O Sporting conquistou este domingo a Taça de Portugal frente ao Sp. Braga num jogo de grandes emoções. O triunfo dos leões só aconteceu no desempate por grandes penalidades, depois de os 90 minutos e o prolongamento terem terminado 2-2.

É uma final da Taça que vai ficar na memória de todos. Dos adeptos do Sporting, pela forma heroica como a equipa, a perder por 2-0 e com um jogador a menos, conseguiu encontrar forma de reagir e dar a volta ao resultado; dos minhotos, pela dolorosa incapacidade de segurar uma vantagem que parecia segura; e de todos os espectadores, pelo turbilhão de emoções que assistiram durante os 120 minutos, mais as grandes penalidades, que pela primeira vez decidiram o troféu.

As emoções no lotado Estádio Nacional começaram cedo. Ao quarto de hora de jogo, o Sp. Braga inaugurou o marcador. Djavan arrancou de forma imparável pela esquerda e só foi travado em falta dentro da grande área leonina, por Cédric. Cartão vermelho para o lateral, golo de Éder e muitas dores de cabeça para o treinador Marco Silva.

Empolgada, a equipa de Sérgio Conceição fez o segundo ainda antes da meia hora. Miguel Lopes, que tinha entrado pouco antes, foi batido em corrida por Rafa, que entrou na grande área e fuzilou o desamparado Rui Patrício. 2-0 aos 25 minutos e a tarde parecia vir a ser de pesadelo para o conjunto lisboeta.

O Sporting reagiu, mesmo com menos um, e até ao intervalo procurou de todas as formas chegar à baliza de Kritsyuk. As oportunidades sucediam-se mas a pontaria não estava afinada.

Após o descanso, o Sp. Braga procurou baixar o ritmo do encontro e fechar os caminhos da sua baliza, entregando a iniciativa ao Sporting e tentando sair em contra-ataque. A estratégia de Sérgio Conceição esteve perto de sair vitoriosa, a sua equipa conseguiu contrariar o ímpeto adversário e ninguém esperava o que aconteceu nos minutos finais.

Já com Montero em jogo e, sobretudo, com muita alma em campo, o Sporting reduziu, por Slimani, aos 84’, a aproveitar um erro de Kritsyuk, e chegou mesmo ao empate, já em compensações, por Montero. Aderlan falhou na pior altura para os bracarenses.

No prolongamento, as cautelas defensivas superiorizaram-se às iniciativas de ataque e o jogo foi aos penáltis. Aqui, Rui Patrício, mesmo em evidentes dificuldades físicas, pareceu sempre ser demasiado grande aos minhotos, que apenas conseguiram marcar uma vez, por Alan. André Pinto, Éder e Salvador Agra falharam e viram Adrien, Nani e Slimani festejarem.

O Sporting conquistou a 16.ª Taça de Portugal do seu historial. Prémio justo para jogadores e treinadores, que acreditaram até ao fim. Os bracarenses vão demorar algum tempo a perceber como foi possível desbaratar uma vantagem tão evidente.