Mourinho quer ganhar, não quer "guerra" com Guardiola

"Sou o treinador do maior clube de Inglaterra e tenho de estar focado". Esta foi uma das várias frases ditas por José Mourinho, nada nervoso, durante a sua apresentação como novo treinador do Manchester United.

No segundo emblema que lidera na Premier League, o objetivo mais óbvio é voltar a colocar o United na Liga dos Campeões. De resto: "Quero ganhar jogos, jogar bem, marcar muitos golos e sofrer poucos. Quero tudo. Obviamente não vamos conseguir tudo, mas queremos".

"Seria pragmático dizer que vim para trabalhar e tentar regressar à Liga dos Campeões e aos quatro primeiros. Não vou fazer isso. Sou mais agressivo e digo que queremos ganhar. Não podemos antecipar que vocês venham com conversas do estilo de jogo, mas posso antecipar que não se pode ganhar uma competição curta sem jogar bem", comentou.

Mourinho lembra que alguns treinadores não ganham qualquer troféu há 10 anos (possível indireta sobre Arsène Wenger), por isso não está preocupado com a sua carreira. "Se tenho muito a provar, imaginem os outros", explicou.

Em Manchester está também Pep Guardiola, treinador do Manchester City. Em Espanha havia motivo para o duelo particular entre ambos, agora não: "Falar de uma equipa, de um treinador, de um inimigo - ainda que não goste dessa palavra no futebol - acho que não é certo neste país. Em Espanha eram dois cavalos de corrida, aí fazia sentido esse tipo de abordagem, aqui não faz".

Sobre a saída de Ryan Giggs, Mourinho entendeu a decisão do galês. Até porque já fez o mesmo: "O Ryan queria ser treinador do Manchester United e a direção entendeu que esse cargo era para mim. Há 16 anos tive a mesma decisão; o Ryan tomou essa decisão neste momento. Se podia ser meu assistente... Podia ser aquilo que ele quisesse ser, mas ele tomou uma decisão".