gere um jornal tem que fazer com que ele renda, ou seja, tem que vender!!

Agora, é neste campo que se mostra a qualidade e a fibra de um editor: como vender mais jornais!!

Então entramos naquilo que bem conhecemos no nosso País: uma imprensa sensacionalista, onde as noticias se assemelham a um fogo de palha, são grandes mas duram pouco; ou então o tipo mais sério, que também leva muito mais tempo a se impor, não tem picos de grandes lucros, mas sabemos que o que trata tem rigor!!

Por fim entramos nós: o que nós queremos? Grandes cabeçalhos, escândalos e noticias "cor-de-rosa", ou seriedade, rigor e verdade??

Se calhar nós é que somos os culpados da imprensa que temos...

Saudações

Sinceramente, estes artigos da parcialidade ou não dos jornais já cansa ... É um assunto extremamente batido, que acho que não tem fundamento, pois acredito que os nosso jornais desportivos são independentes e imparciais...
Além disso, a conclusão que se chega nestes artigos é que os jornais levam o Benfica ao colo (nem sei como isso é possível, mas prontos...), que juntos formam um complôt que visa enxovalhar o Sporting e o sr. Boloni, e que só dão notícias do Benfica, se bem que neste ultimo aspecto até ache que neste momento o Benfica tem direito a muito mais manchetes do que merece, isto, claro, face ao que o FCPorto tem feito nos campos nacionais e internacionais, elevando o nome do futebol português...
Mas isso é compreensível porque o Benfica vende mais, e até porque a própria cor vermelha chama e bastante mais atractiva do que o verde ou o azul... Mas não quero debater mais isto.
Quanto ao jornal preferido é A Bola, pelo grafismo, a forma como os conteúdos estão organizados, pelos artigos de opinião (nomeadamente os do Miguel Sousa Tavares), se bem que o Record também tenha excelentes colunistas,e sobretudo pelas caricaturas do Ricardo Galvão, que são simplesmente hilariantes !

É difícil argumentar uma tal questão em abstracto. Porque a imprensa, como tantas outras actividades, não pode desligar-se totalmente daqueles que a protagonizam : escrevendo e lendo. É claro que, se verificamos que a mudança de direcção de um jornal arrasta a alguma diferenciação na linha de redacção, teremos de aceitar que os que escrevem não são exclusivamente vítimas das circunstâncias que rodeiam os jogos e os clubes - mais os bastidores, porque até os casos dos jogos se constituem em matéria de discussão e análise própria de temas que estão fora do palco. A imprensa deveria ser como outrora: escrever sem saber os pormenores observados na TV; estaria mais apta a reconhecer que há erros e erros de arbitragem. E também deveria esquecer ou assumir o clubismo, não confundindo notícia com artigo de opinião. Basta lermos, a propósito de um episódio ou da classificação de jogadores as diferenças de opinião entre os jornalistas para reconhecermos que a subjectividade é, por vezes, demasiada. Mas ao que a imprensa não pode fugir, creio, é a um certo sensionalismo que conduz às vendas... Então, torna-se vítima porque, se alimenta o leitor, é porque é alimentada por tristes protagonismos e pelos próprios leitores. É-me difícil esquecer um episódio que me ficou gravado a propósito de uma frase um jornalista. Conhecia-o e gostava bastante do que escrevia, considerando-o de classe e de uma verdadeira isenção, sabendo embora qual o seu clube. Foi, durante uns tempos elemento activo pelo seu clube num painel de TV. Quando um dia disse «ipsis verbis» da sua felicidade no ano em que o Benfica fora eliminado da taça dos campeões europeus pelo Manchester, verifiquei que, afinal, tinha era um escrevinhador com pés de barro e não um jornalista. Mau pensar assim... O país ganha no seu todo; mas dizê-lo...
A questão há-de manter-se sem garantirmos com uma certeza se, realmente, o mal está na imprensa ou a imprensa é vítima do mal do antidesportivismo e do economicismo que tudo cobre e tudo apodrece. De qualquer forma, alguns jornalistas que se dedicam a escrever ou comentar sobre o desporto-rei deveriam ter mais senso profissional e ser cuidadosos nas suas afirmações. Façam perguntas incómodas, procurem investigar, tudo bem; isso é jornalismo. Quem não quiser ser devassado é que tem de se precaver. Mas lançar o boato, já me parce pouco sério.

Comecei a ler a bola, visto ser o jornal que o meu pai comprava, e hoje não compro nenhum, visto não me rever em nenhuma linha editorial.
Mas a bola à 25 anos atrás era e julgo que não existe até hoje nenhum jornal que fosse tão bem escrito como a bola.
Tinha Jornalistas espectaculares que sabiam bem escrever, ao contrário de hoje que qualquer um é jornalista.
E tenho saudades do tamanho do jornal.

O meu jornal de eleição é sem dúvida "A Bola". Ao contrário do que muita gente diz, é o melhor jornal desportivo do país. Isto, claro, na minha opinião.