Boavista: Evangelista admite utilização de juniores em Alvalade

Joaquim Evangelista admitiu a possibilidade de «alguns jogadores do Boavista» avançarem para a rescisão unilateral dos seus contratos, avança a agência Lusa. Caso tal aconteça, os "axadrezados" poderão ter de recorrer aos juniores para o jogo do próximo domingo, frente ao Sporting. Saliente-se que, esta terça-feira, a SAD do Boavista demitiu-se em bloco devido à questão dos salários em atraso.


De acordo com o avançado pela agência Lusa, o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) admitiu não só o facto de «alguns jogadores do Boavista» rescindirem os seus contratos, como também a possibilidade de os "axadrezados" terem de recorrer aos juniores por forma a apresentarem o número de futebolistas necessário para disputar o jogo do próximo domingo, em Alvalade, referente à última jornada da Liga.

Relativamente ao anúncio da demissão do presidente da SAD do Boavista, Álvaro Braga Júnior, Joaquim Evangelista considerou apenas que essa solução «não resolve nada» e que «os dirigentes devem assumir as consequências dos seus actos».

De salientar que, esta terça-feira, a SAD do Boavista demitiu-se em bloco. Em causa estão os salários em atraso dos jogadores e a incapacidade em regularizar a situação.



Apesar de ter renunciado ao cargo, Álvaro Braga Júnior explicou a sua atitude, salientando que «isto não é fugir»: «Não estou a abandonar o barco, porque a própria legislação o impede. Terei de continuar em funções até ao final de Junho», refere, acrescentando: «Isto quer dizer também que continuo a acreditar numa solução para a SAD e que estou disponível para tentar ser parte dessa mesma solução».

Em relação à situação dos jogadores do Boavista e ao que poderá ocorrer no jogo de domingo, frente ao Sporting, Braga Júnior afirma ter falado com os atletas, a quem tentou explicar o ponto da situação. «Vi nos jogadores aquilo que sempre vi desde que cheguei aqui: uma enorme dedicação e profissionalismo», considera, referindo que a responsabilidade do que se está a passar no clube não é dos jogadores mas sim «de quem dirige».



Imagem: Lusa