Olhanense-FC Porto: O duelo dos invencíveis

Depois da epopeia europeia, onde o FC Porto sobreviveu a um golo solitário de Luís Fabiano em pleno Dragão, a armada de André Villas-Boas visita o forte de Olhão, que ainda está para ser derrotado esta temporada.

A ideia, aliás, as ideias são as seguintes: conservar ou aumentar a distância para o segundo classificado; e, decididamente, sofrer menos do que nos últimos dois jogos, capazes de torpedear o coração dos adeptos azuis-e-brancos.

Na verdade, o Dragão tem sido um relvado... escorregadio em 2011 para uma equipa que tem sido imperial como visitante e que só sabe como perder em casa. A derrota frente ao Sevilha, no entanto, não abala o espírito do Dragão. Garantia de André Villas-Boas, que promete um FC Porto de nível “excelente” nos próximos desafios. Olhanense incluído, claro. E perante os azuis e brancos surge um cenário favorável.

Os dois meses mais complicados, Janeiro e Fevereiro, não foram perfeitos – houve a saída de cena da Taça da Liga e a de Portugal foi seriamente comprometida -, mas a equipa sobreviveu com distinção: continua sem perder na Liga e apurou-se para os oitavos da Liga Europa.

Normalidade ao quadrado

A 21ª jornada é assim, um regresso à normalidade depois de uma semana atípica: recorde-se que o FC Porto não disputou qualquer jogo para a Liga Zon Sagres entre os dois embates contra o Sevilha. É também um regresso à normalidade do onze, com Falcao e Álvaro Pereira finalmente disponíveis.

O FC Porto, aliás, apresenta-se quase na máxima força frente ao Olhanense, tendo apenas Rafa circunscrito ao departamento médico – uma realidade tão distinta daquela que se via num passado recente.

Ainda assim, é bem provável que André Villas-Boas promova algumas alterações. Afinal de contas, desde o duro confronto do Dragão até Olhão são apenas três dias, e é bem provável que o cansaço se faça sentir.

Sapunaru, por exemplo, ficou a descansar no banco e agora deve regressar ao seu posto na lateral direita. Belluschi, autor de uma grande exibição contra a turma andaluza, também pode descansar, embora não seja certo que André Villas-Boas abdique dele. O médio argentino jogou os 90’, ao contrário de João Moutinho.

Na convocatória, apenas uma mudança: saiu Cristian Rodríguez, entra Mariano González.

As “necessidades absolutas” do Dragão

Com o Benfica a fazer uma sombra que não fazia no início da época, o FC Porto sabe que a margem de erro é substancialmente menor, apesar dos 8 pontos de vantagem que ainda mantém.

André Villas-Boas, que já viu a equipa perder por três vezes, mas nenhuma para a Liga, assegura que nas hostes azuis-e-brancas há uma “necessidade absoluta” de ser campeão. Uma necessidade que, segundo o técnico portista, pode passar a realidade caso Hulk, Falcao e companhia vençam os próximos cinco jogos.

Proteger “factor casa” com ambição “do tamanho do mundo”

As palavras são de Daúto Faquirá, técnico da equipa algarvia, que, como se disse, ainda não perdeu em casa esta época.

O favoritismo está, obviamente, do lado do líder, e o Olhanense até tem alguns problemas para resolver: a recuperação de Jorge Gonçalves é a única boa notícia da semana, que manteve Toy, Mexer, Delson e Anselmo na enfermaria.

Mas o técnico garante personalidade e confiança dos “leões de Olhão” quando subirem ao relvado do Estádio José Arcanjo, perante um adversário que tem mais do dobro dos pontos (56 contra 27) e a quem a Olhanense não ganha desde... 1974.