Dragão já está lá em cima com polémica (crónica)

O FC Porto começa o campeonato no lugar a que está habituado: o primeiro. Neste caso, em igualdade com o Vitória de Setúbal. Dragões e sadinos foram os únicos a vencer na primeira jornada, esperando pelo União de Leiria-Académica desta segunda-feira para saberem se vão ou não ter companhia.

Curiosamente, o FC Porto inicia a Liga de fora muito semelhante à época passada: a ganhar por 1-0 fora de casa com uma grande penalidade muito forçada. Na última época, a vítima foi a Naval; esta época, o Vitória de Guimarães.

Diga-se, no entanto, que antes da queda de Sapunaru na sequência da qual Hulk marcou o único golo desta tarde/noite, o mesmo Hulk pareceu ter sido carregado em falta para penálti, que no entanto não foi assinalada por Olegário Benquerença.

Vítor Pereira fez duas mexidas no onze em relação à final da Supertaça, com Otamendi e Guarín a entrarem para os lugares de Maicon e Ruben Micael, respetivamente. Já Manuel Machado apresentou o mesmo onze.

Equilíbrio e emoção

O jogo começou muito disputado e em alto ritmo, mas com poucos lances perigosos para as duas balizas. O primeiro aviso foi de Varela, com um remate de longe aos 6 minutos. Curiosamente, nesse lance havia outra bola dentro de campo, por isso se tivesse sido golo deveria haver polémica...

Os jogadores do Vitória de Guimarães adoptavam uma atitude de jogar pelo seguro, atirando muitas bolas para fora mal pressentiam o perigo. 
Hulk estava muito bem controlado por Santana e João Paulo e Ndyae também não davam grandes hipóteses a Kléber, que no entanto nunca virava a cara à luta.

Foi preciso esperar pelos 32' para assistirmos a mais uma oportunidade de golo, com Toscano a obrigar Helton a fabulosa intervenção, em remate à queima-roupa. O lance foi precedido de grande jogada de Barrientos, que assistiu o colega com um passe de letra.

Estávamos na melhor fase da partida, com jogadas de perigo junto das duas balizas. Kléber obrigou Nilson a fantástica intervenção e Barrientos, em ótima posição para marcar, deslumbrou-se. Pelo meio, a tal queda de Hulk na área vimaranense não sancionada.

Até que em cima do intervalo, surgiu o lance que definiu o jogo: Sapunaru já parece estar em queda quando Leonel Olímpio coloca a mão nas suas costas. O lateral romeno força a queda e Olegário Benquerença vai na conversa. Hulk, como de costume, não perdoa, mas desta vez teve muita sorte: Nilson quase defendeu.

Segunda parte mais pobre

O segundo tempo não foi tão bem jogado. Começou muito bem, com fantástica jogada individual de Hulk, concluída com grande remate para defesa de Nilson. Mas a partida entrou rapidamente numa toada morna, que agradava ao FC Porto.

O Vitória de Guimarães apresentou-se mais subido no terreno, mas teve muitas dificuldades na construção das suas jogadas de ataque, muitas deles concluídas com cruzamentos disparatados.

E foi o FC Porto a estar mais perto do 2-0, em lances de Hulk, Kléber e Falcao. O colombiano entrou a 20 minutos do fim e falhou, de cabeça, num daqueles lances em que não costuma perdoar.