Hermínio Loureiro quer discutir regulamentos da Liga

Hermínio Loureiro recusa-se a tecer comentários sobre o processo sumaríssimo aplicado a Derlei ou sobre a suspensão de dois jogos de Ricardo Quaresma, mas o presidente da Liga Portuguesa de Futebol (LPFP) nota que os clubes têm «direito de reclamar». E numa altura em que os regulamentos surgem na berlinda, com a Comissão Disciplinar a proteger as suas decisões nas normas aprovadas pelos clubes, o líder da LPFP constata que no início da próxima época pretende «discutir todas as questões relativas aos aspectos regulamentares». Até lá, Hermínio Loureiro nota que o importante é que a justiça desportiva seja célere na análise dos vários casos.



O presidente da Liga suporta-se no estatuto de «total independência e autonomia» dos Órgãos da entidade que dirige para não tecer quaisquer considerações sobre as decisões recentes da CD. Hermínio Loureiro lembra ainda que «há regulamentos que gerem as competições», embora sustente que «os clubes estão no seu direito de apresentarem os recursos e as reclamações que acharem necessárias». Para o dirigente é evidente que o mais importante é que «os Órgãos funcionem e com celeridade» na resolução das questões disciplinares e que «as regras sejam claras, transparentes, objectivas e o mais consensuais possíveis». E neste sentido Hermínio Loureiro revela a intenção de «discutir com tranquilidade e normalidade todas as questões relativas aos aspectos regulamentares» no início da próxima temporada.
As declarações do presidente da LPFP surgem no âmbito da entrega de um cheque de 15 mil euros ao Instituto Português de Oncologia (IPO). Aquela verba foi fruto de uma colaboração da LPFP com a empresa farmacêutica Roche que se comprometeu a pagar 500 euros por cada golo marcado na jornada 17 da Primeira Liga. Um total de 13 golos, dos quais quatro foram de Carlos Bueno, rendeu 6500 euros, tendo sido doado mais um euro ao IPO por cada visita ao sítio oficial da Liga na Internet que contabilizou 8500 consultas. Hermínio Loureiro nota que há mais iniciativas deste tipo em marcha com o presidente da LPFP a justificar que «o futebol deve contribuir para uma sociedade mais inclusiva e mais solidária».

Foto: Agência Lusa