Domingos fala de arbitragem habilidosa na Luz

A União de Leiria foi à Luz perder com o Benfica na quinta eliminatória da Taça de Portugal por 2-1 e o árbitro surge como habitualmente no epicentro das mágoas dos perdedores. Domingos Paciência entende que Lucílio Baptista protagonizou «uma arbitragem habilidosa» e que o juíz de Setúbal «arbitrou de uma forma que condicionou a equipa» da cidade do Lis.
«O Harison não toca no jogador do Benfica e leva vermelho directo», lamenta o técnico leiriense referindo ainda que «quando seis jogadores têm cartão amarelo é muito complicado».

O treinador da União constata que a sua equipa «não perdeu só pelo árbitro, mas, por exemplo, tirei o Ivanildo com medo que levasse o segundo amarelo», diz, realçando que «não foi um jogo que merecesse tantos cartões». Domingos Paciência refere que a sua formação «não esteve mal» e que «conseguiu o objectivo de bloquear o Benfica», mas «estava com um pressentimento de que as coisas não iam correr bem», nota antes de começar o fio dos lamentos devido à arbitragem de Lucílio Baptista. «O árbitro querendo consegue fazer com que o jogo pareça que teve uma boa arbitragem, mas não foi», realça, salientando ainda que «com uma faltinha aqui e outra acolá condicionou» o encontro. «Os meus jogadores chegaram ao ponto de me dizer que os jogadores do Benfica estavam a dizer para pressionar o juíz de linha», conta também Domingos. Além disso, nota que os seus jogadores se queixam de que «o árbitro falou com eles de forma arrogante».

Pela parte do Benfica, o treinador Fernando Santos prefere destacar a reacção dos seus jogadores e dos adeptos da Luz ao golo do Leiria apontado aos 58 minutos de jogo. «Foi determinante o apoio dos adeptos que depois do golo do Leiria reagiram à Benfica», salienta o engenheiro, frisando que a postura das bancadas lhe fez lembrar «o inferno da Luz». De resto também «os jogadores tiveram uma boa reacção», constata, notando que durante a primeira parte faltou ao Benfica «velocidade e criar situações de posse de bola». Mas no segundo tempo «explorámos melhor os flancos», aponta, frisando que «percebia-se pelo nosso caudal ofensivo que chegaríamos ao empate e depois à vitória», conclui o técnico das águias.