Árbitros: Nomeações não serão divulgadas | Relvado

Árbitros: Nomeações não serão divulgadas

O Conselho de Arbitragem quer “proteger os árbitros” e não vai fazer a habitual divulgação pública,
 
Árbitro mostra vermelho a Joãozinho (Beira-Mar)
Lusa

O Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol decidiu “não divulgar as nomeações” para os jogos das competições profissionais, com o objetivo de “proteger os árbitros”, revelou à agência Lusa fonte daquele órgão.

Habitualmente, o CA divulga as nomeações para os jogos das competições profissionais à quinta-feira, mas, desta vez, decidiu não fazer a divulgação pública, nem aos clubes, dos árbitros nomeados.

Esta decisão foi tomada em função do clima hostil que rodeia os árbitros na sequência da divulgação pública, através da internet, dos seus dados pessoais e das duras críticas que têm sido alvo nas últimas semanas.

Esta decisão é, para já, válida somente para a 25.ª jornada da Liga, mas a hipótese de se repetir nas próximas jornadas está a ser equacionada pelo Conselho de Arbitragem, fazendo-a depender da evolução do ambiente em torno dos árbitros.

Entretanto, a agência Lusa apurou que a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) e os oito árbitros internacionais que reuniram com o presidente da FPF, Fernando Gomes, na terça-feira, chegaram a comunicar-lhe que não iriam comparecer aos jogos correspondentes às 25.ª e 26.ª jornadas da Liga principal, propósito do qual foram demovidos pelo líder federativo.

Este solicitou, expressamente, aos árbitros e seus representantes presentes na reunião que não avançassem com a medida, antes de falar com os presidentes dos clubes, pedido esse que mereceu acolhimento, sendo substituído por uma ameaça de paragem dos árbitros na 26.ª jornada, caso venham a ser produzidas declarações “que ponham em causa a honorabilidade, honestidade e dignidade da arbitragem”.

De resto, Fernando Gomes, que se assumiu como porta-voz dessa posição após a reunião, enviou hoje uma carta aos presidentes dos 32 clubes e SAD’s profissionais, na qual os desafia “a serem parte ativa da pacificação” da modalidade e apela à “adoção de um discurso positivo e de tolerância perante todos os agentes desportivos, incluindo os árbitros”.

“Não lhe peço que omita a sua opinião ou que prescinda do sagrado direito à livre expressão, mas apelo para que evite o uso de linguagem ofensiva ou que ponha em causa a honorabilidade, a dignidade, a honra e honestidade dos árbitros”, referiu o dirigente na missiva aos presidentes dos clubes.

diversos:

Comentários [2]

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Quem nomeia os árbitros tem muitas responsabilidades!

Ponto prévio: é inconcebível, inaceitável sob qualquer ponto de vista, a divulgação de dados pessoais de árbitros e familiares.

Quanto às críticas: os árbitros puseram-se a jeito, logo no princípio do campeonato e agora estão a colher o que semearam. Por isso, meus caros, há que por de lado essa atitude de virgens ofendidas e refletir bem no que de bom ou mau terá sido feito para se chegar a esta situação.

Primeiro erro: a reação associativa (mais corporativa...). Vocês, árbitros, podem agir e reagir em conjunto, mas salvaguardando sempre a vossa individualidade - o que não está a ser feito, certo? (Todos os árbitros são humanos, logo, erram...ficando por explicar porque é que 3 ou 4 erram sempre para o mesmo lado!)
Sabeis, árbitros, perfeitamente, que não sois todos iguais -se, como sempre, uns há que são mais iguais que outros, entre vós há os que são diferentes dos outros -para pior, muito pior.
Sabeis também que, entre vós, há os competentes(a generalidade, penso eu), mas há os incompetentes.
Do mesmo modo que vós, de um modo geral, sois sérios, entre vós há-de haver...duvidosos(como, aliás, em todos os ramos de atividade)
Sabe-se que o árbitro erra por ser humano e até pode influenciar um resultado -o que se lamenta, mas acontece. Contudo, será natural que num jogo os seus erros, visíveis sem Tv, atinjam quase sempre a mesma equipa e que, jogo após jogo com esta equipa e este árbitro, se verifiquem sempre erros graves e no mesmo sentido?
(Não me refiro àqueles erros que é preciso pedir à Tv que repita n vezes, para se concluir que talvez)
Já sabeis onde quero chegar: entre vós há uns quantos que levam para dentro do campo uns odiozinhos de estimação e nem tentam disfarçar a sua parcialidade (não digo incompetência, falo em parcialidade)

Ora, no Conselho de Arbitragem sabe-se perfeitamente tudo isto e sabe-se "quem é quem"!
Então...? Então porque persistem no CA em nomear árbitros "conflituosos" (chamemos-lhes assim) para jogos em que intervêm equipas com os quais eles têm um historial de problemas? É pôr gasolina na fogueira, certo? E deliberadamente!

Já agora: Bruno Paixão é um árbitro com um currículo de problemas como nenhum outro (sou dos que pensa que prejudica deliberadamente certas equipas); é um árbitro que, seja por experts , seja, por simples teóricos na matéria, é considerado um mau árbitro; é um árbitro que...é internacional !!!
Como é possível? Como é que conseguem aguentá-lo no topo?

Os senhores árbitros já repararam que, agindo em conjunto, dão cobertura às diatribes deste senhor (entre mais uns quantos) que é, por sinal, uns dos que mais leva a que se fale (mal) da arbitragem?
Com artistas destes, que quereis? Que o pessoal se cale?
Deixai-vos disso e pensai, antes, que são algumas nomeações e são esses maus árbitros que estão a provocar todo este ambiente - muito mais que a idiotice de uns quantos dirigentes e treinadores!

boas alba

Critica e muito bem neste seu post a organização da arbitragem no nosso país, mas gostaria de saber sem tem alguma resolução para este problema?