Estatuto de Igualdade dos brasileiros |
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24 de Julho de 2003, às 13:29 |
Dracul continua referindo o seguinte:
"poucos foram os jogadores Brasileiros que nos últimos dez anos chegaram a
Portugal oriundos de clubes sem expressão do Brasil (ou seja, jogadores sem fama
ou nome) e revelaram-se grandes jogadores! Os casos do Deco, Emérson,
Edmilson, Marco Aurélio, Isaías, Artur são excepções e não a regra.
Para além do mais, todos sabemos que o mercado brasileiro é hiper
inflacionado,
onde os empresários, agentes e intermediários, abundam, e onde os clubes
portugueses têm uma enorme concorrência de outros clubes europeus (ou não fosse
o Brasil pentacampeão mundial).
Se isto não bastasse, a forma como os dirigentes/técnicos adquirem jogadores
é, no mínimo, tenebrosa! Ou ainda compram por cassete (onde só aparece o
«best-of»), ou por empresário (e
ainda está para nascer o empresário que diga que um jogador por si representado
é mau jogador!); ou por uns «joguitos» que vão lá ver nas férias de Verão!
Ainda por cima, continua a ser mais agradável para os ouvidos dos sócios ouvir
que o clube contratou um «craque» brasileiro (mesmo que seja um desconhecido de
qualidade duvidosa), do que se promoveu um júnior.
Simultaneamente, os dirigentes provam assim que fizeram de tudo para que o
clube cumpra os seus objectivos e não tomaram opções «arriscadas», como apostar
num jogador que no ano passado jogava nos juniores ou que jogava nas divisões
inferiores!
Isto leva a que em Portugal haja clubes com mais brasileiros de qualidade
duvidosa do que jovens portugueses no seu plantel (como é o caso do Nacional
da Madeira), levando ao
baixar da qualidade do futebol praticado em Portugal e ao descapitalizar dos
clubes. Basta só ver o que o Santa Clara gastou com o Leandro quando podiam
inteligentemente ter apostado a «tempo inteiro» no Fonseca e, quem sabe, hoje
ainda estariam na SuperLiga!
A conceder este estatuto de igualdade a algum país seria muito mais vantajoso
concede-lo aos países africanos de Língua oficial portuguesa e a Timor-Leste, já
que duvido muito que assistiríamos a uma igual avalanche de jogadores
estrangeiros. É que para além de ser um mercado substancialmente menor que o
brasileiro (o Brasil tem cerca de 250 milhões de habitantes e Angola, que é o
país africano de Língua oficial portuguesa mais populoso, tem cerca de 30
milhões), este encontra-se muito menos desenvolvido. Entre outras vantagens,
nomeio:
- esses mercados são «virgens» e não inflacionados, ou seja, os
clubes portugueses não teriam que batalhar pelos bons jogadores (aliás é o que
os clubes franceses fazem com as suas ex-colónias);
- há uma tradição histórica que liga o futebol português com o futebol
desses países! Desde grandes jogadores que passearam classe por cá no
passado como Eusébio, Matateu ou Arcanjo, etc, a clubes que são
«cópias» fiéis dos
clubes portugueses: Sport Benfica e Luanda; Sporting Clube de Bissau; Futebol
Clube de Cabinda!
- como o nosso País acolhe desde longa data grandes comunidades
africanas, seria muito mais fácil integrar esses jovens que nascem cá ou vêm
dos seus países de origem nas camadas jovens dos nossos clubes. É que hoje
em dia
esses jogadores contam como estrangeiros e, devido às limitações que há nesse
capítulo, não lhes são concedidos oportunidades para trabalharem e desenvolverem
os seus talentos. Mais uma vez evoco o exemplo francês que muito se
desenvolveu devido a este ponto!"
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K lindo a utopia
Enviado por dubrito a 25 de Julho de 2003, às 10:39.Será que voçê por acaso sabe quanto pede um jogador português para vir jogar para o Nacional??? pedem autênticos balurdios, para depois não correrem e estarem-se marimbando.
Quando fala em qualidade duvidosa, pergunto-me, que jogadores como o Rossato, Adriano, Paulo Assunção, Goulart, etc,etc,etc serão os tais que se refere??? Aparecer um ou outro menos bom, tudo bem, prefiro pagar 5 vezes menos a esse do que a 1 português para fazer o mesmo.
Preparem-se que ainda vos vai custar mais a engolir o projecto Nacional da Madeira. Não fazemos contratações fáceis, de jogadores com algum nome que custam rios de dinheiro e não terão o mesmo empenho que outros que se querem dar a conhecer. Aqui existe um trabalho de prospeção meritório e reconhecido.
Super clubite aguda.
No meu ver
Enviado por polo a 24 de Julho de 2003, às 17:05.Aposta nos jovens
Enviado por o7irg a 24 de Julho de 2003, às 15:28.Power para os nossos "miudos"!!
Tenho dito
Cumps
a crise serviu...
Enviado por Robin5 a 24 de Julho de 2003, às 14:06.quanto a abrir o caso especial de q falas aos paises africanos...tu proprio apresentas o contra disso...o barramento dos jogadores jovens portugueses...penso q portugal no futebol produz muito e bem por isso nao sei se seria necessario essa abertura..
p.s. devias ter mandado este artigo para cronica!!!