A culpa também é dos adeptos?

Caro Nelson: Já agora envio (abaixo) o texto completo dado que aquilo que aparece no site é muito pobrezinho.
Quanto à recorrência do tema, devo dizer que quando algo continua por resolver (quiça a piorar), reactivá-lo nunca é demais.

Após mais uma jornada do campeonato, creio que vale a pena re(pegar) na qualidade dos jogos, utilizando como referencial supremo os “direitos do consumidor”. Tendo eu assistido “in loco” ao jogo Porto-Belenenses, já nem me passou pela cabeça tentar assistir ao Porto-Boavista, apesar da proximidade do estádio. Isto porque à primeira quem quer cai mas à segunda só cai quem quer. Juízo certeiro! O espectáculo de violência gratuita e arbitrária da responsabilidade fundamental dos jogadores do Boavista e de quem os instrui para que abatessem tudo o que mexesse, constituíram uma fraude vergonhosa para todos os que, estoicamente, se deslocaram ao estádio, supondo que iriam assistir a um jogo de futebol. Não se pode pactuar com o intuito deliberado de destruição por parte de pessoas cujo comportamento face aos salários aberrantes que auferem, as deveria obrigar a comportamentos pouco menos que perfeitos (senão do ponto de vista técnico, pelo menos do empenhamento em satisfazer os pobres pagantes). A agressividade foi de tal ordem que parecia que os jogadores tinham ingerido uma dose extraordinária de uma substância saturada em testosterona! Um verdaeiro manicómio em auto-gestão. No fim, de quem é culpa? Do árbitro, claro, magnífico bode expiatório de todas as desgraças da humanidade. Diga-se por fim, que os adeptos têm também muitas culpas no cartório, porque em vez de reclamarem pelo seu direito ao espectáculo, só sabem falar sobre penaltis e foras-de-jogo e são capazes de erigir em heróis (haja Deus), sujeitos inqualificáveis como (para repartir com equidade) o Paulinho Santos, o João Pinto ou o Sá Pinto. Estamos esclarecidos?

caro Nelson

o exemplo que deste-o dos sindicatos dos professores-não será muito feliz... certamente, não desconheces a profusão de sindicatos e sindicatozitos que representam(?) a classe docente; o(s) governo(s), como sempre, dividem para reinar; logo, facilitam destacamentos a sindicalistas de trazer por casa... estes, com a vidinha resolvida, assinam de cruz: uma palhaçada, diria...

adiante: acho, em tese, a tua ideia da greve genial e utópica. realmente, os miseráveis dirigentes do futebol português mereceriam tal tomada de posição, ainda que radical! utópica, porque impossível de se concretizar...

mas, caro Nelson, não perdemos nada em discutir estes assuntos: se esses dirigentes lerem este fórum, verão, no mínimo, que há pessoas interessadas por estes assuntos, ainda que claramente apaixonadas pelos seus clubes, tentando manter uma racionalidade palpável...

cumprimentos leoninos...

Caro Polo: o texto que aparece neste site é apenas uma pequena parte do original, não traduzindo o esencial da mensagem que eu queria transmitir. Aqui vai o resto:
Após mais uma jornada do campeonato, creio que vale a pena re(pegar) na qualidade dos jogos, utilizando como referencial supremo os “direitos do consumidor”. Tendo eu assistido “in loco” ao jogo Porto-Belenenses, já nem me passou pela cabeça tentar assistir ao Porto-Boavista, apesar da proximidade do estádio. Isto porque à primeira quem quer cai mas à segunda só cai quem quer. Juízo certeiro! O espectáculo de violência gratuita e arbitrária da responsabilidade fundamental dos jogadores do Boavista e de quem os instrui para que abatessem tudo o que mexesse, constituíram uma fraude vergonhosa para todos os que, estoicamente, se deslocaram ao estádio, supondo que iriam assistir a um jogo de futebol. Não se pode pactuar com o intuito deliberado de destruição por parte de pessoas cujo comportamento face aos salários aberrantes que auferem, as deveria obrigar a comportamentos pouco menos que perfeitos (senão do ponto de vista técnico, pelo menos do empenhamento em satisfazer os pobres pagantes). A agressividade foi de tal ordem que parecia que os jogadores tinham ingerido uma dose extraordinária de uma substância saturada em testosterona! Um verdaeiro manicómio em auto-gestão. No fim, de quem é culpa? Do árbitro, claro, magnífico bode expiatório de todas as desgraças da humanidade. Diga-se por fim, que os adeptos têm também muitas culpas no cartório, porque em vez de reclamarem pelo seu direito ao espectáculo, só sabem falar sobre penaltis e foras-de-jogo e são capazes de erigir em heróis (haja Deus), sujeitos inqualificáveis como (para repartir com equidade) o Paulinho Santos, o João Pinto ou o Sá Pinto. Estamos esclarecidos?