Sporting preocupado com segurança na final do Jamor

Deu em nada a reunião de urgência que o Sporting teve com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em torno dos bilhetes para a final da Taça de Portugal. O emblema de Alvalade pretendia receber mais ingressos para o jogo de domingo frente ao Belenenses, mas a FPF não cedeu às suas aspirações. Agora ficam as preocupações com a segurança no Jamor. «O Estádio Nacional é demasiado pequeno para estes eventos e não reúne as condições de segurança ideais», lamenta o director de comunicação do Sporting.



Miguel Salema Garção, o porta-voz dos leões, destaca que «existe a possibilidade de adeptos das duas equipas ficarem misturados», o que pode acarretar situações de tensão desnecessária. O director de comunicação leonino sublinha que a FPF garantiu a presença de 400 stewards no recinto em coordenação com a Polícia de Segurança Pública, «por isso confiamos na palavra dos responsáveis federativos», refere.

A SAD de Alvalade recebeu apenas 11.800 bilhetes, os mesmos que couberam ao Belenenses, e a oferta rapidamente esgotou. O facto de a FPF ter ficado com 25 por cento dos ingressos e a Associação de Futebol de Lisboa ter tido direito a 15 por cento está a desagradar aos responsáveis dos emblemas, mas Gilberto Madaíl, presidente da Federação, lembra que «os regulamentos são assim».

Gilberto Madaíl
«Compreendo muito bem o Sporting e o Belenenses e sei que se tivéssemos 80 mil bilhetes para distribuir pelo Sporting eles esgotariam», acrescenta Madaíl em declarações ao jornal Correio da Manhã. Mas o dirigente lembra que «a Taça de Portugal é uma festa pública, é de todos, não é uma festa de apenas dois clubes».

Note-se que os ingressos que ficam para a FPF são distribuídos pelas Associações de Futebol do país, além de se destinarem a patrocinadores. E há «sempre pedidos anuais de CERCIS, catequeses e colégios, que nos pedem para reservarmos bilhetes dois meses antes da final», relata ainda Madaíl.



Fotos: Lusa