Héldon e Dramé deram três pontos a um Sporting inédito | Relvado

Héldon e Dramé deram três pontos a um Sporting inédito

Jogadores da equipa B juntaram-se aos pouco utilizados na principal e ganharam em Guimarães.
 
Ousmane Dramé com Bruno de Carvalho
sporting.pt

Vitória Guimarães e Sporting estrearam-se nesta segunda-feira na Taça da Liga, num jogo com um Sporting muito alterado em relação à equipa habitual. Não jogaram os "juniores e juvenis" prometidos pela direção lisboeta na época passada, mas houve espaço para vários jovens da equipa B e outros pouco utilizados na formação principal. Mesmo assim, o Sporting ganhou por 2-0 e lidera o Grupo C após a primeira jornada.

O Sporting chegou ao intervalo a ganhar pela diferença mínima mas foi o Vitória de Guimarães a equipa mais perigosa, sobretudo dentro do primeiro quarto de hora, o período mais interessante desta primeira parte. Foi nessa fase que Hernâni, por duas vezes, e Nii Plange poderiam ter marcado. Quem marcou, logo aos quatro minutos, foi Heldon, aproveitando uma boa iniciativa entre Podence e Esgaio. No restante o primeiro tempo foi pouco espetacular, algo incaracterístico, o que se compreendia sobretudo na turma do Sporting.

Na segunda parte, mais ataques do Vitória, mais iniciativas perto da área, mais cantos, mais remates. Os minhotos mandaram nas estatísticas mas apontaram zero golos. Ricardo e André André ainda ameaçaram na fase inicial, mais perto do fim André André esteve novamente próximo do empate; é verdade que a bola rondou com frequência a área de Marcelo, no entanto faltaram sustos "a sério" para o guarda-redes visitante, que ainda viu Tanaka perto do golo num livre direto.

E assim o tempo foi passando e o Sporting, que raramente atacou, mostrou-se solidário a defender, chegou para as encomendas do Vitória - que realmente tentou - foi eficaz e ainda conseguiu o segundo golo por Dramé, ao ângulo, já nos descontos. O conjunto de Alvalade saiu de Guimarães com três pontos, num cenário bem distinto do que aconteceu para o campeonato (derrota por 3-0, com os jogadores habitualmente titulares).

Homem do jogo:

Equipas


V. Guimarães:
Douglas
Nii Plange, Josué (Zitouni), João Afonso, Traoré
Cafú, André André, Bernard (Alex)
Hernâni, Ricardo Gomes, Gui (Tomané)

Sporting:
Marcelo Boeck
Esgaio, Tobias Figueiredo, Sarr, Geraldes
Slavchev (Wallyson), Rosell, Gauld
Heldon (Dramé), Tanaka, Podence (Sacko)

Golo: Heldon (4'), Dramé (90')

Sporting:

Comentários [2]

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Este jogo serviu para atestar

Este jogo serviu para atestar aquilo que venho dizendo desde a pré-época... Tobias é melhor que Sarr, Slavchev é muito inferior a Wallisson e Sacko não é melhor que Dramé. Apenas Geraldes, que acho inferior a Esgaio, ontem esteve melhor, até com a agravante de ter actuado fora da sua posição de raiz.
Se tivéssemos poupado na aquisição destes quatro jogadores (quase seis milhões de euros), podíamos ter recrutado um ou dois bons centrais e, provavelmente, estaríamos bem melhor. Claro que Sacko e Sarr têm potencial, não foram caros e até podem, a médio prazo, justificar a contratação, mas no actual momento financeiro e desportivo do Sporting as suas aquisições pouco ou nada acrescentaram ao que já havia.

Quanto ao jogo, o Vitória esteve melhor, mas oportunidades flagrantes apenas duas na segunda parte. O Sporting mesmo remetido mais à sua defesa foi controlando o jogo, beneficiando de ter marcado cedo. Boa arbitragem, mesmo com dois erros graves de um auxiliar que cortou dois ataques perigosos do Sporting, num deles com Tanaka isolado.

Nota mais no Sporting para Boeck (seguro), Tobias (imperial), Geraldes (agressivo e com bom posicionamento) e Gauld (qualidade técnica e bom auxilio nas acções defensivas) e notas menos para Esgaio (deu muito espaços, principalmente quando entrou Alex) e Slavchev (sem intensidade e rapidez). Uma nota mais para Sarr... alternou excelentes cortes, com lances pouco ortodoxos que deixam os adeptos com o coração nas mãos, o que faz dele um central com potencial, mas sem condições para, no curto prazo, jogar com regularidade na equipa principal.
Heldon, demonstrou que é mais forte no um para um que Capel, podendo justificar-se a venda do espanhol que é dos mais caros do plantel, tanto mais que há Nani, Carrilho e Mané e Tanaka justificou que é bem inferior a Montero e Slimani, mas não deixa de ser um interessante jogador para o plantel.
Rossel melhorou com a entrada de Wallisson, que foi uma muleta importante no seu futebol de passe curto e jogo apoiado. Podence pode ser um grande jogador se focar mais o seu futebol no colectivo e Dramé e Sacko demonstraram qualidades e potencialidades, mas têm que crescer.

Após esta vitória é muito

Após esta vitória é muito fácil apontar o dedo quer a Marco Silva, quer a Bruno de Carvalho. Os comentários até agora têm-se repartido: por um lado, aqueles que defendem o Marco Silva estão contentes por este ter dado oportunidades aos jogadores da B (esquecendo-se que, a aposta na equipa B foi imposta pela direcção. Será que se não fosse imposta, Marco Silva apostaria nestes jogadores? Eis a pergunta que se impõe.); por outro lado, aqueles que defendem o presidente afirmando que este tem razão quando disse que há qualidade na equipa B (esquecendo-se que daqueles jogadores que Bruno de Carvalho comprou apenas Gauld mostrou algum talento, pois os restantes e aqueles que mais mostraram talento já lá estavam – como são os casos do Tobias, Walison e Podence).
Apesar de tudo, impõe-se a pergunta: porque é que Marco Silva não apostou mais cedo no Tobias, no Gauld (a espaços nas segundas partes), e Walison?