Liedson: «Ou isto aqui é uma ditadura ou um quartel-general»

Liedson recusa por completo o rótulo de indisciplinado mas confirma ter sido castigado por Paulo Bento por recusar treinar a marcação de grandes penalidades, o que, na opinião do avançado, foi um castigo injusto. «Se é ser indisciplinado dizer que não vou bater um pénalti, porque deixei de os marcar nos jogos, ou isto aqui é uma ditadura ou um quartel-general», comentou o jogador brasileiro em entrevista ao Jornal de Notícias.
Ainda sobre este assunto, o avançado do clube leonino criticou as fugas de informação do balneário: «Quando acontece algum episódio em que só estão jogadores e técnicos, e passam duas ou três horas e toda a gente já sabe, o Sporting tem de ter cuidado com isso, porque estas coisas podem prejudicar um plantel».

Com 30 anos de idade, e cinco com o leão a peito, Liedson venceu apenas uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Claro que é pouco, sobretudo estando no Sporting, um clube grande, refere, acrescentando: «Preciso mais da equipa do que ela de mim, mas ela também precisa de mim pela minha experiência. Estou cá há cinco anos e sou uma referência».

Em época de reabertura do mercado, o avançado brasileiro admite sair do Sporting, mas salienta que ainda não recebeu qualquer proposta concreta. «Se aparecer uma boa proposta, vamos sentar-nos, colocar as coisas na mesa e ver o que é melhor para todas as partes». No entanto, afirma: «A mim não chegou qualquer proposta».

Sete anos sem ganhar um campeonato «é muito tempo, de mais, para um clube da dimensão do Sporting», afirma, referindo que o FC Porto leva superioridade a nível de títulos porque «faz grandes investimentos e quem quer ser campeão tem de fazer grandes investimentos».

No entanto, para o "levezinho" o FC Porto não é inalcançável e, apesar da diferença de pontos, Liedson ainda acredita na conquista do título de campeão nacional.

Imagem: Lusa