Bartolomeu diz que Leiria só tem seis bons profissionais

O Sindicato de Jogadores (SJPF) está a dar apoio jurídico a Alhandra e Maciel depois de ambos terem sido suspensos pela SAD da União de Leiria devido a saídas nocturnas. Joaquim Evangelista, presidente do SJPF, acusa o emblema de querer livrar-se dos dois atletas. E João Bartolomeu, líder dos leirienses, lamenta que «85 por cento» dos jogadores do clube não são bons profissionais.

Em declarações à Rádio Renascença, João Bartolomeu destaca que o Leiria tem «seis jogadores grandes profissionais» e critica «a mentalidade de cerca de 85 por cento dos atletas». O presidente do clube que ocupa o último lugar da Liga diz mesmo que sabia que «não valia a pena mudar de treinador» quando se deu a demissão de Paulo Duarte em Novembro de 2007, sendo Vítor Oliveira o sucessor escolhido.

Bartolomeu lamenta agora que tenha cedido à pressão dos adeptos para a "chicotada" e desabafa que «não devia ter ido na conversa dos adeptos». Isto porque o dirigente diz que o caminho cinzento seria trilhado do mesmo modo por causa do comportamento do plantel.

O clube tem sido marcado por vários casos disciplinares nas duas últimas épocas e Alhandra e Maciel protagonizam os mais recentes casos. Os dois jogadores foram suspensos de toda a actividade depois de terem sido "apanhados" em saídas nocturnas a altas horas da madrugada e
Bartolomeu revela que a SAD vai abrir processos disciplinares «com vista ao despedimento por justa causa».


E Joaquim Evangelista acusa os leirienses de pretenderem «pressionar» os jogadores «para se irem embora», conforme aponta na Renascença. «Toda a gente já percebeu que o presidente do Leiria não quer os jogadores», acrescenta o presidente do SJPF.

Evangelista diz ainda que Alhandra e Maciel não foram os únicos atletas "apanhados" na diversão na noite leiriense, falando em «muitas pessoas da União de Leiria, dirigentes do Leiria e outros colegas» do plantel. E Bartolomeu esclarece que, além de Alhandra e Maciel, há «outros dois» atletas que estão a ser «investigados», escusando-se a referir os seus nomes.


Fotos: Lusa