Belenenses lamenta perda de pontos estranha e inqualificável

O Belenenses assume que a perda de 6 pontos no âmbito do "Caso Meyong" «é irreversível», mas o clube equaciona recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto da Suíça por causa de danos financeiros. O Conselho de Justiça (CJ) da Federação confirmou o castigo aplicado pela Comissão Disciplinar da Liga e no Restelo fala-se de uma decisão «inqualificável» num processo «estranho».



A direcção do clube do Restelo reúne nesta quarta-feira e depois anunciará se vai ou não recorrer ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), sedeado em Lausanne, na Suíça. Está em causa um eventual pedido de uma indemnização pelos prejuízos causados, uma vez que «a perda de seis pontos é irreversível», conforme assume o presidente Fernando Sequeira na Agência Lusa.

O responsável do emblema de Belém, que herdou o caso da anterior direcção de Cabral Ferreira, entretanto falecido, considera que «a razão assiste ao Belenenses, porque o jogador foi licenciado para jogar e não para treinar no clube», e define o processo como «muito estranho».

«Se o ridículo matasse, o Conselho de Justiça da Federação já estava morto», acrescenta José Manuel Anes, presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Belenenses, em declarações à Rádio TSF. «Mais do que desilusão, é inqualificável», diz ainda este dirigente sobre a decisão do CJ, alegando que a «justiça ficou gravemente ofendida». Anes afiança contudo que o Belenenses vai «lutar até ao fim» pela Europa, realçando que há ainda «seis pontos para discutir».

Com a perda de seis pontos, o Belenenses fica com 36 pontos e cai do quinto para o oitavo lugar da classificação, saindo da zona de acesso às provas da UEFA da próxima época. O quinto posto passa a ser do Vitória de Setúbal que soma mais dois pontos do que o Marítimo.


A Naval por seu lado é "presenteada" com os três pontos perdidos em campo, no jogo contra o Belenenses, devido a um golo de Meyong. A formação da Figueira da Foz, que já tinha garantido a manutenção, passa a deter assim 33 pontos e sobe do 13º para o 10º lugar da tabela. O treinador Ulisses Morais atesta que já se esperava no clube este desfecho «com naturalidade» e congratula-se que a equipa tenha conseguido alcançar a permanência no primeiro escalão «por direito próprio».