Bettencourt diz que Sporting é «líder mundial de formação»

É sempre bom saber que os supositórios são bem testados em Portugal.

Eu conheço dois jogadores (Jorge Fernandes (Silas) e Bruno Silva, apenas dois exemplo que representam a maioria) pessoalmente da formação do SCP, que não primaram pela qualificação pedagógica enquanto formandos do SCP, e mais só uma minoria possuí habilitações e aproveitamento, e continuando, todos sabemos (devíamos saber) que um jovem que entra no mundo do futebol não dá primazia aos estudos (factor secundário/terciário em suas pretensões e do clube), não passa de um pensamento remoto em suas vidas e de quem as gere no seu desenvolvimento. Pois o relevante é o sucesso na carreira enquanto futebolista (€), normalmente só quando suas carreiras terminam é que regressam, aliás, como tem sido noticiado ultimamente nalguns casos mais mediáticos.. Se constasse todo aproveitamento/formação escolar no universo do futebol profissional em Portugal, a estatística seria deprimente. Realçar uma minoria, não diagnostica o problema.. No entanto, espero que algo se tenha modificado ou modifique, nos últimos/próximos anos. Saudações

Na região de Les Cortes, no noroeste de Barcelona, existe há 300 anos a mais antiga residência do país conhecida como "La Masia". É um dos edifícios mais importantes do Futebol Contemporâneo. La Masia ("quinta" em espanhol) é o lar da Academia do Barcelona, indiscutivelmente uma das melhores escolas de formação no mundo do Futebol. Quando soou o último apito em Camp Nou, na noite de Terça, o Barcelona tinha sete jogadores formados nas suas camadas jovens no relvado: Victor Valdes na baliza, Gerard Piqué e Carles Puyol na defesa, Xavi e Andrés Iniesta no meio campo, Bojan Krkic e Lionel Messi na frente de ataque. E ainda o treinador, Pep Guardiola, também ele chegou da formação. No lado do Chelsea, dos que tinham ficado em campo, John Terry era o único vindo da formação do clube (ndr: tendo sido formado até aos 14 anos nas escolas do West Ham). Depois de Frank Lampard ter sido substituído, ele era o único jogador que vinha de um sistema de formação Inglês. É o grande exemplo do Barcelona na forma como gerir um clube de futebol. Também o Manchester United e o Arsenal, que disputaram a meia-final na noite seguinte, deviam ser exemplo a seguir. Estes dois clubes têm maior estabilidade e sucesso com as suas academias do que o Chelsea. Mas no onze inicial do Manchester United, apenas Darren Fletcher e John O'Shea foram produtos da formação, e o Bohemians devia ficar com uma parte dos elogios pela última fase do desenvolvimento de O'Shea. Claro que o United tem uma história recheada no que diz respeito à aposta em jovens jogadores da sua cantera - os 1400 jogos somados de Ryan Giggs e Paul Scholes são prova disso mesmo - mas não com a escala e a qualidade do Barcelona FC. Depois temos o Arsenal, outro clube com uma academia forte. Só Kieran Gibbs no onze inicial é produto da formação do Arsenal ("embora seja um jovem bastante promissor"). Existe o caso de Cesc Fàbregas, é certo, e o Arsenal certamente ajudou a potenciar o seu jogo, mas ele é, essencialmente um produto de La Masia, outro prodígio da academia de Barcelona. Na realidade, também o são Pepe Reina do Liverpool e Mikel Arteta do Everton. Porquê levantar esta questão? O Chelsea pode eliminar o Barcelona na próxima semana, então não é melhor dizer que a politica do Chelsea é a mais correcta? Existem 3 boas razões pelas quais faz todo o sentido apostar na formação. Primeiro, realizar uma gestão financeira com sentido. É de longe mais económico desenvolver os próprios jogadores do que ter que os comprar. Segundo, permite incutir uma proximidade ao tipo de modelo de jogo que existe no clube. Se os jogadores estão preparados para jogarem de uma determinada forma desde muito jovens, e se os outros colegas em seu redor também eles almejam jogar ao mesmo nível de excelência técnica, estimula-se a cultura do clube que se reflecte no jogo da equipa principal com o passar dos anos. Como Guus Hiddink disse na semana passada, a filosofia do futebol do Barcelona tem mudado muito pouco nos últimos 20 anos e tem constantemente permitido manter um padrão para além do que é normalmente atingível. Ajax já o fez no passado, o Barcelona está a fazê-lo agora. Terceiro, é a adopção de um sentimento pela identidade do clube. Todos os clubes querem ver os melhores jogadores possíveis no Sábado à tarde - ou Quarta à noite neste caso - mas a ligação entre o adepto e o jogador é muito fechada, a não ser quando os melhores jogadores vão às escolas, ou vivem na vizinhança. Em Barcelona ainda se junta uma importância política - ser Catalão não é apenas orgulho do local. Daqueles sete jovens formados que terminaram o jogo na Terça, cinco são Catalães e há ainda Guardiola. E, claro, o desenvolvimento dos jogadores da casa tem um efeito tremendo para a Selecção Nacional. Não é correcto dizer-se que os clubes ingleses se têm esquecido da importância da formação de jogadores (Manchester City e Middlesbrough fazem um bom trabalho) apesar de não terem aproveitado todo o potencial de que uma academia é capaz de dar. Os clubes ingleses têm sido acusados de "caça furtiva" sobre jogadores jovens por clubes estrangeiros, atraídos pela possibilidade de jogarem na Premier League. A argumentação dos clubes, claro, é que a academia da Premier League é provavelmente a melhor escola para completar a formação, devido à tendência de aqui se apostar nos jovens mais cedo do que em Itália ou Alemanha, por exemplo. Mas FIFA está a procurar prevenir transferências de jogadores com menos de 18 anos, então a contratação de jogadores como Fàbregas ou Federico Macheda serão impossíveis no futuro. Isto é o porquê de La Masia dever ser olhada como ideal: mostra que ter uma boa academia não é só para poupar dinheiro e criar uma forte identidade clubística. É também encorajar uma coerente união no relvado que pode trazer sucesso sustentável ao mais alto nível. Alguns dos últimos grandes jogadores formados pelo Barcelona: Guillermo Amor, Josep Guardiola, Sergi Barjuán, Iván de la Peña, Carles Puyol, Xavi Hernández, Gabri García, José Manuel Reina, Víctor Valdés, Gerard Piqué, Andrés Iniesta, Sergio García, Sergio Busquets, Bojan Krkić, Cesc Fàbregas, Lionel Messi, Pedro Rodríguez and Jeffrén Suárez.

Subscrevo tudo quanto escreve... menos, evidentemente, o último parágrafo. Por duas razões: 1. Se nos reportarmos apenas às últimas épocas (desde 2003-04), verificamos que o FC Barcelona venceu diversas das principais competições internacionais e domésticas e que, na última época, ganhou todas! Evidentemente, não o fez só com jogadores da respectiva “cantera”: as possibilidades financeiras do clube ultrapassam largamente as do Sporting, e por isso os contributos de jogadores de excepção como Ronaldinho Gaúcho, Deco e, mais recentemente, Samuel Eto’o ou Henry foram determinantes, para não dizer decisivos. Mas não menos decisivos ou determinantes do que os jogadores produzidos nas próprias escolas do clube, e que já foram enunciados nos outros posts sobre este assunto. Quero com isto dizer que a qualidade dos formandos tem sido sobejamente compensada pelos títulos entretanto alcançados. Sobretudo quando verificamos que não raras vezes chegam a estar em campo oito titulares formados em “La Masía”. Se lhes somarmos o treinador... Por muito que custe reconhecer, o Sporting não conseguiu atingir nada de semelhante. Não ponho minimamente em causa a competência, o know-how, dos responsáveis pela Academia, nem a excelência dos jogadores que de lá têm saído. Acontece que, a nível de resultados, a safra tem sido escassa. No plano desportivo, o Sporting venceu o último campeonato em 2002, onde notoriamente se destacaram Jardel e João Pinto, que não eram produtos da casa. É verdade que, nos últimos anos, se têm conseguido algumas taças e uma colecção de quatro segundos lugares consecutivos – e muito à custa da Academia, não duvido. Mas o Sporting não se fez para ficar em segundo nem para vencer títulos de melhor jogador do Mundo... E mesmo que tal seja um privilégio, sairá sempre a perder na relação formandos e formados versus resultados, numa comparação com o Barcelona. Pior, o Sporting tem aproveitado muito mal os melhores frutos da sua Academia. Futre deu o mote nos anos oitenta, quando a Academia ainda não existia como a conhecemos hoje, e o putativo negócio com Figo foi o que não se devia saber. Simão e Quaresma, após um prometedor despertar no clube, brilharam (ou pelo menos singraram) nos principais rivais. Ronaldo teria sido muito mais bem negociado noutro clube qualquer e isto para já não falar dos que saíram e se incorporaram noutros clubes do topo indígena, como recentemente Varela no FC Porto. 2. Noto também um certo desprezo na sua afirmação de que o Barça “é a equipa da moda”. É natural que as vitórias tragam para os respectivos clubes mais adeptos e sócios. O Benfica, o Liverpool ou o Manchester United, por exemplo, não têm o número de adeptos que têm só por causa do equipamento vermelho ou por serem clubes centenários. Foram as vitórias e os títulos que lhes fizeram aumentar o número de acólitos e não por serem ecléticos ou possuírem grandes escolas de formação. Fizeram-no, tal como o Barça, por mérito próprio, muito embora a publicidade e as televisões sejam hoje um meio de difusão incomparável com o que se passava há, pelo menos, umas duas décadas atrás. Mas também é à custa dessa mesma difusão que, hoje, podemos apreciar a qualidade futebolística de equipas como a do Barcelona. Pelo contrário, e não obstante a recente campanha de angariação de sócios, o Sporting tem vindo a vestir todas as indumentárias — menos a de “equipa da moda”. O discurso acerca das maravilhas da Academia e do admirável que é ficar em segundo lugar não saciaram a sede dos que querem títulos — aquilo para que, afinal, o Sporting foi criado. Sem esses títulos, evidentemente, a atracção torna-se menor. Ninguém está muito interessado em aderir a um clube cujos responsáveis propagam até à exaustão as miríficas virtudes de se ser segundo e vencer, de quando em vez, um torneio doméstico de segunda ordem ou marcar presença na Champions. Só através da mudança de discurso — e de mentalidade — o Sporting poderá reverter a sua situação e deixar-se de empunhar bandeiras (como a da Academia) que servem essencialmente para desculpabilizar os fracassos no campo desportivo. Quando o fizer, talvez possa ambicionar a ser, então, um clube histórico e imortal, como objectivamente o Barça é.

oh eu n tou a dizer que sao jogadores de 2º qualidade, mas por exemplo, simao e quaresma nao conseguiram impor se no barça ;) sem duvida que em portugal o sporting tem a melhor formaçao (principalmente dps do boavista desaparecer) mas ngm me convence que seja melhor do que a do barça...

SÓ- FUTRE-SIMÃO-QUARESMA-NÁNI- NIVEL EUROPEU NIVEL MUNDIAL FIGO CRISTIANO NIVEL INTERNO NEM MENCIONO

Não são a Coca-Cola e a Mcdonalds que têm certificados de qualidade do mesmo género deste?