As vendas dos pequenos

Muitas vezes, quando já está a chegar o início de época, damos sempre uma vista de olhos pelo jornal e vemos as entradas e saídas de todos os clubes.

Constatamos, que uns mais outros menos, perdem inúmeros jogadores, por vezes mais do que os que entram. Nem nos damos conta dos valores porque saíram, nem dos valores gastos dos que entraram. No entanto, falando do que mais constato e vejo, parece-me claramente que falta poder de negociação nos denominados clubes pequenos. Vou dar um exemplo.

Falou-se da saída de Hugo Vieira para o Sporting. Hugo Vieira, de longe um dos grandes destaques do Gil, revelação da liga, preponderante nos grandes jogos, jovem e com muita qualidade. O Sporting terá lançado um valor de negociação, o Gil pouco o terá debatido com medo de não fazer negócio. Não digo que um clube como o Gil não tenha necessidade de vender para se manter vivo, digo sim, que deve de agarrar-se mais a mecanismos reais, próprios e atualizados de negociação. Ter em conta o clube comprador, que pode dar mais dinheiro e que sentirá falta do jogador.

Fazer uma boa venda e garantir uma sustentabilidade mais alargada das contas do clube. E o problema dos tais clubes "pequenos" é mesmo este. Compram ao desbarato, vendem de igual forma. Gestores de pulso firme necessitam-se para salvar muitos clubes.

PS: Dou o exemplo do Gil, mas acho que Fiúza é um excelente presidente.  Dei o exemplo do Sporting, no entanto, Benfica e FC Porto enquadram-se igualmente na mesma situação.

Saudações.