FC Porto vs V. Guimarães: em busca da história

3 de Abril de 2011. 25ª jornada. O FC Porto vai à Luz ganhar por 1-2 e é campeão nacional. 20 de Abril de 2011. O palco é novamente a Luz. O FC Porto vence por 1-3 e reverte uma desvantagem de dois golos, qualificando-se para o Jamor. 18 de Maio de 2011. Dublin. Depois de uma impressionante cavalgada, o FC Porto derrota o Sp. Braga e sagra-se campeão da Liga Europa.

22 de Maio de 2011. O FC Porto pode culminar a época com a vitória da Taça, superando Mourinho (que em 2002/2003 “apenas” ganhou três títulos) e repetindo o “triplete”, ao qual se adiciona a Supertaça. O Vitória de Guimarães procura o segundo título da sua história, o primeiro na competição, numa final na qual não marca presença há 23 anos.

Uma final que pode ainda dar aos portistas, que esta época apenas deixaram para trás a Taça da Liga, um registo único: se ganharem, serão os primeiros a fazer um “tri” na segunda prova nacional.

Ainda assim, o último jogo da época não surge isento de ruído. De um lado, os exuberantes festejos de ontem, aliados à sempre épica conquista europeia, que vão deixar os dragões com apenas um dia de preparação – o treino desta sexta-feira foi cancelado. Do outro, os rumores da saída do treinador Manuel Machado rumo a um clube chinês.

O Vitória, quinto classificado na Liga, chegará sempre mais fresco ao derradeiro desafio de 2010/2011. O plantel vimaranense está desde quarta-feira a estagiar em Quiaios. Ora, nesse dia, o FC Porto estava em Dublin, a preparar-se para o que bem se sabe. E não se pode esquecer que os azuis e brancos têm já 57 jogos nas pernas. O Vitória tem... 39.

O favoritismo, esse, está do lado dos campeões nacionais. Para explicar o estatuto, basta dizer que, do plantel vitoriano, apenas João Paulo e Rui Miguel conhecem as sensações de estar no palco da final da Taça. Mas André Villas-Boas já fez questão de classificar a última partida do ano como “muito difícil”.



Percursos parecidos com destino ao Jamor

Ora, na Taça de Portugal, o percurso das duas equipas traça um paralelo: nenhum dos finalistas encontrou adversários da Liga Zon Sagres antes das meias-finais. Aí ressalta a grande diferença. O Vitória bateu a Académica, o FC Porto operou a reviravolta frente ao Benfica.

Quanto a golos, lideram os azuis e brancos, que detêm o segundo melhor ataque da prova, com 14 golos. Os vimaranenses apenas precisaram de 11, o sétimo melhor registo, para chegar ao Jamor. 4-0 foi o melhor resultado de ambos.



Ausências de peso

André Villas-Boas não pode contar com cinco jogadores para esta partida: Falcao, Otamendi, Emídio Rafael, Fucile e Cristian Rodríguez.

Manuel Machado não contou com três jogadores no estágio: Edson, Maranhão e Douglas.

De um lado ou do outro, não se adivinham poupanças, porque com ou sem cansaço, ainda há um título por disputar.



Faça-se história no Jamor

No final das contas de 2010/2011, sabe-se que esta será uma final histórica. Se André Villas-Boas fizer aquilo a que já se habituou, poderá festejar a quarta conquista em cinco possíveis, ganhando todas as principais competições. E, já agora, ultrapassando o rival Benfica no número de títulos.

Se os de Manuel Machado conseguirem derrubar o Dragão, será a primeira vez que o troféu viaja para Guimarães.