Crónica: Mais uma vez missão por cumprir...

Se Hermínio e os outros elementos da Liga nem sequer estava conotado com nenhum clube, se Vítor Pereira era considerado o supra-sumo da arbitragem, e mesmo assim deu as polémica que deu, dificlmente alguém fará melhor. Quem quer que venha será sempre objecto de ataques. E se estiver conotado com um clube pior... Quanto a esta frase "São palavras fortes as do próprio em que considera « ter implicações que ultrapassam a justiça desportiva ». No meu entender fica mais uma vez por dizer muita coisa e, lendo nas entrelinhas, fica a ideia que quis dizer algo mas que lhe faltou a coragem para o fazer", Segundo se apurou do próprio Hermínio, foram razões políticas, e por isso demitiu-se, em revolta contra a decisão do CD da Federação. É estranho, mas paece que é mesmo assim. As directas do PSD falaram mais alto? Ah, e acho que ele devia ter suspendido o cargo ao tornar-se presidente da câmara de Oliveira de Azemeis. Questões de compatibilidade assim o exigiam.

Ele já estava em fim de mandato e mais mês menos mês era igual ao litro. E para quem tem obrigações partidárias e com um congresso em vista, nada melhor do que se dedicar de corpo e alma à carreira politica dele. E sinceramente não me pareceu que tenha sido um excelente presidente da Liga, já que não resolveu nada do que tinha sido prometido. Não conseguiu evitar que os do costume se mantivessem na Liga, tendo aliás mantido o Loureiro na mesa da Liga e assim perpetrado o verdadeiro veneno no futebol português. E não me pareceu que tenha dado o seu melhor enquanto assistente no apito dourado! Não apoiou o Sporting como principal visado nas escutas e apenas manteve a mesma bipolaridade ou dar ar de competente sempre que as coisas corriam bem ou lavar as mãos que nem Pilatos sempre lhe corriam mal. Não deixará saudades e talvez só o padrinho Madaíl sentirá a falta do seu ombro amigo. É o que os filhos da puta costumam de chamar de lealdade! Saudações Leoninas

...era por demais conhecido. Em função dos recentes acontecimentos, a sua demissão é uma decisão acertada. Resta saber se também se assume como um murro numa mesa ou um berro amordaçado. A julgar pela personalidade que o dito demonstrou ao longo do seu mandato, acho que poderá ser um misto das duas. Para todos os efeitos, o gajo esteve para o futebol como o Guterres para a política: repletos de boas intenções, essencialmente uma postura de honestidade...mas faltou-lhes aquela ponta de "filha da putice" e as costas suficientemente largas para encabeçar verdadeiros movimentos de renovação e progresso. Com a sua saída, é quase automático pressupor que Fernando Gomes irá ascender ao seu cargo. Não tenho tendência para futurologia, pelo que dou o benefício da dúvida, até porque sempre o vi como uma figura séria e e presumivelmente coerente. Contudo, há que tentar, por todos os meios possíveis, dotar a Liga de pessoas isentas e profissionais, que se esforcem por regulamentar o patético futebol português de sólidas armaduras jurídicas, de regulamentos sérios e que se consigam afastar os clubes em termos de pressões internas. Há que constituir equipas isentas e profissionais, pessoas formadas e com provas dadas nas várias áreas necessárias ao funcionamento da Liga. Haja lugar a nomeação sem qualquer tipo de influência clubística e que, acima de tudo, este organismo seja liderado por uma figura de autoridade a tempo inteiro. Conseguir a sinergia com o Conselho de Justiça, a Comissão Disciplinar e o Conselho de Arbitragem também poderá ser uma boa solução, pois a autonomização de todos estes orgãos acaba por semear novas culturas de influências. Ou seja, caso não se influencie um dado sector, trata-se de bombardear internamente outro e depois lá se vão entretendo com contradições várias à mesma treta, consoante a necessidade do "bombista". Creio que durante a vigência de Hermínio Loureiro foram dados alguns passos na direcção certa. Contrariamente à noção generalizada, os processos disciplinares receberam uma nota de celeridade bastante acentuada. A abertura da Comissão e da Liga para receber informações vindouras de outras figuras que não as meramente desportivas também me parece positivo...e apesar de ainda não estar completamente implementada, a política do doa a quem doer já se fez sentir. É por aí...mas exige-se uma maior assertividade e isenção na aproximação aos regulamentos e, na grande maioria dos casos, na sua reformulação. A ver vamos, sr. Fernando Gomes. Depois desta novela e da "vergonha" em que tentará transformar este campeonato, a atenção estará redobrada...e depois vou gostar de ver os paladinos da verdade "a pedido" a abrirem a boca, caso a "vergonha" beneficie esses mesmos paladinos. Saudações.

Mas isso tudo que o caro relva descreve não existe em nenhum dos candidatos que emergem do velho modo de estar. Cheers!