Cajuda destaca feito do V.Guimarães com plantel de brincadeira

Manuel Cajuda diz que o Vitória de Guimarães está «por mérito próprio» na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Garantido o 3º lugar na Liga 2007/2008, o treinador dos vimaranenses repara que o clube se intromete entre os "grandes" com um «plantel que custa uma brincadeira». Na Luz Chalana diz que «o Benfica é muito grande», apesar do 4º lugar, enquanto em Alvalade Paulo Bento recusa euforias pela 2º posição e aponta baterias à final da Taça de Portugal.



«Não estamos seguramente eufóricos porque fomos segundos pela terceira época consecutiva». É o que diz Paulo Bento depois da vitória por 2-1 sobre o Boavista no fecho do campeonato. O treinador admite o fracasso da luta pelo título, mas lembra que «a temporada teve outras coisas», referindo-se às outras provas em que o Sporting participou. Além disso, «falta um jogo, depois faremos o resumo», diz, pensando na final do Jamor contra o FC Porto.

Paulo Bento realça que «o FC Porto foi campeão com toda a justiça», mas trata de frisar que «o que se fez no campeonato vai ter uma importância nula» para o momento de decisão da Taça de Portugal. A meta leonina é conquistar «a segunda vitória consecutiva na Taça de Portugal, o que não acontece há vários anos», recorda o técnico verde e branco. Paulo Bento destaca o desejo de acabar a época tal como começou, com um triunfo sobre o FC Porto, repetindo no Jamor a vitória na Supertaça, e lembra que em três confrontos com os dragões nesta temporada, os leões ganharam dois.

Em Guimarães é já momento de descanso, com a época terminada. A equipa de Manuel Cajuda consegue repetir a melhor classificação de sempre da sua história e o treinador diz que é «o momento mais feliz» da sua carreira. «Este é o dia dos meus jogadores», acrescenta. O técnico deixou o relvado quando a equipa ganhava por 3-0 ao Estrela da Amadora e não viu Desmarets marcar o 4-0. Após o apito final, explicava aos jornalistas que «felizmente a equipa não precisou» de si e falava da «simplicidade de poder, a sete minutos do fim do jogo, abandonar o campo e ir para junto da minha família e poder aplaudir de pé a minha outra família», dizia.

«Tivemos classe, mística e lealdade», afiança Cajuda, sublinhando que o Vitória conseguiu «por mérito próprio» chegar ao terceiro lugar, apesar das «piores condições» que diz ter relativamente à concorrência. O treinador refere que tem um «plantel que custa uma brincadeira» em comparação com os três "grandes".

Cajuda assegura ainda que vai ser o treinador do Vitória Guimarães na próxima temporada e diz que «a primeira aquisição que [a equipa] terá que fazer é juízo». Sublinhando que o clube «tem que cimentar as coisas, tem que melhorar toda a sua estrutura», o técnico repara que não se podem «gastar milhões» e que é necessário agir «com cabeça, tronco e membros».


Na Luz o tempo é todo para o adeus de Rui Costa aos relvados, até porque o quarto lugar do campeonato não deixa grandes razões para comemorações. «Fomos profissionais até ao fim», repara Chalana depois do triunfo por 3-0 sobre o Vitória de Setúbal. «Fizemos o que tínhamos que fazer», diz ainda. «Não vou falar nos outros porque senão podia ser castigado», nota também, tendo em mente as situações problemáticas de Boavista e Estrela da Amadora, adversários dos rivais na disputa pela Liga Milionária.

«O Benfica é muito grande», diz de qualquer modo Chalana, realçando contudo que está «infeliz» pelo facto de a equipa não ter alcançado o segundo lugar.

O treinador fala ainda da «festa bonita» do adeus de Rui Costa e refere que o jogador «e os benfiquistas mereciam». Sobre o "maestro" afiança também que é «um dos melhores jogadores de sempre do Benfica».


Fotos: Lusa