Taça Portugal: FC Porto e Chaves querem final a norte

Manifestações de ignorância ainda dou de barato. Irão sempre existir e a tendência é para que cresçam cada vez mais. A mim assusta-me é o vírus em que se está a transformar o facilitismo de exigir mudanças só porque sim. Andamos a destruir aos poucos parte integrante dos tais factores positivos e negativos que nos fazem aquilo que somos hoje. A leviandade que começa a grassar este país relativamente aos seus verdadeiros monumentos, materiais e imateriais, é assustadora. Dou-te um exemplo: o TGV. Ando a acompanhar a evolução dos trabalhos arqueológicos de um corredor que passa por grande parte do Alentejo. Está estabelecida uma linha de 4o metros de largura que irá destruir, literalmente, cerca de 300 sítios arqueológicos...onde se contam vários povoados pré-históricos, duas villas romanas, vários menires e pelo menos duas antas. Andamos a mandar avisos para tudo o que é ministério e zero. Nada! Estão-se a cagar. Até os arqueológos que estão no terreno andam a ser obrigados a continuar com os trabalhos. E a preço do quê? Do progresso. Foda-se, eu até sou a favor do TGV...mas não quando envolve pagar-se preços altos, para mim demasiado altos. Isto do Jamor é a mesma coisa. Que se renove o espaço, que se invista na sua modernização...mas que se preserve a memória do sítio. O palácio real das Alcáçovas está em vias de ser destruido. O paço de Santa Iria está a cair de podre. O cromeleque dos Almendres tem terrenos à volta que vão ser loteados para condomínios. A zona do Tua vai ser retalhada do ponto de vista ambiental... etc, etc... Enfim...são demasiados enganos, demasiados desrespeitos... E o futebol agora já manda na memória. Muito bom!