Caso Cardinal: "Estou completamente tranquilo", diz Godinho Lopes | Relvado

Caso Cardinal: "Estou completamente tranquilo", diz Godinho Lopes

Presidente do Sporting explica porque não estava em Alvalade na altura das buscas, na segunda parte
 

Continuação da entrevista de Godinho Lopes à Lusa. Pode ler a primeira parte aqui: Caso Cardinal: Godinho Lopes nega envolvimento do Sporting.

Segunda parte:

Paulo Pereira Cristóvão "é um grande sportinguista" - Em relação à decisão de Paulo Cristóvão suspender o mandato, o dirigente fez a defesa da atitude do colega de direção: “O Paulo entendeu que não deveria pôr em causa o bom nome do Sporting e suspendeu o mandato, o que não significa qualquer assunção de culpa, pelo contrário. E fê-lo para que as averiguações prossigam com toda a tranquilidade e não se misture o nome do Sporting. É um grande sportinguista, já o demonstrou em diversas frentes que se preocupa exclusivamente com o clube e não quer ver o seu nome manchado”.

Confrontado com a evidência de que este ficou, inevitavelmente manchado, Godinho Lopes discorda, por entender que o Sporting e a SAD “não têm rigorosamente nada a ver com o processo” em causa, apesar de um vice-presidente ter sido constituído arguido, o que, em seu entender, “não significa que seja culpado” e que o processo deve seguir os seus trâmites no âmbito do segredo de justiça até se determinar que vai ou não a julgamento.

Rejeitou, também, que este processo esteja a causar danos à imagem do Sporting, alegando que tudo depende da forma como for utilizado em termos públicos, na medida em que Paulo Cristóvão “é pessoa que merece total confiança” e acredita que este “vai ser inocentado”, disponibilizando-se “a prestar todos os esclarecimentos” às autoridades competentes “no momento que entenderem oportuno”.

"Completamente à vontade e tranquilo" - Colocado perante a divulgação pública hoje feita do nome do funcionário [Rui Martins] da empresa de Paulo Cristóvão, como autor do depósito de 2.000 euros na conta do árbitro assistente José Cardinal, reagiu de imediato.

“Como é que sabe? É o que dizem as notícias… Não vou falar de um caso que está em segredo de justiça. Devo defender a imagem do Sporting, estou aqui para servir o clube e completamente à vontade e tranquilo nessa matéria. Acho que devo falar no sítio certo”, comentou o presidente "leonino".

Questionado se a empresa Primuslex, pertencente a Paulo Cristóvão e para a qual trabalha o referido funcionário autor do depósito de 2.000 euros na conta de José Cardinal, presta serviços ao Sporting, Godinho Lopes não confirmou: “O clube tem uma empresa que avalia os seus colaboradores e que nada tem a ver com Paulo Cristóvão”.

Estava em reunião com investidores - Já relativamente à sua ausência em Alvalade, no momento em que a PJ procedia às investigações, Godinho Lopes alegou “não saber” que os agentes ali se iam deslocar, caso contrário “estaria lá para os receber”, assegurando que “se tivesse alguma coisa a esconder teria vindo a correr e ido à sua secretária retirar documentos”.

Contou "ter estado nessa manhã numa reunião, uma das muitas ao serviço do Sporting, com investidores", que "estava completamente tranquilo" e que deu instruções para "serem prestados todos os esclarecimentos aos agentes da PJ".

Quanto a eventuais consequências a nível da justiça desportiva para o Sporting por causa deste processo, Godinho Lopes rejeitou-as com veemência, na medida em que, por um lado, o clube e a SAD “nada têm a ver” com o caso, e, por outro, sustentou que "a presunção de inocência deve prevalecer em relação a Paulo Cristóvão".

 
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