Supertaça: só nos penáltis o Benfica marcou

Foi o primeiro jogo oficial da temporada 2014/15 entre duas equipas da primeira divisão nacional do futebol português e foi o quarto troféu para o Benfica, relativos à mesma temporada: a Supertaça Cândido de Oliveira, em Aveiro, foi ganha pelo Benfica frente ao Rio Ave, por 3-2, após desempate nas grandes penalidades. No onze inicial da formação lisboeta destacaram-se as presenças dos reforços Eliseu e Talisca; jogaram também de início Luisão e Enzo, que nunca estiveram em campo durante a pré-temporada.

Este campo em Aveiro pareceu inclinado durante a primeira parte. Desde os instantes iniciais o Benfica foi mais rápido, mais ofensivo e não faltaram oportunidades para marcar: remates de Eliseu e Lima falharam o alvo, enquanto Talisca, Nuno Lopes (na própria baliza) e Salvio estiveram realmente perto do golo. Tudo dentro dos 20 minutos, período a partir do qual o Rio Ave estabilizou um pouco na defesa, ao mesmo tempo que o adversário perdeu parte do seu "gás" - o que não quer dizer que tenha perdido o domínio da partida; apenas estava mais longe da baliza, perante um conjunto nortenho que chegou a ter 11 jogadores perto da área, todos a defender. O "pontapé para a frente" do Rio Ave não resultou e Artur, até aos 45 minutos, não realizou qualquer defesa; mas decidiu inventar já nos descontos, em dribles, e quase ofereceu o golo a Del Valle. Mesmo assim, um resultado 0-0 que o Rio Ave agradecia ao intervalo.

Segunda parte menos empolgante. Sobretudo porque o cansaço começou a tomar conta de alguns elementos do Benfica, embora o Rio Ave continuasse quase sem sair da sua zona defensiva, na primeira fase desta etapa. Na turma de Jorge Jesus havia mais cruzamentos e menos perigo - exceção para Lima, já aos 80', que atirou perto do poste. Do outro lado, tentativas pouco convincentes de Del Valle e Diego Lopes demonstraram o pouco que a equipa de Vila do Conde fez, conseguindo no entanto manter o nulo. Durante 90 minutos o Benfica realizou quase 30 remates, contra cerca de meia dúzia do adversário. Mas sem golos... Há prolongamento.

No início de cada parte do tempo extra, Jardel e Lima poderiam ter marcado. Mas, no meio da fadiga em jogadores das duas formações, foi aos 117 minutos que quase aconteceu o golo mais insólito dos últimos anos, em Portugal: Artur falhou numa saída e Jardel, ao aliviar, acertou na barra da baliza do Benfica. Foi a melhor oportunidade para o Rio Ave ao longo de 120 minutos; criada por dois oponentes.

Nas grandes penalidades Artur foi o protagonista, ao adiantar-se para impedir os golos de Tarantini, Diego Lopes e Tiago Pinto; Derley também falhou mas foi nos penáltis que acabou por se fazer justiça.

Onzes

Benfica:

Artur
Maxi, Jardel, Luisão, Eliseu
Salvio (Bebé), Enzo, Ruben Amorim, Gaitán (Ola John)
Talisca (Derley), Lima

Rio Ave:

Cássio
Nuno Lopes (Wakaso), Marcelo, Prince, Tiago Pinto
Tarantini, Pedro Moreira (Diego Lopes), Filipe Augusto
Ukra, Hassan (Boateng), Del Valle