A Comunicação Social e os Clubes

É uma das maiores armas no mundo futebolístico

que são autênticos apoiantes de cluvbes e que por isso rebaixam os seus adversários.

Vimos a comunicação social estrangeira constantemente a rebaixar os tugas.

Na sua ganacia imparavel de somar mais. A CS tem papel mais do q o éticamente desejavel e menos do que o comercialmente previsivel. Não houvesse jogadores, jogos na televisão, camisolas e merchandising a vender, se fosse mesmo só bola e idas ao estádio, não teria tanta importancia a comunicação social nem nós comprariamos o jornal todos os dias ou assinavamos a Sport Tv. Ou não era assim q era o futebol há 30 anos?

Sem dúvida que é muito importante. Muito do sucesso de uma equipa se joga no delinear de uma estratégia de comunicação. E não é só ao treinador a quem essa tarefa é incumbida. Deverá haver, sempre, uma linha condutora na forma de comunicar ou na forma de transmitir “recados”, um corte transversal de ideias, iniciado na direcção e passando pelo treinador e até pelos próprios jogadores. Temos tido vários exemplos que podem servir, facilmente, como prova desta realidade. Peguemos no FCP de Pinto da Costa e de Pedroto. Foram, muito provavelmente, os precursores desta tese em Portugal. Concertaram um discurso estudado, duro, de ideias fixas, moralizador e aglutinador de vontades e de esforços. Com eles se virou uma página do nosso desporto. A identificação clara de um inimigo, a ideia de que alguém é protegido e que o FCP é esquecido, ou mesmo perseguido pelo poder central, a união contra tudo e contra todos – esta conjugação de pressupostos e de factores teve um papel decisivo no crescimento que este clube teve desde então. Tudo mudou a partir dessa altura. As vitórias sucedem-se e a dimensão do FCP não para de crescer, tornando-se naquilo que é hoje: um clube mundialmente reconhecido. Para tal muito contribuiu a forma inteligente e vincado como esta politica se tem mantido, sempre com Pinto da Costa ao leme. È claro que só isto não chega. O talento tem que existir. Tanto de treinadores como de jogadores. Se pensarmos, por exemplo, na fase de Octávio veremos que a politica era a mesma, talvez até mais dura ainda, mas a coisa não resultou. Faltava algo a este treinador, não sei se sabedoria se sorte, que mais tarde, com o aparecimento de Mourinho, foi colmatado. É esta a fase de ouro do clube. Aliando-se a experiência do presidente à capacidade arrasadora de Mourinho o FCP tornou-se brilhante, quase um rolo compressor na forma como dominava o nosso campeonato. E para surpresa de muitos, mesmo nossa, essa força conquistou a Europa e o mundo do futebol. Outro caso similar é Scolari. Não tendo, em minha opinião, a capacidade de Mourinho nem a sua destreza intelectual, consegue fazer milagres através da motivação e da confiança que imprime aos seus jogadores. A politica é a mesma, os princípios também, a execução das mesmas pouco difere e, claro, os resultados estão à vista de todos, até os mais críticos ou mais cépticos o têm que aceitar. Julgo, que à luz destes exemplos, podemos dizer que os resultados começam-se a construir nas palavras. Uma palavra pode unir todo o grupo de trabalho e todo o mundo que gira ao seu redor, mas pode ao mesmo tempo, se mal calculada, ajudar ao desmoronar do castelo de cartas que é uma equipa de futebol.